A origem de sua denominação conta duas versões. A primeira, segundo pesquisas do Pe. Rubem Neis, provém do Barão de Holleben, Luiz Henrique Von Holleben que nasceu em Saxe Mainer, na Alemanha. Formou-se em Engenharia na Inglaterra e, vindo ao Brasil, casou-se com Maria da Luz dos Santos na cidade de Curitiba no Paraná. Em outubro de 1880, o Barão Von Holleben, como engenheiro, acompanhou o, também, engenheiro, Carvalho Borges a Conde D'Eu, hoje Garibaldi e a Bento Gonçalves a fim de dirigir as obras da Estrada de Ferro entre Montenegro e Bento Gonçalves, então, estabeleceram residência no ponto mais avançado da colonização alemã entre Salvador do Sul e Carlos Barbosa. Este local, na época, pouco habitado, posteriormente, foi denominado "Barão" pois, para designar o lugar onde morava para o qual alguém se dirigia, dizia: "Vou lá no Barão". Diz-se que o Barão Von Holleben permaneceu no atual município de Barão por dois anos, transferindo-se, depois, par Porto Alegre onde, entre 1882 e 1894, trabalhou na Linha de Bondes Ferro Carril. A história de Barão iniciou-se com a vinda de famílias imigrantes, "alemães e italianos". Posteriormente, ainda no século XIX, em menor número, afluíram para o local, também, imigrantes franceses-suíços e holandeses e, mais recentemente, na metade do século XX, portugueses e bolivianos. As primeiras famílias de imigrantes alemães foram: Mayer, Bäckenbach, Neuhaus, Stein, Schmitz, Koch, Ebeling, Blei, Schäfer, Neukamp e Selbach, entre outros. As de imigrantes italianos: De Marchi, Biasetti. Dai Prá, Grando, Basso, Cerutti, Maragnon, Bedini, Cestari, Bassegio, Grespan e Costa, entre outros. Esses imigrantes alemães e italianos deixaram profundas raízes, influenciando a cultura do povo de Barão com seus hábitos e costumes, sua culinária, suas crenças e fizeram, da agricultura, sua fonte de renda para manter-se e sobreviver na terra desconhecida. Sem dúvida, enfrentaram grandes problemas mas, lutando conseguiram vencer e legaram ao povo seus valores. Em 1889, Valentim Diemer, que era Juiz de Paz, fundou o 1º Cartório de Barão. No começo do século XX, Carlos Selbach e Luiz Calliari exerceram influência marcante na comunidade sendo este último, Mestre da Capela. Até 1916, as celebrações religiosas eram feitas na residência de João Schmitz, músico, regente de coral, doador do primeiro harmônio para a comunidade católica baronense. As culturas, germânica e italiana, são as mais significativas devido à origem de seus habitantes sendo os seus hábitos e costumes muito ligados a ela mesmo com a evolução da sociedade. As tradicionais práticas de culinária, as músicas, o artesanato são conservados porém, não deixando de acompanhar o progresso. O grupo de danças folclóricas alemãs de Linha Francesa Alta, representando a origem da cultura germânica e o CTG, a cultura do nosso espaço sulriograndense, procuram interligar passado e presente. O coral municipal, também, procura preservar as origens étnicas do povo de Barão. O lazer está condicionado a bailes, festas dos padroeiros e juninas, principalmente, jogos de futebol de campo, salão e areia, vôlei, handebol, de cartas, à programação da TV, do rádio e leituras de jornal, livros e revistas, entre outros de menor significado. Em todas as localidades existem salões comunitários onde se realizam os tradicionais bailes de "Kerb" e as festas, além dos acontecimentos sociais como casamentos e aniversários, entre outros. Barão desenvolveu-se a partir da construção e ao lado dos trilhos da via férrea, que ligava Porto Alegre a Caxias do Sul, entre 1906 e 1911 sendo, em 1º de dezembro de 1909, inaugurada estação de Barão. Para os trabalhos de construção e, posterior, conservação da ferrovia, abriu-se uma pedreira nas terras de João Baseggio e Vvª Itália Dai Prá fazendo a ligação à pedreira. Na área mais central, perto da Estação, funcionava uma Cantina e, também, o Armazém de Secos e Molhados Hartmann com grande sortimento de produtos coloniais, utensílios domésticos, ferramentas, tecidos e gêneros alimentícios entre outros. As uvas produzidas na região eram transportadas em carroças puxadas por juntas de bois trazidas pelos próprios produtores em tonéis e cestas. Com o decorrer dos anos, as condições da ferrovia foram se tornando precárias pelo relevo bastante acidentado que dificultava sua manutenção o que levou à sua desativação em 10 de junho de 1979. Com o desaparecimento do trem de cargas e de passageiros, surgiu a necessidade de ampliação e de melhoria nos meios de transporte rodoviário. Apareceram, então, mais linhas de ônibus que até aí somente possuía um horário a Porto Alegre e um a Garibaldi, caminhões e carros particulares em substituição ao trem e, também, os carros de bois e cavalos, muito ousados antigamente, foram desaparecendo. No início de sua formação, Barão pertencia ao município de São João de Montenegro o qual, em 1º de dezembro de 1914, transferiu a sede do 4º distrito de Badensberg para Barão elevando-o à categoria de Vila pelo Ato Municipal nº34. Em 1963, Barão foi elevado a segundo distrito, foram surgindo idéias emancipacionistas e a primeira tentativa ocorreu em 1982 quando a consulta popular deu vitória ao "Não" com uma diferença de 700 votos no plebiscito realizado. Cabe salientar que as Prefeituras envolvidas realizaram campanhas contrárias à emancipação. Todavia, o movimento reiniciou em 1986 e obteve autorização para a realização do plebiscito em 1987. Finalmente, em 24 de abril de 1988, realizou-se mais um plebiscito que deu vitória ao "Sim" com 2900 dos 3925 votos. Sua emancipação política administrativa ocorreu em 12 de maio de 1988 pelo Decreto Lei nº 8365. Fonte: cnm.org.br

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