Durante muito tempo o rio Doce desempenhou no estado do Espírito Santo o papel de limite natural entre a zona povoada e a região desconhecida do norte. A história do desbravamento do município de Colatina está intimamente ligada às tentativas de colonização do vale do rio Doce. Umas das primeiras incursöes nas terras que constituem o atual município de Colatina deve-se ao capitão Antônio Pires da Silva Pontes Leme que, quando no governo da Capitânia do Espírito Santo, tentou o levantamento do rio Doce e a abertura de uma estrada até Minas Gerais. Ordenou, também, a instalação dos postos militares de Regência Augusta, Porto do Souza e Lorena; na margem esquerda do rio Doce iniciou uma povoação que primitivamente teve o nome de Coutins e, mais tarde, o de Linhares. Uma tentativa mais direta do povoamento do solo colatinense verificou-se por volta de 1857, sob a orientação de Nicolau Rodrigues dos Santos França Leite que lançou os fundamentos da Transilvânia, nas terras adjacentes aos rios Pancas e São João. Essa frente pioneira, entretanto, não chegou a alcançar Colatina. Só em 1888 e, mais tarde, em 1894 chegaram alguns imigrantes para a ocupação das terras devolutas do rio Doce. A colônia de Limão, a mais próxima de Colatina, foi assolada pela matéria, e os colonos, por isso, imigraram. Entretanto, o povoamento definitivo de Colatina processou-se pelo Santa Maria, obedecendo à natural expansões de uma outra ala pioneira oriunda de Santa Leopoldina. A partir dos núcleos iniciais de Santa Leopoldina Porto de Cachoeira) e de Santa Isabel, estendeu-se uma colonização alemã por toda a bacia dos rios Jucu e Santa Maria de Vitória, a qual, já em 1891, iniciava no local onde atualmente se ergue a cidade de Santa Leopoldina a primeira derrubada para a medição de lotes. Para estes serviços construiu-se um barracão e o local ficou conhecido por "Barracão de Santa Maria". O município de Linhares compreendia, então, toda esta região até Escadinhas. Em 1899, foi esse povoado elevado a sede do distrito, a que se denominou Colatina, homenagem prestada pelo Engenheiro Gabriel Emílio da Costa a D. Colatina, esposa do governador Muniz Freire. A construção da estrada de ferro Vitória-Minas alcançou Colatina em 1906, três anos depois de iniciada, abrindo grande possibilidade para o povoamento do rio Doce. Dez anos mais tarde, colonos alemães oriundos da região serrana do Espírito Santo atingiram as cabeceiras do Mutum e do Panquinhas, na região norte do rio Guandu. O movimento pioneiro, entretanto, só se desenvolveu a partir de 1928, quando foi construída a ponte sobre o rio Doce, em Colatina já assumia então a sua posição de cidade chave para o acesso da região norte do rio Doce. Por volta de 1916, ocorreu na vila um fato digno de menção. Após o pleito estadual em que foi eleito Bernardino Monteiro, os derrotados - coronel Alexandre Calmon e Pinheiro Júnior. Chefiaram a revolta do "Xandoca" que instalou em Colatina o governo de Pinheiro Junior. Em 29 de junho do mesmo ano a rebelião foi dominada. Em 1921, a vila foi elevada a categoria de cidade e o município passou a denominarse Colatina (30-12-1921). Formação Administrativa Freguesia criada com a denominação de Linhares, por decreto de 26-08-1818. Elevado à categoria de vila com a denominação de Linhares, pela resolução do conselho do governo de 02-04-1833. Com sede na povoação de Linhares. Constituído de distrito sede da povoação de Linhares. Constituído do distrito sede. Instalado em 21-08-1833. Pela lei municipal de 26-12-1895, é criado o distrito de Mutum e anexado a vila de Linhares. Pela lei municipal de 27-01-1905, é criado o distrito de Acioli de Vasconcelos e anexado a vila de Linhares. Pela lei estadual nº 488, de 22-11-1907, transfere a sede da povoação de Linhares para a povoação de Colatina. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila de Linhares é constituído de 6 distritos: Linhares, Acioli de Vasconcelos, Regência ex-Barra do Rio, Colatina, Mascarenhas e Mutum. Pela lei estadual nº 1045, de 09-12-1915, é criado o distrito de Baixo Guandu e anexado a vila de Linhares. Pela lei estadual nº 1093, de 05-01-1917, é criado o distrito de Baunilha e anexado a vila de Linhares. Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de I-IX-1920, a vila de Linhares é constituído de 8 distritos: Linhares, Acioli de Vasconcelos, Baixo Guandu, Baunilha, Colatina, Masacarenhas, Mutum e Regência. Pela lei estadual nº 1307, de 30-12-1921, a vila de Linhares passou a denominar-se Colatina. Elevado à condição de cidade, pela lei estadual nº 1317, de 30-12-1921. Pela lei estadual nº 1381, de 04-07-1923, é criado o distrito de Lage e anexado ao município de Colatina. Pela lei estadual nº 1486, de 05-09-1924, é criado o distrito de Nossa Senhora da Penha e anexado ao município de Colatina. