Ao longo do Caminho Novo hoje conhecido como Estrada Real criado para ser a ligação entre a Capitania das Minas e a do Rio de Janeiro surgiram diversos povoados estimulados pelo movimento das tropas que ali transitavam rumo ao litoral. À margem esquerda da estrada acaba surgindo então um pequeno povoado próximo a uma propriedade rural que com o tempo passou a ser conhecida como Fazenda do Juiz de Fora. Somente mais tarde em 1836 quando o engenheiro alemão Henrique Guilherme Fernando Halfeld torna-se o responsável pela construção da estrada que ligaria Ouro Preto à região do Paraibuna é que surge um aglomerado de casas à margem direita do Rio Paraibuna formando um novo povoado bem próximo à estrada. Ali se estabeleceu Halfeld que construiu alguns ranchos; outras casas foram surgindo ... outros moradores do antigo povoado que havia nas imediações da Fazenda Velha na outra margem do Rio paraibuna transferiram-se depressa para o novo povoado que surgia tão auspiciosamente . (Dicionário Histórico e Geográfico de Minas Gerais). Em 1850 a então Vila de Santo Antônio do Paraibuna era elevada à categoria de cidade e quinze anos depois ganhava o nome de Juiz de Fora. No século XIX a economia mineira estava centrada na cafeicultura que se estabeleceu na Zona da Mata e Juiz de Fora se transforma em um dinâmico centro econômico político social e cultural. Aos poucos suas funções se ampliam e a cidade ganha ares de cidade moderna ponto de confluência da população circunvizinha. Ela ganha também um plano de demarcação e nivelamento de ruas telégrafo imprensa banco e bondes. Depois ocorre a implantação de iluminação pública inicialmente a gás e depois elétrica a partir em 1889. Assim Juiz de Fora se transforma numa das mais importantes localidades da Província de Minas Gerais. Sua vida cultural também foi intensa e hoje é representada pelos teatros jornais colégios e pela atividade literária. A própria arquitetura reflete a prosperidade econômica e cultural por meio do estilo eclético e neogótico das construções. Outra pessoa que muito colaborou para o desenvolvimento da cidade foi Mariano Procópio Ferreira Lage que construiu a primeira via de transporte rodoviário do Brasil: a estrada União e Indústria com 144 km de extensão ligando Juiz de Fora a Petrópolis com o objetivo de encurtar a viagem entre a Corte e a Província de Minas e de facilitar o transporte de café. Para sua construção foram contratados técnicos engenheiros e artíficies alemães. Anos depois Mariano Procópio criou um núcleo colonial voltado para a produção de gêneros agrícolas dando origem à Colônia D. Pedro II composta de 1.162 imigrantes alemães. Esta colônia não conseguiu se manter por muito tempo levando muitos colonos a abandonarem suas terras e partirem em direção à cidade engrossando as fileiras do nascente proletariado industrial. Os ganhos que Juiz de Fora obteve com o café associados às facilidades de transporte energia e mão-de-obra e acrescidos com a chegada de centenas de imigrantes italianos possibilitaram um intenso desenvolvimento industrial. Os setores que mais se desenvolveram foram o da indústria têxtil e em segundo lugar o da produção de alimentos . No século XX após viver um período de relativa decadência industrial a partir da década de 1940 Juiz de Fora passou a se destacar pelo crescimento dos setores comercial industrial e de prestação de serviços o que a coloca como uma das principais cidades de Minas Gerais e a Capital da Zona da Mata.

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