Em 18 de setembro de 1728, Gabriel Antunes Maciel, sorocabano, ligado às legendárias penetrações bandeirantes de Cuiabá, mandava a Câmara Regente desta Vila, pelo Capitão-Mor Gaspar de Godói, notícias da descoberta do Paraguai, mais tarde, Paraguai-Diamantino e finalmente, Diamantino, nome conservado até hoje, onde havia ocorrência de ouro fácil. À margem do Ribeirão do Ouro, fundou-se o primeiro arraial, que cobrou vida com os resultados da abundante mineração. Esgotadas as lavras, já em 1746, eram descobertas outras, à margem do Córrego Grande, pelo abrigador do caminho de Goiás, Antônio Pinho de Azevedo, que ali fundou o Arraial de Nossa Senhora do Parto, erigindo uma pequena Capela sob essa invocação. A ocorrência de diamantes nas lavras descobertas motivou a dispersão dos faiscadores, por ordem do Ouvidor da Vila de Cuiabá, visto que a sua extração era privativa da Coroa Portuguesa. Dispersos os mineiros, dedicaram-se muitos deles, às margens do ribeirão aurífero, a agropecuária, infelizmente mal sucedidos, devido a grande seca que assolou a região nos anos de 1749, dizimando lavouras, gado e população. Segundo J. Barbosa de Sá, neste último ano ocorreu ali, um tremor de terra, único registrado na história Matogrossense. Em 1751, o Governador Capitão-General Dom Antônio Rollim de Moura Tavares, organizou o Destacamento dos Diamantes do Paraguai, com a finalidade de evitar a extração diamantífera. Deslocando-se para aquela zona com suas famílias e pertences, inclusive, escravaria, deram os seus componentes continuidade ao povoamento do lendário Vale. Apesar da vigilância mantida, tornava-se impossível impedir por completo a atividade dos mineiros, aos quais, se juntavam negros fugitivos, vagabundos, aventureiros e criminosos, naquela vasta região. Em 1798, o Governador Capitão-General Caetano Pinto de Miranda Montenegro, propunha à Coroa o franqueamento das minas de Alto Paraguai e seus Afluentes - Sant'Ana e São Francisco. Em 1805, era efetivada a distribuição das lavras de ouro ao povo pelo próprio Ouvidor e Corregedor da Comarca, Sebastião Pita de Castro, primo do Governador Menezes, continuando, porém, a proibição relativa aos diamantes. Acampanhando os primeiros moradores que chegaram à zona de Diamantino, em 1805, vinha o Padre Francisco Lopes de Sá, na qualidade de Capelão curado do nascente Arraial, sendo substituído pelo Padre Manoel Joaquim a Alvares de Araújo, que a 06-06-1807, celebrou o primeiro batizado da história diamantinense, na pessoa de Maria filha do Capitão José Delgado Pontes e Dona Maria Muniz de Almeida. Em 1825, o distrito já contava com uma população de 6077 habitantes, sendo 1095 brancos, 1266 pardos e 3716 pretos. Do total de 2547 eram livres e 3530 eram escravos. O comércio importava diretamente do Reino, vindo as mercadorias através do Pará. O decréscimo da produção aurífera, epidemias, fugas continuadas de escravos, marcaram o início da decadência de Diamantino. De 1826 a 1850, o despovoamento da região foi marcante. Em 1852, surge uma tentativa frustada de mineração da "Sociedade de Mineração de Mato Grosso", fundada no Rio de Janeiro, com vultoso capital e aparelhamento moderno. As riquezas minerais sustentaram-lhe o nome, até que sobreveio a decadência com o empobrecimento das lavras, e despovoamento dos Arraiais. Com a abolição da escravatura, foi eliminado o comércio intenso da região. Com a descoberta das lavras diamantíferas do "Gatinho", completa a desagregação da secular Cidade. De simples "corrutela" o novo povoado cresce rapidamente, transformando-se em próspera Vila, Arrebatando à sede municipal o primado econômico e administrativo, formando o Município de Alto Paraguai. Formação Administrativa Distrito criado com a denominação de Alto Paraguai Diamantino, por Resolução Régia de 09-08-1811, no Município de Cuiabá. Elevado à categoria de vila com a denominação de Alto Paraguai Diamantino, por alvará de 23-11-1820, desmembrado de Cuiabá. Constituído do Distrito Sede. Suprimida por Lei Estadual nº 282, de 06-04-1901 com a denominação de Diamantino. Restaurada pela Lei nº 452, de 04-08-1906, reinstalada em 03-12-1906. Elevada à categoria de cidade, por Lei Estadual nº 772, de 16-07-1918. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do Distrito Sede. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 208, de 26-10-1938 é criado o Distrito de Pontezinha e incorporado ao Município de Diamantino. No quadro fixado para vigorar no período de 1939/1943, o município é constituído de 2 Distritos: Diamantino e Pontezinha. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 545, de 31-12-1943, é criado o Distrito de Utiariti e incorporado ao Município de Diamantino, o mesmo Decreto extinguiu o Distrito de Pontezinha, transferindo o seu território para o Município de Rosário Central. No quadro fixado para vigorar no período de 1944/1948, o município é constituído de 2 Distritos: Diamantino e Utiariti. Pela Lei Estadual nº 193, de 17-11-1948 é criado o Distrito de Alto Paraguai (ex- Povoado) e incorporado ao Município de Diamantino. No quadro fixado para vigorar no período de 1949/1953, o município é constituído de 3 Distritos: Diamantino, Alto Paraguai e Utiariti. Pela Lei Estadual nº 709, de 16-12-1953, desmembra do Município de Diamantino o Distrito de Alto Paraguai. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 Distritos: Diamantino e Utiariti. Pela Lei Estadual nº 3784, de 04-06-1976 é criado o Distrito de São José do Rio Claro e incorporado ao Município de Diamantino. Pela divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 3 Distritos: Diamantino, São José do Rio Claro e Utiariti. Pela Lei Estadual nº 4239, de 04-11-1980, é criado o Distrito de Brasnorte e incorporado ao Município de Diamantino. Pela Lei Estadual nº 4405, de 26-11-1981, é criado o Distrito de Nova Mutum (ex- Povoado) e incorporado ao Município de Diamantino. Pela Lei Estadual nº 4407, de 30-11-1981, é criado o Distrito de Tapurah (ex- Povoado) e incorporado ao Município de Diamantino. Em divisão territorial datada de 22-11-1985, o município é constituído de 6 Distritos: Diamantino, Brasnorte, Nova Mutum, Tapurah, Utiariti e São José do Rio Claro. Pela Lei Estadual nº 4948, de 16-12-1985, é criado o Distrito de Lucas do Rio Verde e incorporado ao Município de Diamantino. Pela Lei Estadual nº 5047, de 05-09-1986, desmembra do Município de Diamantino o Distrito de Brasnorte. Elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual nº 5318, de 04-07-1988, é criado o Distrito de Campo Novo do Parecis e incorporado ao Município de Diamantino, esta mesma Lei extingui o Distrito de Utiariti. Pela Lei Estadual nº 4161, de 20-12-1979 desmembra do Município de Diamantino o Distrito de São José do Rio Claro. Elevado à categoria de município com a denominação de Rio Claro. Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o município é constituído de 4 Distritos: Diamantino, Brasnorte, Nova Mutum e Tapurah. Pela Lei Estadual nº 5315, de 04-07-1988, desmembra do Município de Diamantino o Distrito de Campo Novo do Parecis. Elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual nº 5316, de 04-07-1988, desmembra do Município de Diamantino o Distrito de Tapurah. Elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual nº 5318, de 04-07-1988, desmembra de Diamantino o Distrito de Lucas do Rio Verde. Elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual nº 5321, de 04-07-1988, desmembra do Município de Diamantino o Distrito de Nova Mutum. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-VII-1995, o município é constituído do Distrito Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999. Alteração Toponímica Municipal Alto Paraguai Diamantino para Diamantino altera, pela Lei nº 452, de 04-08-1906. Fonte: Biblioteca IBGE

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