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de é constituído de 9 distritos: Colatina, Baunilha, Baixo Guandu, Lage, Linhares, Mascarenhas, Mutum, Nossa Senhora da Penha e Regência. Menos o distrito de Acioli de Vasconcelos, transferido para o município de Pau Gigante. Pelo decreto estadual nº 6152, de 10-04-1935, desmembra do município de Colatina o distrito de Baixo Guandu. Elevado à categoria de município. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. O município é constituído de 8 distritos: Colatina, Baunilha, Lage, Linhares, Mutum, Mascarenhas, Nossa Senhora da Penha e Regência. Pelo decreto-lei estadual nº 9222, de 31-03-1938, o distrito de Nossa Senhora da Penha passou a denominar-se Santa Luzia. Sob o mesmo distrito, transfere o distrito de Mascarenhas do município de Colatina para o de Baixo Guandu. Pela lei estadual nº 9941, de 11-11-1938, é criado o distrito do Alto Rio Novo e anexado ao município ao município de Colatina. Pela lei estadual nº 15177, de 31-12-1943, desmembra do município Colatina os distritos de Linhares e Regência. Para formar o município de Linhares. Sob a mesma lei o distrito de Lage passou a denominar-se Itapina, Santa Luzia a denominar-se Pancas e o distrito de Mutum denominar-se Boapaba. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 6 distrtios: Colatina, Alto Rio Novo, Baunilha, Boapaba ex-Mutum, Itapina ex-Lage e Pancas ex-Santa Luzia. Pela lei estadual nº 265, de 22-10-1949, São criados os distrito de Águia Branca, Lajinha, São Domingos e São Gabriel e anexado ao município de Colatina. Em divisão territorial datada de I-VII-1950, o município é constituído de 10 distritos: Colatina, Águia Branca, Alto Rio Novo, Baunilha, Boapaba, Itapina, Lajinhas, Pancas, São Domingos e São Gabriel. Pela lei estadual nº 777, de 29-12-1953, desmembra do município de Colatina os distritos de Pancas e Alto Rio Novo. Para formar o novo município de Pancas. Sob a mesma lei desmembra do município de Colatina o distrito de São Domingos. Elevado à categoria de município. Pela lei estadual nº 779, de 29-12-1953, São criado os distritos de Governador Lindenberg, Novo Brasil, Marilândia e anexado ao município de Colatina. Por decisão do Supremo tribunal federal acordão de 04-05-1955, foi anulado a criação dos municípios de Pancas e São Domingos voltando a ser distrito de Colatina os distritos de Pancas, Alto Rio Novo e São Domingos. Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o município é constituído de 13 distritos: Colatina, Águia Branca, Alto Rio Novo, Baunilha, Boapaba, Governador Lindenberg, Itapina, Lajinha, Marilândia, Novo Brasil, Pancas, São Domingos e São Gabriel. Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII-1960. Pela lei estadual nº 1837, de 21-02-1963, desmembra do município de Colatina os distritos de Pancas, Alto Rio Novo e Lajinha. Para formar o novo município de Pancas. Sob a mesma lei desmembra do município de Colatina os distritos de São Gabriel e Águia Branca. Para formar o novo município de São Gabriel do Palha ex-São Gabriel. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 7 distritos: Colatina, Baunilha, Boapaba, Itapina, Marilândia, Novo Brasil e São Domingos. Pela lei estadual nº 1919, de 31-12-1963, são criados os distritos de Angelo Frechiani, Governador Lindenberg, Graça Aranha e Sapucaia e anexados ao município de Colatina. Em divisão territorial datada de I-I-1979, o município é constituído de 11 distritos: Colatina, Angelo Frechiami, Baunilha, Boapaba, Governador Lindenberg, Graça Aranha, Itapina, Marilândia, Novo Brasil, São Domingos e Sapucaia. Pela lei estadual nº 3345, de 14-05-1980, desmembra de Colatina os distritos de Marilândia e Sapucaia. Para formar o novo município de Marilândia. Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o município é constituído de 9 distritos: Colatina, Angelo Frechiami, Baunilha, Boapaba, Governador Lindenberg, Graça Aranha, Itapina, Novo Brasil e São Domingos. Pela lei estadual nº 4347, de 30-03-1990, desmembra do município de Colatina o distrito de São Domingos. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de I-VI-1995, o município é constituído de 8 distritos: Colatina, Angelo Frechiami, Baunilha, Boapaba, Governador Lindenberg, Graça Aranha, Itapina, Novo Brasil. Pela lei estadual nº 5638, de 11-05-1998, desmembra do município de Colatina os distritos de Governador Lindenberg e Novo Brasil. Para formar o novo município de Governador Lindenberg. Em divisão territorial datada de 14-V-2001, o município é constituído de 6 distritos: Colatina, Angelo Frechiami, Baunilha, Boapaba, Graça Aranha e Itapina. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. Transferência de sede Linhares para pavoação de Colatina, transferido, pela lei estadual nº 488, de 22-11-1907. Alteração toponímica municipal Linhares para Colatina alterado, pela lei estadual nº 1307, de 30-12-1921. Gentílico: colatinense Fonte: Biblioteca IBGE

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