A 3 de fevereiro de 1878, ancorava nas proximidades da confluência dos rios Acre e Purus o primeiro navio, o Anajás, da Companhia de Navegação do Rio Amazonas, sob o comando do piloto Carepa e prático Gil Braz da Encarnação, filho de Manoel Urbano, grande explorador amazonense. Trazia uma expedição chefiada pelo Comendador João Gabriel de Carvalho e Melo, incumbido de desbravar a região, habitada pelos Capanas e Aripuanãs. Localizaram-se em diferentes pontos do território e, no local onde se acha hoje a cidade, fixou-se Alexandre de Oliveira Lima, cognominado "Barão da Boca do Acre". Na primitiva sede municipal estabeleceram-se Antonio Escolástico de Carvalho e Firmino Alves dos Santos, que exploraram o rio Antimari, afluente do Acre. Quando da criação do Município, com a denominação de Antimari, foi doada uma légua quadrada de terra, para constituir o patrimônio municipal. No princípio do século XX o Município teve atuação destacada na luta pela libertação do Acre, quando Plácido de Castro acampou com suas forças na vila de Floriano Peixoto, antiga sede municipal. Daí partiu ele em direção a Caquetá, para o cerco às forças bolivianas sediadas em Porto Acre. Formação Administrativa: Em 22 de outubro de 1890, segundo Decreto n.° 67, foram criados o Município e Vila, com a denominação de Antimari e território desmembrado do de Lábrea. A Lei estadual n.° 110, de 28 de março de 1895, extinguiu o Município, depois restaurado em 15 de maio de 1897, segundo Lei n.° 166, com o nome de Floriano Peixoto e reinstalado a 1 de agosto do mesmo ano. Em 1898, conforme Decreto estadual n.° 232, de 9 de março, a sede municipal foi transferida para um planalto, à margem esquerda do rio Purus. A Lei municipal n.° 8, de 18 de setembro de 1902, criou o distrito de Boca do Acre. Por força do Ato n.° 3.462, de 2 de maio de 1934, a sede municipal de Floriano Peixoto transferiu-se para o distrito de Boca do Acre, cuja sede foi elevada à categoria de vila, em face de Ato n.° 3.331, de 27 de março do mesmo ano. Na divisão territorial referente à 1936, Floriano Peixoto tem sede em Santa Maria da Boca do Acre e constitui-se de um só distrito, o de Floriano Peixoto. De acordo com os Decretos-leis estaduais números 68 e 69, de 31 de março de 1938, o Município passou a denominar-se Santa Maria da Boca do Acre, com sede na cidade de igual nome e figurava com um só distrito. Em virtude do Decreto-lei estadual n.° 176, de 1 de dezembro de 1938, o Município e distrito tiveram seus topônimos simplificados para Boca do Acre. Esse decreto criou o distrito de Floriano Peixoto, com território desmembrado do distrito-sede. Segundo o Decreto-lei federal n.° 5.812, de 13 de setembro de 1943, o Município adquiriu parte do de Lábrea, quando da transferência deste para o Território Federal do Guaporé. Atualmente Boca do Acre possui dois distritos, o da sede e o de Floriano Peixoto. O Município foi, a princípio, termo da Comarca do Canutama. Passou depois à sede de comarca, extinta e restaurada por várias vezes. Sua última instalação ocorreu a 16 de abril de 1926. Fonte: Biblioteca IBGE

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