Antes da chegada dos Luna e Freire à Araçá, aí pela primeira metade do século passado , era uma região habitada pelos índios potiguares , que se espalhavam pelo Vale do Paraíba, inclusive em Mamanguape, onde, ainda hoje, permanecem os seus descendentes. Com o decorrer do tempo, os índios foram cedendo terreno, aos colonizadores, com eles trabalhando no aramento da terra, na agricultura incipiente e na mono-cultura de cana-de-açúcar. A princípio o nome Araçá, originou-se devido a grande quantidade de frutos desta espécie, que existiam na região, o povoado nasceu com a construção da Estrada de Ferro. Em 1871, o bacharel Anísio Salatiel Carneiro da Cunha e o engenheiro André Rebouças, incorporaram uma companhia a qual teria condições de construir uma estrada de ferro entre a capital da Província e a cidade de Alagoa grande, com ramificações até às emancipadas cidades de Guarabira e Ingá. Em 1873, foi responsável pela colonização do local, onde hoje se encontra edificada a cidade de Mari. Em 07 de setembro de 1873, há evidentemente um engano, o certo seria 1883, estando corretos o dia e o mês. Isto está provado, não só pela ata, como pelo fato de que a construção da estrada de ferro teve início em 09 de agosto de 1880, e que em 30 de abril de 1881, correu em fase experimental o primeiro trem. Conforme o Decreto de Sua Majestade Imperial, de nº 7.754, o qual determina em 07 de julho de 1880, onde estabelece que a linha teria uma extensão de 121 quilômetros. Em 1883, possui o seu primeiro templo católico, uma pequena capela, que para devoção própria e de sua família, foi construída pelo Sr. José de Luna Freire, católico praticante e chefe da estação da Companhia Ferroviária, o qual, em 1901 construiu um templo um pouco maior, onde freqüentavam já bastantes fies. Foi benta no dia 10 de dezembro de 1901 pelo Revmº. Pe. Antônio Pereira de Castro, vigário na época de Gurinhém e Araçá. Em 28 de outubro de 1915, o povoado de Araçá, que naquela fase continuava crescendo demograficamente, não configurava nas cartas cartográficas, até que pela Lei Estadual nº 424, apareceu pela primeira vez como Distrito de sapé. De 1937 a 1938, como distrito de Sapé, deixou de configurar como tal na divisão, a partir 02 de março de 1938, passando à categoria de Vila, continuando ainda agregada ao mesmo município. Em 1938, ao redor da capela, foram aos poucos surgindo algumas casas, e depois de pouco tempo já apresentava aspectos de um novo e promissor município. A Rua denominada "Rua do Comércio", foi a primeira a ser oficialmente aberta. Como em 1938, Araçá ainda pertencia ao Município de sapé, o Primeiro Prefeito daquele município, o Sr. Renato Ribeiro Coutinho, foi quem começou a construir ruas e organizar o sistema de emplacamento das casas. Nos períodos de 1939 a 1943 e 1944 a 1948, voltando a figurar nas correspondentes aos qüinqüênios (já com o nome de Mari). Em 1943, no Governo de Ruy Carneiro, sendo prefeito de Sapé Osvaldo Pessoa, Mari inaugurou o primeiro grupo escolar, o qual foi denominado de "Augusto dos anjos", com a presença do interventor Ruy Carneiro e do Prefeito Municipal de Sapé Osvaldo Pessoa, entre outras autoridades civis e militares, foi nomeada como primeira professora a Srª Maria do Carmo de Luna Freire. Em 1946, procedentes do Estado das Alagoas, chegaram ao distrito de Araçá, com suas famílias e alguns conterrâneos, os Senhores Manoel de Paula Magalhães e José Leão de Oliveira, onde implantaram a cultura do Fumo, uma das grandes riquezas do Município. Em 1950, durante o censo demográfico, araçá pertencia ao município de Sapé, neste período o nome de Araçá foi mudado para Mari, o que para alguns habitantes que existiam no Distrito, não aceitaram esta modificação de nome devido à origem do nome anterior se tratar de uma tradição histórica, que marcava todas as pessoas do povoado, sendo que o mesmo já existia a mais de dois séculos, sem que houvesse uma análise dos fatos, as causas e efeitos de uma mudança que afetaria uma população com quase dez mil habitantes, superior a muitas cidades do Estado, e que ainda configurava na categoria de Vila. No período de 1950 a 1954, o segundo prefeito de Sapé foi o Sr. Moacir Maciel, o qual construiu na Vila de Mari o posto de Higiene, bem como a abertura de novas avenidas. No ano de 1954, o Sr. José de Melo implantou uma nova infra-estrutura com base no fumo e no abacaxi, que passou a ser importado para diversas partes do mundo. Em 19 de setembro de 1958, o Governador do Estado da Paraíba. O Excelentíssimo Sr. Pedro Moreno Gondim, decretou a Lei nº 1.862, do mesmo dia mês e ano que criou o Município de Mari, passando-o para a categoria de Cidade totalmente emancipada. A instalação oficial da Cidade de Mari ocorreu no dia 15 de dezembro de 1958, ficando definitivamente desmembrada do Município de Sapé. Com a nomeação de seu primeiro Prefeito. Para administrar o município pela primeira vez, foi nomeado como prefeito provisório o Sr. Epitácio Dantas da Silva Cordeiro, que ficou no cargo até que se procedessem as eleições. Em 02 de agosto de 1959, elegeu-se como o primeiro prefeito eleito pelo povo o Sr. Pedro Leite Filho, pelo Partido da União Democrática Nacional (UDN); pelo mesmo partido elegeram-se vereadores os Senhores José Leão de Oliveira, Belmiro Santos e José Rangel de Luna. Pelo Partido Social Democrático (PSD) elegeram-se João Teófilo Pereira, Severino Batista da Silva e Mário Rique Ferreira. Ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) coube um único representante na Câmara: O Sr. José Ferreira de Paiva. Em 1960, o Município de Mari contava com uma população de 12.687 habitantes. Dez anos depois, ou seja em 1970 o censo constatou uma população de 15.645 pessoas, sendo na zona urbana 9.901 e na zona rural 5.645 habitantes, verificou-se ainda uma diferença no quadro de sua população residente na zona urbana: homens - 4.601 e mulheres - 5.285. Na zona rural: homens - 2.769 e mulheres - 2.858. Em 02 de abril de 1962, ocorreu o assassinato do líder camponês João Teixeira, na época vice-presidente, no exercício de Presidente das Ligas Camponesas de Sapé, fato ocorrido nas margens da estrada que liga Mari áquela cidade, o que agitou enormemente os ânimos entre proprietários e camponeses, repercutindo na Capital do estado com agitações estudantis e de simpatizantes da esquerda. Em 11 de agosto de 1963, foi eleito segundo prefeito eleito por voto direto o Sr. Pedro Tomé de arruda, do Partido Social democrático, também foram eleitos pela Câmara Municipal de Mari, três vereadores: João Teófilo Pereira, Manoel da Paula Magalhães Filho e João Antonio dos Santos. A União Democrática Nacional elegeu dois representantes: Antonio Gomes de Alcântara e Henrique da Silva. O Partido Trabalhista Brasileiro elegeu um representante: João Ferreira da Silva. Em 15 de novembro de 1968, terceiro prefeito eleito, o Sr. José de Melo, exerceu o mandato pelo Partido de aliança Renovadora Nacional (ARENA) elegendo também quatro vereadores: José Fernandes da Silva, Manoel Soares da Silva, Otávia Maria da Silva (primeira mulher a exercer um cargo público no município) e Sinésio Luiz da Silva. O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) que substituiu o antigo Partido social Democrático (PSD), elegeu desta vez três representantes: Antonio Francisco Braz, Eudes de Arruda Barros e José Fernandes de Oliveira. Em 15 de novembro de 1972, o quarto prefeito eleito foi o Sr Eudes de Arruda Barros, na época Vereador, no Partido do Movimento Brasileiro (PMB), tomando posse na presença de diversas autoridades presentes na solenidade, o seu mandato foi executado no período de 31.01.1973 a 31.01.1977. Em 15 de novembro de 1976, novas eleições onde foi eleito o quinto prefeito do Município o Sr. José Paulo de França, pelo Partido Democrático Social (PDS), tomando posse na presença de autoridades Federais, Estaduais e Municipais, representantes de todas as classes sociais e o povo em geral. Ficando marcada como o maior ato político da história do Município. Sua gestão deu-se de 31.01.1977 a 31.01.1983, elegeram-se vários vereadores por partidos políticos, representando diversos segmentos da sociedade. Em 15 de novembro de 1982, realizou-se mais um pleito eleitoral para a escolha de outro donatário Municipal, no qual concorreram dois candidatos pelo mesmo partido (MDB), sendo o ex-prefeito Eudes de Arruda Barros candidato pelo (MDB 1) e o candidato Adnaldo de Oliveira Pontes pelo (MDB 2), que naquela época era favorito nas pesquisas de opinião pública, até que consegui eleger-se o sexto prefeito do município, o Sr. Adnaldo de oliveira Pontes, através da legenda de seu próprio partido. Sua gestão durou intermináveis 6 (seis) anos, durante o período de 31.01.1983 a 01.01.1989. Em 15 de novembro de 1988, é eleito pela segunda vez, como sétimo prefeito na historia política do município, o Sr. José de Melo, por uma coligação de oposição ao Governo atual, a qual obteve total aceitação e apoio da população, tornando-se uma das maiores vitórias da oposição, sobre a situação. Sua gestão compreendeu os períodos entre 01.01.1989 até 01.01.1992. Em 1992, aos 03 de outubro, foi eleito o oitavo prefeito municipal por uma frente de oposição, , a qual foi formada por diversos partidos políticos do município, conseguindo eleger-se o Sr. Manoel Monteiro de Sampaio Filho, tendo como Vice o Sr. Luiz Humberto Malheiros FelicianoSeu mandato foi executado no período de 1993/1996. Em 03 de outubro de 1996, realiza-se mais um pleito político na escolha popular de um prefeito, e de vereadores, para representarem os poderes executivo e legislativo. O povo escolheu outros destinos para a cidade, apoiando e acreditando na candidatura da Srª Vera Lúcia da Silva Pontes, primeiro por fazer oposição ao esquema político da época, e segundo por a primeira mulher a almejar uma oportunidade de assumir o cargo mirim do edil Poder Executivo Municipal. Seu mandato foi executado no período de 1997/2000. Fonte: FAMUP

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