Cidade Monumento tombada em 1973 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Lençóis ainda preserva o casario colonial do final do século XIX. A cidade está situada numa encostada Serra Sincorá e tem em seu território uma extensa área de preservação ambiental como a APA Marimbus/Iraquara, além de significativa parte do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Surgida em meados do século XIX , Lençóis renasceu com a exploração da atividade turística, iniciativa adotada em reação à decadência provocada pelo declínio do garimpo. A economia do município baseou-se na extração de diamante (cujas primeiras descobertas datam de 1817), durante décadas, até a proibição da atividade pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). Antes da descoberta desta pedra preciosa a região era vagamente povoada e ainda comandada pelos índios Maracás, que respondiam com violência à chegada de estranhos. A agropecuária praticada nas grandes fazendas era a atividade econômica principal. No século XVII, por volta de 1710, foi descoberto ouro sul da Chapada( próximo ao Rio de Contas pequeno, nesta época surgiram as vilas de Rio de Contas e Jacobina. Mal o ouro havia se esgotado, as pedras preciosas foram descobertas. A exploração do diamante começou após a expedição dos naturalistas alemães Spix e Martius, em 1820, que confirmou o potencial diamantino da Serra do Sincorá, levando centenas de garimpeiros para lá. Com a corrida do diamante foram nascendo as cidades: Mucugê, Andaraí e Lençóis, esta última tornando-se a Capital do Diamante. Os garimpeiros armavam suas barracas de toldo, parecendo lençóis estendidos, às margens dos rios mais ricos em diamantes. È importante destacar também a exploração do carbonato na Chapada Diamantina. Inicialmente desprezado pelos garimpeiros, a partir de 1871, foi disputado a altos preços pelos países europeus, interessados em elementos resistente para as máquinas e construções que alavancavam a Revolução Industrial. Conforme o crescimento das vilas e povoados, casas de taipa ou adobe eram erguidas. Como nas cercanias de Xique- Xique de Igatu não havia barro suficiente, os garimpeiros do lugar lançaram mão do único material disponível e construíram suas casas de pedras. O dinheiro corria à solta nas lavras atraía gente de todos os lugares: aventureiros, sertanejos que abandonavam as lavouras, fugitivos da justiça, donos de escravos, comerciantes, garimpeiros. No entanto, após vinte e cinco anos, duração aproximada da fase áurea do ciclo do diamante, o esgotamento da lavra na Chapada provocou o desmoronamento da economia e a decadência das cidades. Com a proclamação da República, o que restou na região da Chapada começou a ser disputado pelos coronéis que redobraram suas lutas pela posse da terra e pelo domínio político. Após a revolução de 1930 e suas conseqüências, a Chapada Diamantina sem lideranças políticas e com a economia completamente destroçada, se estagnou por um longo período. A recuperação bem recente se deve ao desenvolvimento do turismo e à implantação de polos de agricultura moderna. Ainda hoje, alguns moradores vivem do garimpo, apesar da região ter sido transformada em Parque Nacional. Fonte: cnm.org.br

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