As inúmeras viagens através dos 800 quilometros do rio Doce e de seus afluentes, à procura de ouro e pedras preciosas em todo o seu litoral foram, certamente, as causadoras do surgimento do povoado Linhares e de outros que margeiam aquele rio, desde Minas Gerais até o Atlântico, no Espírito Santo. A partir de 1573, com o anúncio da descoberta de ouro e esmeraldas, pela expedição de Sebastião Fernandes Tourinho, sobrinho do Governador da Capitania de Porto Seguro, o afluxo às minas foi tão intenso que, pôr volta de 1710, visando impedir a evasão da produção, o governador, Capitão General do Estado do Brasil, D. Lourenço de Almada, determinou a suspensão dos trabalhos e o fechamento de todos os caminhos destinados à exploração. Só em 1800, com a chegada do novo Governador da Capitania do Espírito Santo, Antônio Pires da Silva Pontes, amigo de D. Rogério de Souza Coutinho, Ministro da Marinha de Portugal, a região voltou a ser articulada, com início da povoação e a criação de quartéis às margens do rio Doce. O propósito governamental de incentivar a navegação não obteve o êxito esperado, devido às dificuldades que o rio apresentava e aos constantes ataques dos índios botocudos. Em 1803, os indígenas atacaram o Porto de Souza e deixaram o Quartel, conhecido como Coutins, totalmente destruído. Empossado o Governador Manoel Vieira de Albuquerque Tovar, em 1809, foi ativada a perseguição aos selvagens e, sobre os escombros do Quartel de Coutins, fundou Tovar uma povoação a que deu o nome de Linhares, em homenagem a D. Rodrigo de Souza Coutinho, agraciado com o título de Conde de Linhares. No mesmo ano, chegou D. João Felipe Calmon Du Pin e Almeida, para tomar posse de uma Sesmaria, denominada Fazenda Bom Jardim. Hoje, ali se encontra o posto agropecuário de Linhares. Em menos de 10 anos, experimentou o cultivo do trigo e do linho, construiu barcas e exportou farinha e açúcar. Em 1827, foi concedida uma légua de terras em quadra para o patrimônio da Câmara Municipal e, cinco anos depois, foi demarcada a freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Linhares, elevada a município em 1833. Formação Administrativa Freguesia criada com a denominação de Linhares, por decreto de 26-08-1818. Elevado à categoria de vila com a denominação de Linhares, pela resolução do conselho do governo de 02-04-1833. Com sede na povoação de Linhares. Constituído de distrito sede. Instalado em 21-08-1833. Pela lei municipal de 26-12-1895, é criado o distrito de Mutum e anexado à vila de Linhares. Pela lei municipal de 27-01-1905, é criado o distrito de Acioli de Vasconcelos e anexado a vila de Linhares. Pela lei estadual nº 488, de 22-11-1907, é criado o distrito de Colatina e anexado município de Linhares. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila de Linhares é constituído de 6 distritos: Linhares, Acioli de Vasconcelos e Regência ex-Barra do Rio Doce , Colatina, Mascarenhas e Mutum. Pela lei estadual nº 1045, de 09-12-1915, é criado o distrito de Baixo Guandu e anexado a vila de Linhares. Pela lei estadual nº 1093, de 05-01-1917, é criado o distrito de Baunilha e anexado a vila de Linhares. Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de I-IX-1920, a vila de Linhares é constituído de 8 distritos: Linhares, Acioli de Vasconcelos, Regência, Baixo Guandu, Baunilha, Colatina, Masacarenhas, Mutum e Regência. Pela lei estadual nº 1307, de 30-12-1921, a vila de Linhares passou a denominar-se Colatina. Elevado à condição de cidade, pela lei estadual nº 1317, de 30-12-1921. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, Linhares figura como distrito no município de Colatina. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Elevado à categoria de município com a denominação de Linhares, pelo decreto-lei estadual nº 15177, de 31-12-1943, desmembrado de Colatina. Sede no antigo distrito de Linhares. Constituído de 2 distritos: Linhares e Regência, desmembrado de Colatina. Não temos a data de Instalação. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 2 distritos: Linhares e Regência. Pela lei estadual nº 265, de 22-10-1949, são criados os distritos de Desengano, Rio Bananal e São Rafael. Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o município é constituído de 5 distritos: Linhares, Desengano, Regência, Rio Bananal e São Rafael. Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII-1960. Pela lei estadual nº 3293, de 14-09-1973, desmembra do município de Linhares o distrito de Rio Bananal.Elevado à categoria de município. Pela lei estadual nº 3606, de 13-12-1983, é criado o distrito de Bebedouro e anexado ao município de Linhares. Pela lei estadual nº 3585, de 10-11-1983, é criado o distrito de Córrego D`água e anexado ao município de Linhares. Pela lei estadual nº 3608, de 13-12-1987, é criado o distrito de São Jorge da Barra Seca e anexado ao município de Linhares. Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o município é constituído de 7 distritos: Linhares, Bebedouro, Corrego D`Água, Desengano, Regência, São Jorge da Barra Seca e São Rafael. Em divisão territorial datada de I-VI-1995, o município é constituído de 6 distritos: Linhares, Bebedouro, Corrego D`Água, Desengano, Regência e São Rafael. Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído de 5 distritos: Linhares, Bebedouro, Desengano, Regência e São Rafael. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. Gentílico: linharense Fonte: Biblioteca IBGE

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