As origens civilizadoras do município datam do século XVII, quando a frota de Matias Beck, composta de três iates e outras embarcações menores, chegou ao Ceará, conduzindo cerca de 298 homens, entre soldados, índios e negros escravos. O capitão holandês fundeou na baía de Mucuripe, construindo o forte "Schoenenborch", na foz do rio Pajeú, em cuja volta se desenvolveu o povoado que mais tarde seria a vila de Fortaleza de Nova Bragança. Os holandeses tiveram notícia da existência de minas de prata no monte Itarema - Serra da Aratanha - próximo ao lugar onde acampavam e não muito distante da serra de Maranguape; por meio de promessas e dádivas, conseguiram dos chefes indígenas algumas indicações sobre o local exato onde se encontravam as cobiçadas jazidas. A expedição batava ao Monte Itarema constitui a primeira penetração do homem branco nas terras do atual município de Maranguape, àquela época habitadas por índios potiguaras, que dilatavam seus domínios na faixa litorânea, desde o Rio Grande do Norte até a barra do Ceará e daí ao Piauí. As primeiras sesmarias concedidas no início do Século XVIII tiveram como donatários o tenente Pedro da Silva e Amaro Morais, em 12 de julho de 1707; Jorge Silva, em 29 de dezembro de 1711; capitão Soares de Oliveira, em 17 de julho de 1717; José Gonçalves Ferreira Ramos e Felipe Loureço, em 1790. O povoamento, entretanto, veio a tornar-se efetivo nos primórdios do Século XIX com a decidida atuação do português Joaquim Lopes de Abreu que, por doação do governo na metrópole, entrou no domínio de algumas sesmarias, incorporando-as a outras anteriormente compradas. Em breve surgiu o arruado à margem do riacho Pirapora, em torno de uma capelinha, construída para atender às necessidades religiosas dos moradores, que se ocupavam nas atividades agrícolas, especialmente na cultura do café. Em 1851-1852 a produção de café da província era obtida quase toda nas serras de Maranguape. Formação Administrativa Distrito criado com a denominação de Maranguape, por provisão de 01-01-1760 e ato provincial de 18-03-1842, subordinado ao município de Fortaleza. Elevado à categoria de vila com a denominação de Maranguape, pela lei provicnial nº 533, de 17-11-1851, desmembrado de Fortaleza. Sede no núcleo de Maranguape. Pelo ato provincial de 07-11-1861, é criado o distrito de Jubaia e anexado ao município de Maranguape. Pelo ato provincial de 08-06-1864, é criado o distrito de Tabatinga e anexado ao município de Maranguape. Elevado à condição de cidade com a denominação de Maranguape, pela lei provin cial nº 1282, de 28-09-1869. Pela lei provincial nº 1992, de 14-08-1882, é criado o distrito de Cruz e anexado ao município de Maranguape. Pelo ato de 08-01-1890, é criado o distrito de Maracanaú e anexado ao município de Maranguape. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 6 distritos: Maranguape, Cruz, Jubaia, Maracanaú, Palmeira, e Tabatinga. Pelo ato estadual de 22-06-1912, é criado o distrito de Gado de Ferros e anexado ao município de Maranguape. Nos quadros de apuração do Renceamento Geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 7 distritos: Maranguape, Cruz do Lajedo ex-Cruz, Gado dos Ferros, Jubaia, Maracanaú, Palmeiras e Tabatinga. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 7 distritos: Maranguape, Cruz ex-Cruz do Lajedo, Gado dos Ferros, Jubaia, Maracanaú, Palmeiras e Tabatinga. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto-lei estadual nº 448, de 20-12-1938, é criado distrito de Pocinhos, com terras desmembrada do distrito de Lagedo ex-Cruz e anexado ao município de Maranguape. Sob o mesmo decreto é criado o distrito de Tanques, com terras desmembrada do distrito de Jubaia e anexado ao município de Mranguape e ainda altera a denominação dos distritos Gado dos Ferros a denominar-se simplesmente Gado e o distrito de Cruz a denominar-se Lajedo. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 9 distritos: Maranguape, Gado ex-Gado dos Ferros, Jubaia, Lajedo ex- Cruz, Maracanaú, Palmeiras, Pocinhos, Tabatinga, Tanques. Pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, o distrito de Lajedo passou a denominar-se Itapebussú e Rocinha, a denominar-se Amanari, Palmeiras a denominar-se Palmácia e Tabatinga a denominar-se Sapupara. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 9 distritos: Maranguape, Amanari ex-Pocinho, Gado, Itapebussu ex-Lajedo, Jubaia, Maracanaú, Palmácia ex-Palmeiras, Sapurara ex-Tabatinga e Tanques. Pela lei estadual nº 3779, de 28-08-1957, desmembra do município de Maranguape os distritos de Palmácia e Gado. Para formar o novo município de Palmácia. Pela lei estadual nº 4437, de 30-12-1958, desmembrado do município de Maranguape o distrito de Maracanaú. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 6 distritos: Maranguape, Amanari, Itapebussu, Jubaia, Sapupara e Tanques. Pela lei estadual nº 6789, de 20-11-1963, desmembra o município de Maranguape o distrito de Amanari. Elevado à categoria de município. Pela lei estadual nº 6328, de 06-06-1963, desmembra o município de Maranguape o distrito de Itapebussu. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 4 distritos: Maranguape, Jubaia, Sapupara e Tanques. Assim permanecendo em divisão territorial datada 2005. Gentílico: maranguapense Fonte: Biblioteca IBGE

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