No século XVII, o Governo espanhol, ao qual Portugal estava submisso, teve a sua atenção despertada no sentido de combater piratas, que agiam com a cumplicidade de índios e mamelucos. Na extração do pau-brasil por volta de 1614, o diplomata Gondomar, embaixador da Espanha em Londres, alertava o monarca Felipe II de que aventureiros ingleses se apresentavam para estabelecer e fortificar um porto entre o Rio de Janeiro e Espírito Santo, auxiliados pelos mamelucos Gaspar Ribeiro, João Gago e Manoel de Oliveira, que habitavam o lugar. Foram tomadas providencias, a fim de prevenir-se contra novas tentativas dos corsários: o Governo de Madri transmitiu instruções ao governador-geral Gaspar de Sousa para que "estabelecesse de cem a duzentos índios numa aldeia sobre o rio Macaé (Miquié na linguagem dos indígenas, primitivamente chamado rio dos bagres) em frente a ilha de Santana e que fundasse um estabelecimento semelhante sobre o rio Seripe (atual rio das Ostras), onde o inimigo cortava as madeiras corantes". E mais: "A cada aldeamento se daria um jesuíta. Devia comandar o primeiro, Amador de Sousa, filho do célebre Araribóia, e o segundo, seu sobrinho Manoel de Sousa". A fundação daquelas aldeias muito concorreu para o povoamento de parte até então abandonada da Capitania de São Tomé. Dando sentido prático às determinações do soberano, os jesuítas aldearam no local indígenas de Cabo Frio e os da nação Aitacás (provavelmente um ramo dos goitacás). Já Em 1630 aqueles religiosos que possuiam uma fazenda, que contava com um engenho, colégio e capela, construídos no morro de Santana. Após 1759, quando foram expulsos os jesuítas em virtude de campanha movida contra sua Ordem pelo marquês de Pombal, ministro de D. José I, as terras foram redistribuídas e, à medida que se fundavam novas fazendas, a população aumentava, desdobrando-se em outras povoações com elementos vindos de Cabo Frio e Campos, na sua maior parte. Durante largo período Macaé teve papel importante na economia norte-fluminense, funcionando o porto de Imbetiba como escoadouro da produção açucareira da zona campista, para ali transportada através do Canal Campos a Macaé, construído em 1874, e por diversos ramais ferroviários então existentes (Estradas de Macaé, Barão de Araruama, Urbana de Macaé e Quissamã). Essa função, extinguiu-se, porém, com a construção da Estrada de Ferro Leopoldina, cujos trilhos passaram a Ter preferência para o transporte da mercadoria, o que acarretou o declínio do porto. Formação Administrativa Elevado a categoria de vila com a denominação de São João de Macaé, por alvará de 29-07-1813, desmembrado de Cabo Frio e São Salvador dos Campos atual Campos dos Goytacazes. Constituído de 2 distritos: Macaé e Quissamã. Instalado em 25-01-1814. Distrito criado com a denominação de São João de Macaé, por alvará de 06-05-1815 e por decretos estaduais nºs 1, de 08-05-1892 e 1-A, 03-06-1892, subordinado ao município de Cabo Frio e São Salvador dos Campos. Pela lei provincial nº 272, de 09-05-1842 e decretos estaduais nºs 1, de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, é criado o distrito de Carapebus e anexado ao município de Macaé. Elevado à condição de cidade com a denominação de Macaé, pela lei provincial n°.364, de 15-04-1846. Pela lei provincial ou decreto provincial nº 812, de 06-10-1855 e decretos estaduais nºs 1 de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, é criado o distrito de Conceição de Macabu e anexado ao município de Macaé. Pela lei provincial ou decreto provincial nº 987, de 15-10-1857 e por decretos estaduais nº 1, de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, é criado o distrito de São José do Barreto e anexado ao município de Macaé. Pelo decreto provincial nº 1709, de 30-10-1862 e por dcretos esataduias nºs 1 de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, é criado o distrito de Arraial de Frade e anexado ao município de Macaé. Pelos decretos estaduais nºs 1 de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, é criado o distrito de Cachoeira e anexado ao município de Macaé. Pela lei estadual nº 554, de 31-10-1902, é criado o distrito de Sana e anexado ao município de Macaé. Pela lei estadual nº 764, de 29-10-1906, o distrito de Cahoeira passou a denominar-se Salto. Pela lei estadual nº 960-A, de 24-10-1910, o distrito de Salto passou a denominar-se Vargem Alta. Pela lei estadual nº 970, de 10-11-1910, o distrito de Frade passou a denominar-se Glicério. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 9 distritos: Macaé, Cachoeiras ex-Vargem Alta, Carapebus, Conceição de Macabu, Glicério ex-Frade Neves, Quissamã, Barretos ex-São José do Barreto e Sana. Pela lei estadual nº 2548, de 28-01-1931, é criado o distrito de Paciência de Macabu e anexado ao município de Macaé. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 10 distritos: distritos: Macaé, Cachoeira, Carapebus, Conceição de Macabu, Frade ex-Glicério, Paciência de Macabu, Neves, Quissamã, Sana, São José do Barreto ex-Barretos e Vargem Alta ex-Cachoeira. Pelo decreto-lei estadual nº 392-A, de 31-03-1938, o distrito de Conceição de Macabu passou a denominar-se simplesmente Macabu e Cachoeira a denominar-se Vargem Alta. Pelo decreto estadual nº 641, de 15-12-1938, o distrito de Vargem Alta passou a denominar-se Cachoeiro, Neves a denominar-se Iriri, São José do Barretos a denominar-se Cabiúnas e Paciência de Macabu a denominar-se Macabuzinho. . No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 10 distritos: Macaé, Cabiúnas ex-São José do Barreto, Cachoeiras ex-Vargem Alta, Carapebus, Conceição de Macabu, Glicério, Iriri ex-Neves, Macabuzinho ex-Paciência de Macabu, Quissamã e Sana. Pelo decreto-lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, o distrito de Macabu volta denominar-se Conceição de Macabu e Glicério a denominar-se Crubixais. Em divisão territorial datada de 1-XII-1950, o município é constituído de 10 distritos: Macaé, Cabiúnas, Cachoeiros, Carapebus, Conceição de Macabu, Crubixais ex-Glicério, Iriri, Macabuzinho, Quissamã e Sana. Pela lei estadual nº 42, de 02-10-1951, o distrito de Crubixais voltou a denominar-se Glicério. Pela lei estadual nº 1438, de 15-03-1952, desmembra do município de Macaé os distritos de Conceição de Macabu e Macabuzinho, para formar o novo município de Conceição de Macabu. Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município de Macaé é constituído de 8 distritos: Macaé, Cabiunas, Cachoeiros, Carapebus, Glicério Iriri, Quissamã e Sana. Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII-1960. Pela deliberação municipal nº 1, de 09-01-1964, o distrito de Iriri passou a denominar-se Córrego do Ouro. Pela deliberação municipal nº 153, de 13-03-1969, o distrito de Cabiúnas passou a denominar-se Barra de Macaé. Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município de Macaé é constituído de 8 distritos: Macaé, Barra de Macaé ex-Cabiúnas, Cachoeiros, Carapebus, Córrego do Ouro ex-Iriri, Glicério, Quissamã e Sana. Pela lei estadual nº 1419, de 04-01-1983, desmembra do município de Macaé, o distrito de Quissamã. Elevado à categoria de município. Em "Síntese" de 31-XII-1994, o município é constituído de 7 distritos: Macaé, Barra de Macaé, Cachoeiros, Carapebus, Córrego do Ouro, Glicério e Sana. Pela lei estadual nº 2417, de 19-07-1995, desmembra do município de Macaé o distrito de Carapebus. Elevado a categoria de município. Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído de 5 distritos: Macaé, Barra de Macaé, Cachoeiros de Macaé ex-Cachoeiro, Córrego do Ouro, Glicério e Sana. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Alteração toponímica municipal São João de Macaé para Macaé teve sua denominação simplificada, por força da lei provincial nº 64, de 15-04-1846. Gentílico: macaense Fonte: Biblioteca IBGE

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