A primeira tentativa de povoamento das terras que atualmente compreendem o município de Cachoeiro de Itapemirim ter-se-ia verificação no inicio do século XVIII, quando chegaram imigrantes de Campos, Muribeca, Guarapari e Vitória, atraídos pelo ouro existente nas Minas de Castelo, então dominadas pelos índios Puris. À procura dos veios auríferos, os pioneiros subiam o rio Itabapoana e abriam picadas na floresta. Esse primeiro ciclo colonizador, entretanto, foi interrompido quando o Governo Português proibiu a exploração das minas, sendo as áreas reocupadas pelo gentio. Na segunda década do século XIX, fizeram-se comcessões de sesmarias ao tenente Luiz José Moreira e, posteriormente, a Francisco Gomes Coelho, José Pereira de Almeida e José da Silva Quintais, mas o povoamento não progrediu. Seguindo o curso do Itapemirim, chegaram em 1820 o Capitão Manoel José Estêves de Lima e grande comitiva, tentados pelo rumor das notícias fantasiosas que circulavam a respeito de riquezas existentes na Capitania do Espírito Santo. Em 1825, por iniciativa de Estêves de Lima, foram criados dois quartéis de pedestres - postos de policiamento com 10 homens - a fim de dar certa segurança ao território e permitr, assim, que os tropeiros chegassem a Itapemirim para proceder à troca de seus produtos por tecidos e sal. Estes postos se constituíram, entre 1830 e 1845, em pontos de concentração dos primeiros exploradores, qua aí construíram suas palhoças agregando-se aos comerciantes já ali estabelecidos. Inciou-se, por esse tempo, o cultivo da mandioca, banana e cana-de-açucar, estruturando economicamente a comunidade. A eliminação do banditismo que infestava a serra da Tijuca, consolitou a autoridade do médico, Dr. Manuel Cipriano da França Horta. Os povoadores vindos de Minas Gerais e Rio de Janeiro não chegavam mais com o sonho de enriquecer rapidamente, mas sim de derrubar as matas e explorar a terra, colaborando para que a comunidade se formasse definitivamente. Quatro anos depois, em 1854, chegava a primeira professora D. Joana das Dores. O topônimo do povoado, constituído em freguesia a partir de 1856, - São Pedro do Cachoeiro de Itapemirim - foi conservado até 1911, quando se verificou sua simplificação. Como Freguesia, teve sua primeira escola pública a 27-07-1857, serviço telegráfico a partir de 10-02-1873 e luz elétrica a partir de 1903, sendo o primeiro município do Estado a receber tal melhoramento. Formação Administrativa O novo município de São João do freguesia criada com a denominação de São Pedro de Cachoeiro de Itapemirim, por decreto provincial nº 11, de 16-07-1856, subordianado ao município de Itapemirim. Elevado à categoria de vila com a denominação de São Pedro do Cachoeiro de Itapemirim, pelo decreto provincial nº 11, de 23-11-1864, desmembra de Itapemirim. A Comarca de de São Pedro do Cachoeiro de Itapemirim foi criada em 16-11-1876, pela lei provincial nº 9, extinta ao ano seguinte e restaurada em 03-05-1884. No antigo povoamento de São Pedro do Cachoeiro de Itapemirim. Constituído de 2 distritos: São Pedro do Cachoeiro de Itapemirim e Estação Castelo. Pela lei provincial nº 9, de 15-11-1871, é criado o distrito de Conceição de Castelo e anexado no município de Cachoeira de Itapemirim. Elevado à condição de cidade com a denominação de Cachoeiro de Itapemirim, pelo decreto estadual nº 04, de 26-12-1889. Pela lei estadual nº 715, de 05-12-1910, são criados os distritos de Vieira Machado e São Sebastião da Lage anexado ao município de Cachoeiro de Itapemirim. