Aproximadamente em 1720, Gaspar Vaz Cunha, "O Oyaguara", e Miguel Garcia, partiram do Vale do Paraíba e atingiram as terras hoje pertencentes ao Município de São Bento do Sapucaí, com intuito de descobrir o rumo das minas de ouro de Itagiba-MG. Gaspar Vaz da Cunha lá se estabeleceu. Em 1771, outro aventureiro, Inácio Caetano Vieira de Carvalho, seguindo a rota deixada pelos antecessores, alcançou uma região por ele chamada Capivari ou Rocinha. Em sentido leste, Inácio Caetano alcançou outra região e, junto à margem do rio Capivari, construiu a casa grande da fazenda, batizada com o nome de Bom Sucesso. Enquanto Inácio Caetano explorava as terras de Capivari ou Rocinha, a família Costa Manso, vinda dos lados da capitania de Minas Gerais, instalou-se na Fazenda do Campinho, na divisa de São Paulo e Minas, desenvolvendo-se na região a pecuária. Finalmente, a família Costa Manso acabou entrando nas terras de Inácio Caetano e iniciaram-se os conflitos entres as duas famílias, obrigando Inácio Caetano a levar a questão ao capitão Juiz de Taubaté. Os Costa Manso defenderam-se, alegando também terem recebido as terras em questão, por sesmaria do Governador da capitania mineira. As queixas de cada família chegaram aos respectivos Governadores de suas capitanias, interessados na questão pelo desenvolvimento da criação de gado que seria um novo círculo econômico devido ao enfraquecimento do ciclo do ouro. Com a morte de Inácio Caetano, enterrado entre pinheiros formando um triângulo, o que originou a representação de três pinheiros no brasão da cidade. Hipotecaram as terras ao Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão, em 1824. A fazenda Bom Sucesso era conhecida como fazenda de Campos ou Campos do Inácio Caetano e, com sua transferência para a família Jordão, passou a ser conhecida por Campos do Jordão. Em 1874, chegou a Campos do Jordão, Matheus da Costa Pinto, que começou logo o projeto de construções de algumas residências, pensões, casas de saúde e capela, que se denominou S.Matheus. Foram abertas as primeiras picadas ligando Campos do Jordão a Pindamonhangaba, facilitando seu acesso. Em 1891, chegou a Campos, Domingos Jaguaribe. Comprou a fazenda Natal, que pertencera a Inácio Caetano, e dividiu-a em lotes para venda. Pensões e hotéis começam a ser construídos, recebendo grande número de doentes para tratamento pulmonar. Em 5 de dezembro de 1876, o primeiro trem vindo de São Paulo parou em Pindamonhangaba. O acontecimento chamou a atenção de José Inácio dos Santos Bicudo, que fundou e organizou a primeira companhia de transportes para Campos de Jordão. No começo, a viagem era feita a cavalo, porém, como a maioria dos passageiros era constituída de doentes, José Inácio idealizou um novo sistema de transporte: o "Bangüês" que eram veículos puxados a cavalos ou burros, ou as liteiras que eram veículos com padiolas, espécies de cama adaptadas. O trajeto era o da atual Estrada de Ferro Campos do Jordão. O primeiro projeto da construção da Estrada de Ferro ocorreu em 1892. Em 1911, o Dr.Emílio Ribas e Vítor Godino conseguiram, aliados a outros nomes importantes que visitavam ou tinham propriedades em Campos do Jordão, a autorização para a construção da Estrada de Ferro ligando esta cidade a Pindamonhangaba. O primeiro projeto foi de Mário Roxo, que sofreu várias alterações. Somente em 15 de novembro de 1914, foi inaugurada. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA Distrito criado com a denominação de Campos do Jordão, por Lei Estadual nº 1471, de 29 de outubro de 1915, no Município de São Bento do Sapucaí, com sede na Povoação de Vila Jaguaribe. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Distrito de Campos do Jordão figura no Município de São Bento do Sapucaí . Elevado a Município, de caráter especial, pelo Decreto nº 6501, de 19 de junho de 1934, continuou pertencendo a comarca de S. Bento do Sapucaí; foi incorporado à comarca de Pindamonhangaba pelo Decreto nº 7034, de 26 de março de 1935; de novo à de S. Bento do Sapucaí pela Lei nº 2821, de 31 de dezembro de 1936. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o Município de Campos do Jordão pertence ao termo judiciário de Pindamonhangaba da comarca de Pindamonhangaba, e se divide em 2 Distritos: Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal. No quadro anexo ao Decreto-lei Estadual nº 9073, de 31 de março de 1938, o Município de Campos do Jordão pertence ao termo judiciário de S. Bento do Sapucaí, da comarca de S. Bento do Sapucaí, e figura com 2 Distritos: Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal. No quadro fixado, pelo Decreto Estadual nº 9775, de 30 de novembro de 1938, para 1939-1943, o Município de Campos do Jordão é composto dos Distritos de Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal, e pertence ao termo de S. Bento do Sapucaí, da comarca de S. Bento do Sapucaí. Pelo Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, foi criada a comarca de Campos do Jordão com sede na cidade do mesmo nome, Campos do Jordão. O mesmo decreto transfere o Distrito de Santo Antonio do Pinhal para o Município de São Bento do Sapucaí. No quadro fixado, pelo referido Decreto-lei 14334, para vigorar em 1945-1948, o Município de Campos de Jordão ficou composto de 1 só Distrito, Campos do Jordão e constituiu o único Município e o único termo judiciário da comarca de Campos do Jordão. Permanece composto apenas de 1 Distrito, Campos do Jordão, comarca de Campos do Jordão. Nos quadros territoriais fixados pelas Leis Estaduais nos 233, de 24-XII-1948 e 2456, de 30-XII-1953 para vigorar, respectivamente, nos períodos 1949-53 e 1954-58, o Município é formado do Distrito Sede. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o Município é constituído do Distrito Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1997. GENTÍLICO: JORDALENSE Fonte: Biblioteca IBGE

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