Com a notícia das jazidas de ouro, que atraiu os aventureiros Portugueses, teve inicio, a partir de 1695, a povoação de Cunha. Antes dessa época, a Estrada da Serra era utilizada somente pelos Paratienses e Paulistas que, a cavalo ou a pé, mantinham comércio de trocas dos produtos agrícolas próprios de cada região. Os primeiros aventureiros que trilhavam o "Caminho do ouro" ou " Trilha dos Guaianases" paravam, para descansar da subida da serra ou simplesmente para reabastecimento das provisões necessárias à retomada do percurso, com destino a Minas Gerais, numa região de facão, que em pouco tempo se tornou um pouso obrigatório. A fase áurea do ouro de Minas Gerais surgiu no início do século XVIII, época em que o pequeno povoado de Facão pode presenciar grande movimentação de pessoas de todas as espécies, atraídas pela facilidade do enriquecimento. Muitos foram os aventureiros estrangeiros que se fixaram na região, motivados pelo clima salubre e pela topografia acidentada, que criava um ambiente idêntico ao da Europa. Entre os primeiros que se fixaram na região compreendida entre o Taboão, Campo Alegre e Boa Vista, estava Luiz da Silva Porto, Português abastado, que juntamente com outros pioneiros ergueu no bairro denominado Boa Vista, em 1724, um pequeno templo consagrado a Jesus, Maria e José. Nos anos subseqüentes, fixaram-se nas imediações da Boa Vista, entre outras, as família Alves, Monteiro, Galvão, Vaz, Siqueira, Macedo e Rodrigues. Mais tarde, juntou-se aos primeiros colonizadores, um homem de nome Falcão, com sua família e o Frei Manuel, que na capelinha existente nos arredores do Ribeirão Lavapés entronizou a imagem de Nossa Senhora da Conceição. A imagem três vezes alí colocada, outras tantas dalí desaparecia, sendo encontrada, sempre, no alto de um morro. Atribuindo esse fato a um milagre, o povo juntamente com o religioso, ergueu um templo, contando também com a ajuda de índios e escravos, no próprio local onde a imagem fora encontrada. Anos mais tarde, 1748-1749, foi o povoado elevado à freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Facão. A essa altura, a Capela de Jesus, Maria e José, na Boa Vista, deixou de ser a capela principal da região, porque a Freguesia passou a ser Sede Paroquial. Pela ordem de 15 de setembro de 1785, o Município foi elevada à Vila, pelo então Governador da Província de São Paulo- capitão general Francisco da Cunha Menezes, passando a denominar-se Vila de Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em sua homenagem, mais tarde, ficou conhecida apenas como Cunha. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA Freguesia criada com a denominação de Falcão, em 1736. Elevado à categoria de Município com a denominação de Nossa Senhora da Conceição de Cunha por ordem de 15 de setembro de 1875, desmembrado de Guaratinguetá. Constituído do Distrito Sede. Sua instalação verificou-se no dia 28 de outubro de 1785. Obs.: O Diploma Legal que altera a denominação anterior para atual, não foi localizado. Cidade por Lei Provincial nº 30, de 20 de abril de 1858. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Cunha se compõe de 2 Distritos: Cunha e Campos Novos do Cunha. Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o Município de Cunha figura com 2 Distritos: Cunha e Campos Novos. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, figura o Município de Cunha com 2 Distritos: Cunha e Campos Novos do Cunha. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto lei Estadual nº 9073, de 31 de março de 1938, o Município de Cunha compreende o único termo judiciário da comarca de Cunha e se divide em 3 Distritos: Cunha, Campos Novos do Cunha e Lagoinha. No quadro fixado, pelo Decreto estadual nº 9775, de 30 de novembro de 1938, para 1939-1943, o Município de Cunha é composto dos Distritos: de Cunha, Campos de Cunha (ex-Campos Novos da Cunha) e Lagoinha, e é termo único da comarca de Cunha. Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, que fixou o quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Município de Cunha ficou composto dos Distritos de Cunha e Campos de Cunha (ex-Campos Novos da Cunha) e constitui o único Município e o único termo judiciário da comarca de Cunha. Lei Estadual no 2456, de 30 de dezembro de 1953, desmembra do Município de Cunha o Distrito de Lagoinha. Permanece composto dos Distritos de Cunha e Campos de Cunha, comarca de Cunha, nos quadros territoriais fixados pelas Leis Estaduais nos 233, de 24-XII-1948 e 2456, de 30-XII-1953, para vigorar respectivamente, nos períodos 1949-1953 e 1954-1958. Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o município é constituído de 2 Distritos: Cunha e Campos de Cunha. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999. GENTÍLICO: CUNHENSE Fonte: Biblioteca IBGE

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