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 8 distritos: Cachoeiro de Itapemirim, Conceição Castelo, Estação Castelo, São Gabriel do Muqui, São José, São João do Muqui, São Sebastião da Lage e Vieira Machado. Pela lei estadual nº 826, de 22-10-1912, desmembra do município de Cachoeiro de Itapemirim os distrtios de São João do Muqui. Pela lei estadual nº 834, de 23-11-1912, é criado o distrito de São Felipe sede no de São Gabriel do Muqui. Pela lei estadual nº 933, de 06-12-1913, passou a denominar-se São Pela lei estadual nº 986, de 24-12-1914, é criado o distrito de São Gabriel do Muqui e anexado ao município de Cachoeiro de Itapemirim. Pela lei estadual nº 1006, de 23-10-1915, o distrito de São José passou a denominar-se Virgínia. Pela lei estadual de 1313, de 30-12-1921, é criado o distrito de Pacotuba e anexado ao município de Cachoeiro de Itapemirim. Pela lei estadual nº 1657, de 08-10-1927, é criado o distrito de Conduru e anexado ao município de Cachoeiro de Itapemirim. Pela lei estadual nº 1607, de 25-12-1928, desmembra do município de Cachoeiro de Itapemirim o distrito de Estação Castelo. Elevado à categoria de município com a denominação de Castelo. Pela lei estadual nº 2665, de 08-07-1932, é criado o distrito de Floresta e anexado ao município de Cachoeiro de Itapemirim. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 7 distritos: Cachoeiro de Itapemirim, Conduru, Floresta, Pacauba, São Felipe, Vargae Alta e Virginia. Assim permanecendo em divisão territoriais datadas de 31-XII-1936 ee 31-XII-1937. Pelo decreto-lei estadual nº 15177, de 31-12-1943, o distrito de Floresta passou a denominar-se Burarama, o distrito de Virsgínia a denominar-se Jaciguá, Marapé, Pacotuba e Vargem Alta. Pela lei estadual nº 779, de 29-12-1953, são criados os distritos de Itaoca e anexados ao município de Cachoeiro de Itapemirim. Vargem Grande e Soturno. Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o município é constituído de 9 distritos: Cachoeiro de Itapemirim, Burarama, Conduru, Itaoca, Jaciguá, Marapé, Pacotuba, Vargem Alta e Vargem Grande do Soturno. Pela lei municipal nº 416, de 03-12-1955, o distrito de Itaoca passou denominar-se Presidente Vargas. Em divisão territorial datada de I-VII-1960, o município é constituído de 9 distritos: Cachoeiro de Itapemirim, Burarama, Conduru, Jaciguá, Marapé, Pacotuba, Presidente Vargas, Vargem Alta, Vargem Grande do Soturno. Pela lei estadual nº 1916, de 20-12-1963, desmembra do município de Cachoeiro de Itapemirim, o distrito de Marapé. Elevado à categoria de município com a denominação de Atílio Vivacquo. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 6 distritos: Cachoeiro de Itampemirim, Burarama, Conduru, Jaciguá, Pacotuba, Presidente Vargas, Vargem Alta e Vargem Grande do Soturno. Segundo o quadro administrativo vigente em 31-12-1966, o município é composto dos distritos de Cachoeiro de Itapemirim (sede), Burarama, Conduru, Itaoca (ex-Presidente Vargas), Jaciguá, Pacotuba, Vargem Alta e Vargem Grande do Soturno. Pela lei nº , de o distrito de Presidente Vargas volta a denominar-se Itaoca. Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 8 distritos: Cachoeiro de Itapemirim, Burarama, Conduru, Jaciguá, Pacotuba, Itaoca ex-Presidente Vargas, Vargem Alta, Vargem Grande do Soturno. Pela lei estadual nº 4063, de 06-05-1988, desmembra do município de Cachoeiro de Itapemirim os distritos de Vargem Alta e Jaciguá. Para formar no novo município de Vargem Alta. Em divisão territorial datada de I-VI-1995, o município é constituído de 6 distritos: Cachoeiro de Itapemirim, Burarama, Conduru, Itaoca, Pacotuba e Vargem Grande do Soturno. