O território atualmente ocupado pelo Município de Jequié fez parte primitivamente da Fazenda Borda da Mata. Um dos inconfidentes de 1789, José de Sá Bittencourt, natural de Caeté da então província de Minas Gerais e bacharel em ciências naturais pela Universidade de Coimbra, refugiou-se na Bahia, onde, graças as suas qualidades intelectuais e espírito empreendedor, assumiu a direção da Inspetoria de Minas naquele Estado. Foi incumbido então de abrir uma estrada ligando Camamu a Monte Alto, quando veio a conhecer a região onde hoje se localiza o Município de Jequié, que possuía, além de matas inexploradas, algodão em estado nativo e maniçoba. Adquiriu, nessa época, parte das terras, de sociedade com um irmão; mais tarde, como prêmio aos serviços prestados na direção da Inspetoria, foi-lhe doada uma sesmaria. Da junção de todas essas terras surgiu a fazenda Borda da Mata, onde mandou construir grande sobrado, a três léguas da atual cidade de Jequié. Por volta de 1813, José de Sá Bittencourt regressou a Caeté. onde faleceu em 1828. Borda da Mata, por essa época, tinha suas terras espalhadas por Camamu, Ipiaú, Jequié, Jaguaquara, Maracás e Boa Nova. Dividida pelos herdeiros, coube a José de Sá Bittencourt e Câmara a fazenda Jequié ou Barra do Jequié, à margem do rio das Contas. Alguns anos depois, Joaquim Fernandes da Silva, que adquirira de Bittencourt e Câmara a fazenda Barra do Jequié, dá novo impulso ao povoado, abrindo estradas, loteando e vendendo terras da fazenda. Em 1880 foi criado o distrito e já em março de 1890 funcionava, na sacristia da igreja existente no mesmo, a Junta de Alistamento Eleitoral. Em 29 de abril de 1894, era empossado Antônio de Souza Brito Gondim, administrador. Formação Administrativa Em 1880, pela Lei ou Resolução Provincial número 2.078, de 13 de agosto, foi criado o distrito de Jequié. A Lei estadual n.° 180, de 10 de julho de 1897 criou o Município, desmembrado do de Maracás. A sede foi elevada à categoria de cidade pela Lei estadual n.° 779, de 13 de junho de 1910. Na divisão administrativa do Brasil referente a 1911, o Município compunha-se de um só distrito. Mas já nos quadros do Recenseamento Geral de 1920 aparecia com 3 distritos: Jequié (sede), Rio Branco e Baeta. Acresceu-lhe o distrito de Rio Novo o Decreto estadual n.° 7.455, de 23 de junho de 1931, perdendo-o, em seguida, em face do Decreto estadual n.° 8.249, de 31 de dezembro de 1932. Com a divisão administrativa de 1933, passou a compor-se de 7 distritos: Jequié, Baixão, Aiquara, Boaçu, Itagi, Rio Branco (mais tarde Itajuru) e Jitaúna. A Lei estadual n.° 628, de 30 de dezembro de 1953, reformulou administrativamente o Município, acrescentando-lhe os distritos de Itaibó e Oriente Novo. Contudo, perdeu, por força das Leis estaduais ns. 1.352, de 10 de dezembro de 1960, 1.588, de 22 de dezembro de 1961, e 1.671, de 12 de abril de 1962, os distritos de Itagi, Jitaúna e Aiquara, elevados à categoria de município. Posteriormente, ficou composto dos seguintes distritos: Jequié (sede), Baixão, Boaçu, Itaibó, Itajuru e Oriente Novo. Fonte: Biblioteca IBGE

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