O município de Acará surge no período histórico de explorações portuguesas em direção ao interior do Estado do Pará por meio dos rios. Foi dessa maneira que os portugueses percorreram o rio Acará e sediaram colonos, atraídos pelas facilidades da navegação, fertilidade das terras e abundância de madeira. A sede municipal, hoje conhecida como cidade de Acará, foi erguida em 1958, pelo Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, que a chamou de São José, ficando batizada, originalmente, como São José de Acará, nome mantido durante o período da independência. Em 1833, por ocasião da divisão do Estado em comarcas, ficou pertencendo a comarca da capital. Os relatos históricos de Palma Muniz e Theodoro Braga dão conta de que, em 9 de setembro de 1839, em cumprimento ao disposto na Lei nº 14, foi criada a freguesia de Moju e o território banhado pelo rio Acará foi anexado a ela. No ano de 1840, a Lei nº 53, de 4 de setembro, determinou que o mesmo território, banhado pelo rio Acará, fosse dividido de forma que uma parte ficou com a Freguesia de São José de Acará, e a outra, com a Freguesia de Nossa Senhora da Sociedade de Cairary, esta última criada pelo mesmo ato legal. Em 20 de agosto de 1864, foi promulgada a Lei nº 441, determinando que a Freguesia de Moju, conjuntamente com a de Cairary, fossem anexadas ao Município da Capital. O dinamismo e o desenvolvimento das áreas banhadas pelo rio Acará, sobretudo das Freguesias do São José e de Nossa Senhora da Sociedade, levaram o Legislativo Provincial à criação de um novo município. Com o mesmo nome de São José de Acará, a então freguesia foi elevada à categoria de vila e instalada, em 23 de março de 1876, em cumprimento da Lei Provincial nº 839, que tinha sido promulgada em 19 de abril de 1875, que estabelecia o seu desmembramento de Moju. A sua configuração como município deu-se dentro dos alcances da própria Lei Provincial, que outorgou sua elevação à categoria de vila. As fontes históricas consultadas referem que o primeiro Presidente da sua Câmara Municipal foi D. Antônio Carlos de Paiva, e, por outro lado, que o nome do Município advém de uma de uma expressão indígena que significa ''aquele que morde'', uma referência direta aos peixes que se encontram nos cursos dos rios de água doce, em particular, no rio Acará. Logo após a proclamação da República, o Governo provisório, instalado no Estado, dissolveu sua Câmara Municipal, em 19 de fevereiro de 1890, mediante a promulgação do Decreto nº 46 e, na mesma data, conforme Decreto nº 47, criou o Conselho de Intendência Municipal, elegendo, para o cargo de Intendente, Francisco Xavier Armandio de Oliveira. Sua história recente, no período da República, registra fatos marcantes relativos à sua configuração político-administrativa, pois, por meio do decreto Estadual, nº 06 de 4 de novembro de 1930, o Município foi extinto e seu território foi anexado ao Município de Belém. Esta medida, mediante o Decreto Estadual nº 78, de 27 de dezembro de 1930, foi confirmada. Entretanto, dois anos mais tarde, pela Lei Estadual nº 579, de 8 de janeiro, aconteceu a sua de desanexação de Belém e, em 31 de outubro de 1935, foi reconhecido como município, ganhando novamente sua autonomia. Conforme o estipulado na Lei nº 1.127, de 11 de março de 1955, o Município de Acará vivenciou a tentativa de desmembramento do seu território, para permitir a constituição do município de Tomé-Açu. Esta Lei, no entanto, foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, em 4 de outubro do mesmo ano da sua promulgação, fato que inviabilizou o desmembramento. Quatro anos depois, em 1959, o Governo do Estado promulgou a Lei Estadual nº 1.725, em 17 de março, mediante a qual foi criado, em definitivo, o Município de Tomé-Açu, com terras pertencentes a Acará, e de onde Tomé-Açu era distrito. No ano de 1988, a promulgação da Lei nº 5.452, de 10 de maio, originou novo desmembramento das terras patrimoniais desse município, desta vez para possibilitar a configuração territorial do município de Tailândia, que, por esse instrumento legal, foi criado. Na história de Acará, aparecem, com marcada importância e destaque, duas figuras ilustres que tiveram presença marcante nos acontecimentos políticos e científicos do Estado do Pará: João Batista Gonçalves Campos, o famoso Cônego Batista Campos, reconhecido como o grande articulador do movimento revolucionário Cabanagem; e Júlio Cézar, o pioneiro da aviação. Fonte: cnm.org.br

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