Segundo a tradição, deve-se a três irmãos da família Sandes, vindos de Itaúba (povoado à margem do rio São Francisco), a primeira penetração nas terras em que hoje se localiza o município de Delmiro Gouveia. Em meados do século XVII, faziam elas parte das sesmarias que compreendiam, também, as terras dos atuais municípios de Mata Grande, Piranhas e Água Branca. Sabe-se que, mais ou menos em 1769, aquelas sesmarias foram arrematadas, em leilão, na cidade de Recife, "estando na posse das mesma, por arrendamento, o capitão Faustino Vieira Sandes". Atraído pelas boas pastagens que a zona da caatinga podia oferecer e pela riqueza da região serrana, o capitão Faustino, segundo se presume, foi o primeiro núcleos de povoamento. Entre eles, formou-se o de Pedra, nome motivado pelas grandes rochas existentes no lugar. Pela sua localização, o lugarejo foi beneficiado com a construção de uma estação da estrada de ferro. Em 20-10-1859, o imperador Dom Pedro II visitou a cachoeiro de Paulo Afonso, fato que os naturais do antigo povoado de Pedra guardam como a mais importante reminiscência histórica de sua terra. Procedentes do Recife, chegou à localidade, em 1903, Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, estabelecendo-se ali com o comércio de couros de bovinos e de peles de caprinos e de lanígeros. De grande capacidade de trabalho, aquele negociante consegui, em 1912, instalar, no local, serviço de luz elétrica e de água encanada. Para esse fim, entre outras providências, construiu uma usina hidráulica de sua terra. Dispondo de energia elétrica, Delmiro Gouveia resolveu, em 1914, fundar uma fábrica de linhas a qual denominou Companhia Agro Fabril Mercantil, existente ainda hoje. A realização de tão grande empreendimento só poderia despertar, como despertou, o interesse das populações vizinhas. Pedra passou a ser, então, o povoadode maior crescimento demográfico da região. Não parou na fundação da Companhia o espírito empreendedor do pioneiro. Para conforto dos que trabalhavam sob suas ordens, Delmiro Gouveia construiu uma Vila Operária que deu no nome de Pedras. Seus habitantes referiam-se a ela como Pedra de Delmiro. Era o reconhecimento popular antecipando-se ao que, mais tarde, seria reconhecimento oficial. A mola propulsora para o desenvolvimento do lugar foi, sem dúvida, a cachoeira de Paulo Afonso. Representando, no passado, apenas uma reserva econômica da região, projetou-se no cenário nacional, pelo valor de seu potencial hidráulico que, convertido em realidade, passou a constituir importante capítulo na história do desenvolvimento do Brasil. Formação administtrativa Distrito criado com a denominação de Pedra, pelo decreto estadual nº 2435, de 30- 11-1938, subordinado ao município de Águia Branca. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Pedra figura no município de Água Branca. Pelo decreto-lei estadual nº 2909, de 30-12-1943, o distrito a Pedra passou a denominar-se Delmiro. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito já denominado Delmiro figura no município de Água Branca. Elevado à categoria de município com a denominação de Delmiro Gouveia, pela lei estadual nº 1628, de 16-06-1952, desmembrado de Água Branca. Sede na antigo distrito de Delmiro atual Delmiro Gouveia. Constituído do distrito sede. Instalado em 14-02-1954. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2003. Alterações toponímicas distritais Pedra para Delmiro alterado, pelo decreto-lei estadual nº 2909, de 30-12-1943. Delmiro para Delmiro Gouveia alterado, pela lei estadual nº 1628, de 16-06-1952. Gentílico: delmirense Fonte: Biblioteca IBGE

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