O topônimo Maceió ter-se-ia originado do nome do riacho que passava pela região: Massayó ou Maçai-ok, que significa "aquilo que tapa o alagadiço"; acredita-se também tenha sido esta a designação de antigo engenho de açúcar que existia no local onde iria nascer a cidade. Por escritura datada de 1611, Diogo Soares, alcaide-mor de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul, concedeu a Manuel Antônio Duro uma sesmaria de 800 braças, na qual estavam incluídas as terras de Maceió. O proprietário parece não ter tido a preocupação de povoar o sítio que lhe coube. Assim, em 1673, D. Pedro II ordenou ao capitão-general Afonso Furtado de Mendonça, visconde de Barbacena, a povoação e a fortificação do porto de Jaraguá, a fim de evitar o comércio ilegal de pau-brasil. As ordens do rei de Portugal não foram cumpridas e a terra continuou entregue à própria sorte. Ainda que o engenho às margens do riacho Massayó servisse de ponto de irradiação dos colonizadores, no fim do século XVIII a futura capital não passava de um agrupamento de pequenas proporções. Possuía a povoação uma capelinha sob a invocação de Nossa Senhora dos Prazeres, no lugar onde depois construíram a matriz. Os carros de boi, com carregamento de açúcar, fumo e madeira, transportando para a orla marítima a produção do interior, abriram as estradas que cortavam a localidade em desenvolvimento. A conseqüente importância adquirida pelo escoadouro - o porto de Jaraguá - forçou o progresso da povoação de Maceió, que era ponto de passagem obrigatório. Pouco a pouco cresceu a vila, ameaçando sobrepujar a povoação de Alagoas . A criação da Província de Alagoas, em 1817, só fez aumentar a rivalidade existente entre as duas populações. O primeiro governador da Capitania, Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, ao chegar à terra em 1818 recebeu do Senado da Câmara pedido para que elegesse Maceió sede de governo, invocadas as vantagens de sua situação topográfica e de seu magnífico ancoradouro. Contudo Póvoas achou que a sede do Governo, oficialmente, tinha de ser a velha vila das Alagoas, por ser cabeça de comarca há mais de 100 anos. Sua residência ficaria onde se fizesse necessária a direção técnica das obras de defesa militar, fixando-se em Maceió. Em 30 de janeiro de 1819 ali instalou a Junta Real da Fazenda. Nesse mesmo ano foi criada a freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres, com sede em Maceió. A permanência de Póvoas em Maceió não agradava aos habitantes da vila de Alagoas. Em 1821, tendo sido a cidade-vila designada metrópole ou cabeça de capitania, foi feita ao governador uma representação nesse sentido. Póvoas, porém, ficou em Maceió até ser proclamada a constituição das cortes portuguesas, passando então para Alagoas, onde instalou a 1 ª Junta do Governo, composta de 9 membros. Aproximadamente vinte anos depois a mudança tornou-se realidade. Corria o ano de 1839, quando o governo geral determinou a transferência da Tesouraria para Maceió. Agostinho Neves, então presidente da Província, ordenou a execução da medida, com o que não se conformou a Câmara local. O povo sublevou-se, substituindo o presidente por José Tavares Bastos. João Vieira Cansanção de Sinimbu, 1º vice-presidente, conhecedor do que se passava em Alagoas, assumiu o governo, tornando Maceió sede interina. Seu modo enérgico de agir conseguiu repor o presidente deposto. A 3 de dezembro de 1839 , foi apresentada à Assembléia Legislativa proposta da mudança da capital para Maceió. E a 9 do mesmo mês e ano foi elevada à categoria de cidade e de sede do governo da Província. No dia 16, O presidente Agostinho da Silva Neves inaugurou a nova Capital. A nova sede do governo provincial não fez mais que dar continuidade à situação de liderança que já possuia de fato. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA A vila de Maceió foi criada pelo Alvará régio de 5 de dezembro de 1815 e instalou-se a 1º de janeiro de 1817. Pela Resolução n.º 11, de 9 de dezembro de 1839, foi elevada à categoria de cidade e de capital da Província de Alagoas. A freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres data de 9 de julho de 1819. Gentílico: Maceioense Fonte: Biblioteca IBGE

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