O município de Campo Novo do Parecis foi criado por desmembramento do município de Diamantino. Os habitantes mais antigos da região são os povos indígenas paresi, nambikwára, iránxe e salumã, que ainda se acham presentes no município. Do povo paresí toma nome o município. Também do nome paresí tem origem a denominação do grande planalto da região: Planalto dos Parecis, também denominada Chapada dos Parecis. No município de Campo Novo esta chapada é tão imponente que um caminhoneiro paranaense da cidade de Rolândia - Flávio Scheel - ao cortar o chão pareciense, em direção à Rondônia, na década de setenta, exclamou: "...este lugar é tão alto e bonito que parece que estou no topo do mundo". Nenhum desses povos indígenas tem a autodenominação coincidente com o nome dado pelos brancos. O povo paresi usa o nome autóctone de halíti, de natureza nu-aruaque. O povo nambikwára se chama a si mesmo de anúnsu, enquanto que o povo iránxe, de myky. O povo salumã, se autodenomina ená-wenê-naweê. Os povos nambikwára e iráxe falam uma língua própria, diferente das demais. Classifica-se a língua nambikára no tronco macro-jê, enquanto a língua iránxe escapa a todas as classificações atuais: é língua alófila. Esses povos sobrevieram, porque habitavam antigamente uma região desprezada pelos brancos por ser terra de má qualidade. Em 1742, Leonardo de Oliveira realizou a travessia do grande divisor das águas, atingiu o Rio Juína e foi descendo até chegar ao Pará. Ao atingir a região do atual município de Campo Novo do Parecis, denominou de Rio Tabucuru o que hoje se chama de Papagaio. Em fins de 1914, o ex-presidente dos Estados Unidos, Theodoro Roosevelt passou defronte o sítio de Campo Novo, em viagem pela Amazônia, na companhia de Rondon. O território do futuro município de Campo Novo do Parecis passou a ser movimentado pelos brancos com a extração da borracha. No tempo da Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil produzia borracha para fins bélicos, a região de Campo Novo viveu o que se denomina Soldado da Borracha. Com o crescimento do lugar, dois projetos passaram a tramitar, um para a criação do distrito e outro para a criação do município. Esse último tramitou mais rapidamente, atropelando o primeiro. O Decreto da Assembléia Legislativa n.º 2.678, de 10 de março de 1988, convocou o plebiscito para a criação do município. Decisão favorável. A Lei n.º 5.315, de 04 de julho de 1988, de autoria do deputado Jaime Muraro e sancionada pelo governador Carlos Bezerra, ciou o município: "Artigo 1º - Fica criado o município de Campo Novo do Parecis, com sede na localidade do mesmo nome, desmembrado do município de Diamantino. "Artigo 2º - Fica extinto o distrito de Utiariti, criado pela Lei n.º 545, de 26 de outubro de 1943..." O primeiro prefeito municipal foi o pioneiro Zeul Fedrizzi, tendo na vice o Sr. Seno Schweig.

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