O caminho histórico de Itabira do Mato Dentro teve seu início com a exploração de recursos minerais (ouro) para o comércio internacional. Logo as atividades industriais têxteis e de artefatos de couro e ferro surgiram, no qual a mão de obra ex-escrava tecia fios de algodão, forjava o ferro e consumia sua própria produção. Porém quando sua economia voltou ao mercado externo, com a exploração do minério de ferro, apesar das vantagens que adquiria, também sofria inconveniências que toda economia dependente sofre, descaracterizando, inclusive a fisionomia urbana, sua organização econômica - social e sua própria identidade cultural, contudo, a comunidade está passando por um processo de recuperação atualmente. Itabira passou por um processo de povoação turbulento pois, a princípio, sua extração aurífera, além de aluvial, era bem escassa e não estimulou um interesse maior dos mineradores porque eles não possuíam ainda condições apropriadas de exploração nas serras em meados de 1720. No fim do séc. XVIII, mineradoras se organizavam em companhias para viabilizar a exploração, marcando então uma nova fase para Itabira no seu crescimento econômico - social, administrativo, urbano e cultural. Com isso o comércio expandiu para atender a demanda da população que estava dividida em classes sociais privilegiadas, intermediárias ou baixa. Nesse período foram criadas as famosas irmandades religiosas, que desempenharam um papel significativo para a sociedade local onde cada classe mantinha sua estrutura. No século XIX, enquanto a elite letrada gozava de luxo e tranqüilidade de vida , a grande maioria da população sobrevivia em condições sub-humanas onde graves epidemias se proliferavam entre todas as classes. A exploração das jazidas de ferro expandia-se pois além de matéria prima da região, foi liberada pela corte que antes proibia seu extração. Em 1825 tornou-se freguesia, ou seja, onde uma paróquia tem também funções administrativas e construiu-se a matriz. Em 1833, a emancipação administrativa de Itabira do Mato Dentro foi divulgada. Neste período a agricultura era de subsistência. E nos anos 50, com a decadência da mineração, a agropecuária foi impulsionada para um crescimento econômico. A produção manufatureira também se desenvolveu consideravelmente no município, favorecida pelo baixo custo de produção que as quedas d’água propiciavam as indústrias que se instalavam próxima a elas. A música e o teatro se destacavam no desenvolvimento da cidade. No século XIX a cidade sofre transformações para que a construção da Nova Capital (Belo Horizonte)e com a necessidade de utilizar material siderúrgico de uma região próxima, a Companhia do Vale do Rio Doce se implanta na cidade e outras mineradoras estrangeiras se interessam pelo local favorecendo o quadro econômico apesar das dificuldades impostas pelo governo.

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