O município de Correntina, surgiu no ciclo do ouro, ao tempo das Capitanias de Pernambuco do donatário Duarte de Costa. E assim ficou até 1824 quando, pelo decreto de nº 7 de D. Pedro l, foi transferido para a província de Minas Gerais, depois e definitivamente para a Província da Bahia, pela Resolução de 15 de outubro de 1827. Dos primeiros habitantes Datam de 17/11/1712 os indícios de povoamento, com a chegada dos remanescentes da Guerra dos Emboabas à região ou município de Carinhanha que incorporava a atual área de Correntina. O bandeirante Manoel Nunes, apossou-se dessas terras para garimpar e criar gado. Aqui, teria enfrentado a resistência das tribos indígenas dos Caiapós, Bororós, Acraós ou Pimenteiras, Kraôs e Chicriabus. O mais provável é que o povoado tenha começado com a chegada do Padre Anacleto Pereira dos Santos em 1791, sob o nome de Rio Rico ou Rio do Ouro. O padre viera com os colonizadores do Rio São Francisco. Uma outra hipótese, é que o Sacerdote teria vindo do Piauí, com flagelados da "Seca Grande" que em 1791/92 assolara o nordeste. Viera ele em missão religiosa, associada, posteriormente à atividade da cata do ouro que começou aparecer em abundância. Do rio rico e do ouro em abundância Euclides da Cunha em "Os Sertões" diz do garimpeiro, como o saqueador da terra, e dos sertanistas, os gananciosos que desde o começo do século XVlll, vinham espavorindo a ferro e fogo o selvagem e fundando povoados. E mais adiante completa: " De Caetité, demandaram as matas de Macaúbas e Açuruá e devassaram o São Francisco (...) E na frente, indefinido, se lhes anolhou, cavalos nos chapadões, aquele maravilhoso vale do Rio das Éuas, (Rio das Éguas era o nome de Correntina quando ainda povoado) tão aurífero que o Ouvidor de Jacobina, em carta dirigida à Rainha ll, afirmava - que as suas minas eram mais ricas de que nunca se descobriu nos domínios de sua magestade." O ouro existia de fato, provocando a corrida ao metal e recebendo a povoação, bandeirantes como o baiano Francisco José Teixeira. O ouvidor do Goiás, também nesse mesmo tempo, com seu grupo armado penetrou na região, reclamando direitos territoriais. Houve a resistência armada do Ouvidor regional, com sede em Jacobina, João Manoel Peixoto de Araújo. Expulsos os goianos invasores, desfez-se o conflito, com a interferência do Vice-rei de Portugal. É desta época a lenda, segundo a qual, um fazendeiro de Carinhanha, Joaquim Amorim Castro e Silva fizera uma promessa de construir uma Capela a N.S. da Glória, se viesse encontrar um lote de éguas fugidas. Elas estavam pastando às margens do Rio Rico ou do Ouro, que passou então a se chamar de Rio das Éguas. A capela foi edificada em 1806. Com a construção da Igreja, a povoação passou à categoria de Freguesia de Nossa Senhora do Rio das Éguas. Das leis do garimpo e das desordem de 1806 da criação da freguesia, até 1850, prevaleceu a lei do garimpo dos bandoleiros e dos jagunços. E Euclides da Cunha mais uma vez, remontando ao relatório de Caetano Montenegro, exemplifica: "Todo o vale do Rio das Éguas e, para o norte, o rio Preto, formam a pátria original dos homens mais bravos e mais inúteis da nossa terra". de freguesia a município - de vila a cidade e do vai e vem com Santa Maria da Vitória a povoação Nossa Senhora do Rio das Éguas foi elevada à categoria de Freguesia em 1806, com a vila do mesmo nome como sede, pela Lei Provincial de nº 973 de 15.05.1866 do Vice-presidente da Província da Bahia, Pedro Leão Veloso. A Lei Provincial nº 1960 de 08.06.1880 do Presidente da Província da Bahia, Bacharel Antônio de Araújo de Aragão Bulcão, criou o Arraial de Santa Maria da Vitória, e incorporou por transferência, a Freguesia Nossa Senhora do Rio das Éguas, com a sede do mesmo nome, ao território do Arraial de Santa Maria da Vitória. (Deixamos de existir político-administrativamente, passando ao domínio de Santa Maria da Vitória). Pela Resolução Provincial de nº 2588 de 14.05.1886 o presidente da Província da Bahia, Theodoro Machado Freira Pereira da Silva, a Freguesia de Nossa Senhora do Rio das Éguas com a vila do mesmo nome por sede, foi recriada. (voltamos a existir). Más pela Resolução Provincial de nº 2579 de 04.05.1888 o Presidente da Província da Bahia, Conselheiro Manuel do Nascimento Machado Potella, a Freguesia de Nossa Senhora do Rio das Éguas com a sede do mesmo nome, foi mais uma vez incorporada ao território de Sta. Mª da Vitória. ( Deixamos de existir mais uma vez, voltando ao domínio de Santa Maria da Vitória). Por fim, o Governador do Estado da Bahia, João Gonçalves da Silva, pelo ato de nº 319 de 05.05.1889, definiu a criação do nosso município , assim sacramentado-a: "O governador do Estado resolve pelo presente acto, elevar à categoria de Vila a povoação do Rio das Éguas, com a denominação de Correntina, tendo o seo município os mesmos limites do Distrito de Paz d'aquele nome." A reinstalação se deu em 09.06.1891. A Emancipação Político-administrativa do município se consumou, elevada a vila à categoria de cidade, pelo Decreto nº10.724 de 30 de março de 1938 do Interventor Público Landulfo Alves, autorizado pelo Decreto nº 311 de 02 de março do Presidente Getúlio Vargas. Era Prefeito na época, Major Félix Joaquim de Araújo. A comemoração festiva da data, só ocorreu pela primeira vez, em 1974, no governo de Teófilo Guerra. Fonte: cnm.org.br

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