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2003. Gentílico: cachoeirense Fonte: Biblioteca IBGE - Outra Versão - A história de Cahoeiro de Itapemerim teve inicio no ano de 1812, quando o donatário da capitania do Estado, Francisco Alberto Rubim, teve a tarefa de desenvolver o povoamento do estado. A região era dominada pelos temidos índios Purim, entretanto, não chegaram a ser obstáculos aos primeiros desbravadores, atraídos pelo ouro nas minas descobertas nas regiões compreendida por Castelo. A primeira incursão exploradora organizada ocorreu entre 1820 e 1825, época em que foi concedida ao Tenente Luiz José Moreira meia légua de terras. Na mesma época, foram constituídos postos de policiamento, denominados quartéis de pedestres, para proporcio-nar garantia aos habitantes que hviam se instalado no lugar, próximo do obstáculo rural do encachoeiramento do rio, ponto de parada dos raros tropeiros que desciam do sertão e iam se acomodando nessas paragens e plantando suas lavouras. O governador Rubim fez construir à margem sul do rio o Quartel da Barca, que foi uma homenagem a Luiz Araújo - Conde da Barca, Ministro dos Negócios estrangeiros e da Guerra de Dom João VI. Com essa iniciativa, os povoadores tiveram proteção contra as incursões dos índios Puris e Botocudos, que hostilizavam aqueles que percorriam a região à procura do ouro que os rios prometiam, ou até mesmo os lavradores, que desejavam trabalhar a terra com plantação de cana de açúcar. Por determinação do governador Rubim, havia um patrulhamento realizado por pedestres, que descia de Cachoeiro até a Vila de Itapemerim, prosseguindo até o Quartel de Boa Vista, situado na barreira do Siri, em frente a Ilha das Andorinhas, regressando ao ponto de partida, alternando em sentindo contrário com a patrulha do Quartel de Boa Vista. A patrulha de pedestre era construída por negros livres, comandada por um Alferes (nome dado ao antigo militar, hoje equiparado a um 2º. Tenente). Os quartéis tiveram seus efeitos aumentandos, e foi nos seus arredores que começou a formação dos primeiros núcleos populacionais com pequenas plantações de mandioca, bananeiras e cana de açúcar. A pesca e a caça davam condições fartas aos habitantes. Começava a lenta penetração no território dos silvícolas para o domínio dos desbravadores. Os fazendeiros de Itapemerim começavam a estender suas propriedades pelas margens do rio, sendo que, onde hoje está formada a cidade de Cachoeiro de Itapemerim, era anteriormente formada por fazendas pertencentes, outrora, a alguns deles, entre os quais citamos Joaquim Marcelino da Silva Lima, um português que criou cidades e povoações no sul do Estado. Grandes latifundiários dominavam a região de Itapemerim. Da Vila, estendiam sua soberania até Cachoeiro. Os Gomes Bittencourt, que eram adversários políticos de Silva Lima, subiram pela margem esquerda até o atual bairro Aquidaban, enquanto o Barão de Ita-pemirim dominava toda a margem direita, até as terras do bananal próximo a Duas Barras. Durante a fase da cana de açúcar, Cachoeiro era um povoado perdido à margem do Rio Itapemirim. O início da transformação ocorreu na década de 50 do século passado. De um lado do rio existiam 20 fazendas de açúcar, em sua maioria desenvolvidas a vapor. Essas fazendas abasteciam de aguardente e açúcar toda a província e exportava em grande quantidade para o Rio de Janeiro. A arrecadação do sul do estado era basicamente o café e um pouco de cana, que já vivia sua fase de decadência. A primeira casa construída em Cachoeiro de Itapemirim foi a de Manuel de Jesus Lacerda, no ano de 1846, e logo depois foram surgin-do as primeiras casas comerciais no centro da Vila próxima a antiga Matriz do Senhor dos Passos, Sede da freguesia de São Pedro de Cachoeiro de Itapemirim. As casas se concentravam na rua Moreira, marginal ao rio, ou pelas suas transversais. Até meados do século XIX, o povoamento deste território e suas imediações tiveram pouco desenvolvimento, pois ainda iniciava-se a expansão cafeeira mineiro-fluminense na região. Na realidade, o seu povoamento ocorreu nas primeiras décadas do século XVIII pela