"Se hoje um poeta visitar esta pequena jóia do Sul de Minas, certamente, a chamará na linguagem de que só os poetas são capazes - Cidade Beleza". Boa Esperança, como muitas localidades do interior do Estado de Minas Gerais, nasceu da busca do ouro que no século XVIII realizavam os bandeirantes. Em 1795, vindo de São João del Rei chegava até Lavras, na esperança de encontrar jazidas auríferas, João de Souza Bueno acompanhado de vários outros. Descendente do célebre Amador Bueno - que se notabilizara nas lutas entre paulistas e emboabas - avantajando-se ao demais, através da região em que se situa o atual Município de Três Pontas, chegou João de Souza Bueno até o córrego do Ouro, precisamente nos limites entre aquele Município Boa Esperança, e aí ficou para explorar as vertentes do riacho. Em 1797, José Alves de Figueiredo e Constantino de Albuquerque - dois chefes de bandeiras partidas de Baependi e Aiuruoca, a caminho do rio Sapucaí, onde pretendiam tomar posse de terras devolutas-, vieram ter ao acampamento de João de Souza Bueno, que lhes abriu caminho através da floresta até Ribeirão de São Pedro. O primeiro deles, capitão-mor de Milícia, considerado o verdadeiro patriarca da formação de Boa Esperança, resolveu não prosseguir viagem e adquirir, pela quantia de oito mil ducados, terrenos férteis na região, na extensão de seis léguas quadradas. Ao tomar posse das terras, então habitadas por indígenas e infestadas de aventureiros, começou José Alves de Figueiredo a adotar medidas para a formação e organização do povoado de Dores do Pântano, tendo para isto conseguido a ida de um sacerdote Padre Cleto, e várias famílias. Por volta de 1804, com o apoio de outros proprietários de terras da região, entre eles Francisco José da Silva Serrote e José Meireles de Matos, resolveu dar início à construção de uma capela que, sob a inspiração de Nossa Senhora das Dores, foi erigida no local onde hoje se encontra a Igreja Matriz de Boa Esperança. Concluída a capela, em tôrno dela se foram agrupando moradores, desenvolvendo-se o povoado que, logo após, seria elevado à condição de freguesia e, no ano de 1866, passaria a vila e município. Formação Administrativo Por alvará de 19 de junho de 1813, a localidade de Dores do Pântano foi elevada a freguesia e distrito, com a denominação de Dores da Boa Esperança. De acôrdo com a Lei provincial n.° 1.303, de 3 de novembro de 1866, passou a vila e município, ocorrendo a instalação a 27 de janeiro de 1868. Naquele ano, foi a vila incorporada a Comarca de Rio Sapucaí, por disposição da Lei n.° 1.566, de 22 de j unho. A 15 de outubro de 1869, pela Lei provincial número 1.611, recebeu foros de cidade e têrmo da Comarca de Sapucaí, com sede em Três Pontas. Mais tarde, passou a depender da Comarca de Lavras. Por Ato de 22 de fevereiro de 1892, chegou a cabeça de Comarca, regalia que perdeu posteriormente, voltando a pertencer à de Três Pontas, até a emancipação judiciária de 1903. Em 1922, por Ato, de 6 de setembro, recuperou sua posição de cabeça de Comarca, verificando-se sua instalação em 12 de outubro do mesmo ano. É atualmente de 2ª entrância, contando-se 9 advogados . Por efeito das leis estaduais números 336, de 27 de dezembro de 1948, e 1.039, de 12 de dezembro de 1953, foram desmembrados de seu território os distritos de Coqueiral e Ilicínea, ficando Boa Esperança até hoje, com um só distrito, do mesmo nome.

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