As primeiras entradas que desbravaram o planalto mineiro se realizaram no início do século XVII destacando-se a de André de Leão, as nascentes do rio São Francisco (1601-1602), e a de Nicolau Barreto a bacia do rio das Velhas (1602). A primeira a devassar a região de Caeté teria sido a de Lourenço Caetano Taques, como o indica a Carta Régia datada de 23 de março de 1664, ao louvar Taques pelos serviços prestados na descoberta das "Minas de Cataguás" e dos "Sertões de Caeté". Deve-se fixar o ano de 1663, ou talvez o de 1662, como o da penetração de Taques na região caetèense. A Taques, sucedeu na exploração do sertão de Caeté, Antônio Rodrigues Arzão, que conseguiu extrair de seu solo apreciável quantidade de ouro e que, ao abandonar a região. Iegou a um cunhado, Bartolomeu Bueno, os seus descobertos. Estas entradas foram precursoras das bandeiras, expedições que completaram o desbravamento de toda região planaltina mineira, deixando sua marca não só em suas linhas de penetração, mais tarde transformadas em caminhos e estradas, como ainda no estabelecimento de pousos, origem, muitas vezes. de futuros núcleos de população. A mais importante para a região planaltina mineira, foi a de Fernão Dias Pais - o caçador de esmeraldas - que esquadrinhou os sertões durante sete anos (1674-1681), abriu inúmeros caminhos e a primeira ligação sul-norte entre São Paulo e a Bahia, antes de falecer as margens do rio das Velhas, em 1681. A exploração da zona deste rio e do Caeté - encosta ocidental do Espinhaço - iniciou-se quando Manuel de Borba Gato fundou, no sertão de Saburuçu, um arraial que daria origem a futura Vila (Real de Nossa Senhora da Conceição) de Sabará. A primeira bandeira a pisar o solo do atual Município teria sido a do paulista Leonardo Nardez (1701), que é citado pelo naturalista, geólogo e engenheiro de minas, Guilherme von Eschwege, em sua obra "Pluto Brasiliensis", como "descobridor de Caeté". Também o historiador Rodolfo Jaco; diz: "subindo pelo rio Sabará ao longo da serra alcantilada e depois por um dos seus galhos, Nardez e seus companheiros encontrando boa pista, vieram pousar entre colinas plácidas a margem de um ribeirão, cuja fonte próxima depararam a boca da mata espessa (Caeté), que orlava então a encosta da serra divisória do rio Doce. Daí, o nome dado ao regato pelos índios ou pelos próprios invasores e, por estes, depois ao pequeno arraial que levantaram." Não tardou muito que a descoberta de ouro em Caeté se fizesse conhecida em toda Colônia e atraísse levas de paulistas e forasteiros do litoral brasileiro e do Reino, vindos sobretudo da Bahia pelo rio São Francisco, ficando o arraial já em 1704 muito povoado. Entre os seus primeiros povoadores, citam-se Frei Simão de Santa Teresa, que deu início, em 1704, a construção da igreja do Rosário; e Manuel Nunes Viana, estabelecido no sopé da serra da Piedade, onde extraiu 50 arrobas de ouro, riqueza igual a que Borba Gato acumulara em Sabarabuçu (Sabará). O reinol, Nunes Vieira, foi propagador da Chamada "guerra dos emboabas" no arraial de Caeté, chegando em 1708 a guindar-se a liderança do movimento e proclamar-se "ditador supremo das Minas". O regime rebelde só teve fim em 1709. Pacificada as Minas Gerais, Caeté evoluiu rapidamente, sendo elevada a Vila Nova da Rainha do Caeté em 1714. Ainda repercutiam as solenidades da instalação da nova Vila, quando o povo do Morro Vermelho e da Vila se rebelou, em 1715, contra a cobrança do quinto do ouro por bateia , recomendada em tres cartas régias de novembro de 1714, processo fiscal vexatório que irritou o povo oprimido. Sufocado o levante do Môrro Vermelho, a Vila Nova da Rainha caiu em sensível desânimo, em parte devido às usurpações da Metrópole, mas principalmente em decorrência da exaustação dos aviões auríferos. Em 1833, em conseqüência de sua participação na revolta militar de Ouro Preto, Caeté teve seus foros de vila suprimidos, só restaurados em 1840, com a denominação de Caeté. O Município renasceu econômicamente com o aparecimento da indústria no final do século passado, que se vem desenvolvendo nas últimas décadas. Formação Administrativa e Judiciária O MUNICÍPIO de Vila Nova da Rainha foi criado a 29 de janeiro de 1714, e instalado a 14 do mês seguinte. Por força da Resolução de 30 de junho de 1833, o Município foi suprimido. Restaurou-o, porém, com a denominação atual, a Lei provincial n. 171, de 23 de março de 1840. Em 25 de novembro de 1865, pela Lei provincial n. 1 258, a Vila de Caeté foi elevada à categoria de cidade. Pela Lei n. 2 764, de 30 de dezembro de 1962, ficou o Município composto dos distritos de Caeté (sede), Antônio dos Santos, Morro Vermelho, Penedia e Roças Novas, por ter perdido os distritos de Taquaruçu e União de Caeté, que ganharam autonomia administrativa. A Comarca, de 3.ª entrância, foi criada pela Lei n.º 11, de 13 de novembro de 1891, com um só termo compreendendo atualmente também os municípios de Taquaraçu de Minas e José de Melo.

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