A idéia da mudança da Capital do Estado surgiu da necessidade de localizá-la, de acordo com os interesses econômicos e sociais de todos os municípios goianos. A primeira Capital Goiana tinha sido escolhida, quando a Província era aurífera. Posteriormente, ficou demonstrado que a criação do gado e a agricultura passaram a ser fatores preponderantes no desenvolvimento. Legisladores sustentaram, por algum tempo, a idéia da mudança. A 1º de junho de 1891, os constituintes goianos oficializaram a idéia da transferência da Capital, no texto constitucional, ratificando-a na reforma de 1898, como na de 1918. A primeira Constituição Republicana, em seu texto definitivo, previa em seu art.5º: "A Cidade de Goiás continuará a ser a Capital do Estado, enquanto outra cousa não deliberar o Congresso". Vagamente abordada até 1930, a idéia mudancista só se firmou no governo de Pedro Ludovico que tomou a decisão de fazer a transferência para local mais apropriado. Em 1932, foi assinado o Decreto nº 2737, de 20 de dezembro, nomeando uma comissão que, sob a presidência de Dom Emanuel Gomes de Oliveira, então bispo de Goiás, escolhesse o local onde seria edificada a nova Capital do Estado. Instalados os trabalhos, a 3 de janeiro de 1933, o Coronel Antônio Pireneus de Souza, um de seus membros, sugeriu a escolha de três técnicos, ou seja, de João Argenta e Jerônimo Fleury Curado engenheiros, e de Laudelino Gomes de Almeida, médico, para realizarem os estudos das condições topográficas, hidrológicas e climáticas das localidades de Bonfim, hoje Silvânia: Pires do Rio Ubatan atualmente Egerineu Teixeira e Campinas, hoje bairro goianiense, a fim de que, baseada no relatório dos técnicos a Comissão se manifestasse. O parecer foi favorável a Campinas, nas proximidades de Serrinha, situada na direção azimutal de 130 graus, ou, em caso de urgência, a Bonfim. Reunida em 4 de março de 1933, a Comissão concluiu pela escolha da região de Campinhas, desde que não houvesse urgência na mudança. O relatório da Comissão, depois de submetido ao parecer dos engenheiros Armando Augusto de Godói, Benedito Neto de Velasco e Américo de Carvalho Ramos, foi encaminhado ao Chefe do Governo Estadual. Apesar da forte campanha antimudancista, ficou decidido que a Capital seria construída na região de Campinas. O Decreto nº 3359, de 18 de maio de 1933, determinou que a região, às margens do córrego Botafogo, compreendida pelas fazendas denominadas "Criméia", "Vaca Brava" e "Botafogo", no então Município de Campinas, fosse escolhida para nela ser edificada a Nova Capital do Estado. Entre outras medidas, enumerava o ato que a transferência se operasse no prazo máximo de dois anos. Designado o dia 27 de maio de 1933, para início dos trabalhos de preparo do terreno, a 24 de outubro do mesmo ano houve o lançamento da pedra fundamental, no local onde está o Palácio do Governo. Dois anos depois, pelo Decreto nº 327, de 2 de agosto de 1935, organizou-se o Município de Nova Capital, que recebeu o topônimo de Goiânia, sugerido pelo Professor Alfredo de Faria Castro. A 20 de novembro de 1935 instalou-se o Município e, a 13 de dezembro de 1935, foi assinado o primeiro Decreto, que recebeu o nº 560 e determinava a transferência da Secretaria Geral, Secretaria do Governo e Casa Militar para a Nova Metrópole. Posteriormente, foram transferidas a Diretoria Geral da Segurança Pública uma Companhia de Polícia Militar (1935), e a Diretoria Geral da fazenda (1936). Finalmente, a 23 de março de 1937, foi assinado o Decreto nº 1816, transferindo definitivamente a Capital Estadual da Cidade de Goiás para a de Goiânia. O Batismo Cultural só ocorreu a 5 de julho de 1942, em solenidade oficial realizada no recinto do Cine-Teatro Goiânia, com a presença de representantes do Presidente da República, Governadores dos Estados e dos Ministros, além de outras autoridades e de caravanas de todos os Município Goianos. Na ocasião, realizaram-se o 8º Congresso Brasileiro de Educação e a Assembléia-Geral do Conselho Nacional de Geografia e do Conselho Nacional de Estatística, órgãos do IBGE. Formação Administrativa Elevado à categoria de município com a denominação de Goiânia, pelo Decreto Estadual nº 327, de 02-08-1935, desmembrado dos extintos Municípios de Campina e Hidrolândia e parte dos Municípios de Anápolis, Bela Vista de Goiás e Trindade. Sede na Cidade de Goiás. Constituído do Distrito Sede. Instalado em 13-12-1935. A Cidade de Goiânia ficou localizada em território do antigo Município de Campinas. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído de 6 Distritos: Goiânia, Campinas, Aparecida, Hidrolândia, São Geraldo e São Sebastião do Ribeirão. No quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 557, de 30 de março de 1938, com os seguintes Distritos: o da Sede, subdividido em duas Zonas (1ª Goiânia, 2ª Campinas), e com os de Aparecida, Hidrolândia, Ribeirão (ex-Santo Antônio do Ribeirão) e São Geraldo. Em virtude do Decreto-Lei Estadual nº 1233, de 31 de outubro de 1938, o município teve seu território acrescido pelo do extinto Município de Trindade, e, ao Distrito de Goiânia, incorporou-se o território do extinto Distrito de Aparecida. Em face do referido Decreto-Lei, o município passou a figurar com os Distritos de Goiânia (subdividido nas duas Zonas denominadas Goiânia e Campinas), Hidrolândia, Ribeirão, São Geraldo e Trindade. De acordo com o Decreto-Lei Estadual nº 8305, de 31 de dezembro de 1943, Goiânia absorveu parte do território do Distrito Sede do Município de Piracanjuba, perdeu o Distrito de Trindade, novamente erigido em município e também parte do Distrito de Goianira (ex-São Geraldo), transferida para o Distrito Sede do Município de Inhumas. Assim, passou a constituir-se do Distrito Sede - subdividido em duas Zonas: Grimpas (Hidolândia), Ribeirão (Guapó) e Goianira. Pela Lei Estadual nº 171, de 08-10-1948, desmembra do Município de Goiás, o Distrito de Guapó. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 Distritos: Goiânia e Goianira. Pela Lei Municipal nº 239, de 31-03-1953 é criado o Distrito de Senador Canedo (ex-povoado), desmembrado com terra do Distrito de Goiânia e anexado ao Município de Goiânia. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 Distritos: Goiânia e Senador Canedo. Pela Lei Estadual nº 2363, de 09-12-1958, desmembra do Município de Goiânia o Distrito de Goianira. Elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual nº 223, de 05-10-1948, desmembra do Município de Goiânia o Distrito de Hidrolândia (ex-Grimpas). Elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual nº 10435, de 09-01-1988, desmembra do Município de Goiânia o Distrito de Senador Canedo. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído do Distrito Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-V-2001. Gentílico:Goianense Fonte: Biblioteca IBGE

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