AS TERRAS onde hoje se situa o Município de Itambé foram primitivamente habitadas pelos Cariris. Não se conhece, com precisão, a data das primeiras penetrações nem a da radicação dos primeiros colonos. Sabe-se, entretanto, que nos fins do século XVI começaram a chegar correntes de povoamento, constituídas de portugueses e de mazombos. André Vidal de Negreiros, um dos heróis da expulsão dos holandeses de Pernambuco, erigiu uma capela sob a invocação de Nossa Senhora do Desterro, no lugar conhecido como Pedras de Fogo, assim denominado em virtude da grande quantidade de calhaus avermelhados que, em choque uns com os outros, produziam faíscas. Há quem atribua a preferência do guerreiro a voto feito para que fossem desterrados os invasores da pátria. Doou ele, para patrimônio da igreja, todo o terreno da futura freguesia, gravando, também, o Engenho Novo de Goiana e de Palha, além de várias fazendas de gado, com extensão superior a 120 quilômetros. A doação foi confirmada pelo Alvará de janeiro de 1681, que concedia ao administrador e a seus sucessores a graça de nomear o pároco da freguesia. Essa concessão consta, também, da Carta de Apresentação passada, em Lisboa, pela Mesa de Consciência e Ordens no dia 2 de outubro de 1746. A eleição simples do pároco passou, mais tarde, a ser atribuição da Casa de Misericórdia de Lisboa, dependendo, apenas, de aprovação régia. O topônimo do lugarejo deixou de ser a tradição para voltar a suas origens indígenas: Itambé, depois També. O desenvolvimento político e cultural acompanhou o desenvolvimento econômico. De 1797 a 1801, funcionou o Areópago, onde o Dr. Arruda Câmara fazia propaganda dos ideais da Revolução Francesa. Em 1874. teve lugar a rebelião de matutos, conhecida por Quebra Quilos, que culminou com a invasão de Itambé pelos insurretos, no dia 30 de novembro. Grande fator para o desenvolvimento do lugar foi, sem dúvida, a exportação das chamadas pedras de fogo a fim de serem transformadas em pequenas lâminas. posteriormente utilizadas em armas de fogo. Formação Administrativa Com a denominação de Itambé, foi criado o distrito por forca da Carta Régia de 6 de janeiro de 1789. Segundo outra fonte, o distrito deve sua criação à Lei provincial nº 1.055, de 6 de junho de 1872. A Lei provincial nº 720, de 20 de maio de 1867 criou o Município de Itambé com território desmembrado dos de Goiana e Nazaré A instalação se verificou a 1º ou 10 de fevereiro de 1868. Em virtude da Lei provincial nº 1.318, de 4 de fevereiro de 1879. a sede municipal recebeu foros de cidade. Por efeito do Decreto-lei estadual nº 235 de 9 de dezembro de 1938, o Município e o distrito de Itambé tiveram seus topônimos simplificados para També. Por ocasião do Recenseamento Geral de 1960 compunha-se de 5 distritos: També (sede), Camutanga, Caricé, Ibiranga e Ferreiros, este último criado em 1948, com parte do distrito de Camutanga. De acordo com as Leis estaduais nº 4.940 e 4.953, ambas de 20 de dezembro de 1963, foram emancipados os distritos de Camutanga e Ferreiros. Assim, o Município está constituído de 3 distritos: També (sede), Caricé e Ibiranga. Pela lei estadual nº 7006 de 02-12-1975, o Município de També voltou a denominar-se Itambé. Fonte: Biblioteca IBGE

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