incansável busca de ouro em Castelo, situadas no alto curso da bacia do Rio Itapemirim em afluente o Rio Castelo. Entretanto, mesmo sendo o ouro a base da economia naquele momento, foi o café o grande responsável pelo crescimento desta região. Com a expansão da Companhia de Jesus (a ordem que congregava os Jesuítas), no tempo do Marquês de Pombal, o surgimento do povoamento foi de curta duração. Geograficamente, o acesso à região era difícil, caracterizada como região montanhosa, com seus vales em garganta, bastante inclinados, formando la-deiras e ainda cobertas de florestas fechadas, o que contribuiu para que até o século XIX ficasse desconhecida e de posse dos nativos. O combate aos indígenas se tornou cada vez mais intenso, dificultando o estabelecimeto dos mineradores. Cachoeiro de Itapemirim era entreposto de comercialização de produtos agrícolas, tornando-se centro urbano, com funções mais diversificadas com o advento da chegada do café. A exploração desse interior montanhoso veio das regiões do sul do Rio de Janeiro e oeste de Minas Gerais, por serem limites com o sul do estado do Espírito Santo. O processo de expansão agrícola, liderado pelo café, iniciou-se através dos desmatamentos das florestas para a formação dos cafezais, seguindo o curso do rio Itapemirim, vindos do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. O estado do Espíri-to Santo é marcado historicamente por gran-des correntes imigratórias. As primeiras que se destacam são as formadas por austríacos e alemães. Especificamente para o sul do estado dirigiam-se os italianos, solidificando não só o modo de vida, mas em especial o estilo da produção cafeeira em bases familiares, uma vez que a abolição da escravatura ocorreu no final do século XIX, e o regime passou a ser o de relação de parceria. O ramal de extensão de Rede Ferrtoviária Leopoldina implantado em 1912 servia para o escoamento da produção cafeeira. A ferrovia era ligada ao estado de Minas Gerais e ao município de Castelo, e o Porto Itapemirim era também utilizado para o escoamento. Com a decadência do café, a atividade primária que o substituiu foi a pecuária, sobretudo a leiteira. A criação da Cooperativa de Laticínios Selita, antecedida pela fundação do Sindicato Rural dos Lavradores e Criadores, em 1934, foi de fundamental importância para que a pecuária se tornasse base de apoio para a economia do Sul do Espírito Santo. Apesar da predominância de pecuária, apareceu recentemente a nova cafeicultura com o plantio em curva de nível, utilizando técnicas mais avançadas com o apoio de órgãos federais. Cachoeiro de Itapemirim foi a décima cidade do país e a primeira do estado a ad-quirir luz elétrica, com uma usina instalada na Ilha da Luz. Sua situação geográfica favoreceu também a implantação de indústrias devido à facilidade dos meios de transportes, além das condições naturais propícias. Inici-almente, as primeiras indústrias eram esta-tais e com maquinários importados, onde algumas chegaram a funcionar e outras fo-ram passadas para a iniciativa privada. Os dados do censo demonstram que, até 1960, o crescimento desse setor foi lento, porém gradual. Mas, de 1960 a 1970, o incremento foi bem maior no que diz respeito ao número de estabelecimentos que surgiram, número de pessoal ocupado e o valor das transformações industriais. A partir da década de 80 até os dias de hoje, o ramo de maior desenvoltura na economia municipal é o de extração de minerais, classificando o município como Capital do Mármore e Granito. Fonte: Setur

Destaques Municipais


    Ainda não há notícias cadastradas nesse município

Realizações Municipais


    Ainda não há realizações cadastradas nesse município

Destaques Estaduais (ES)


    Ainda não há realizações cadastradas nesse município