Trabalhos de pesquisa, em 1975/76, realizando mapeamento geológico e prospecção geoquímica na bacia do rio branco do Guaporé e no curso médio inferior dos rios bolonês e acangapiranga e ainda no rio muqui, verificam que na área coberta pelo atual município de nova brasilândia d'oeste havia apenas a presença pontual de seringueiros como no depósito novo mundo no rio homônimo, em algumas colocações no rio bolonês e no seringal Paulo Saldanha no rio branco do Guaporé (a sul do município). A porção entre o rio branco do Guaporé e as cabeceiras dos rios novas mundo e bolonês consistia em área de perambulação de grupos indígenas, evidenciada por numerosos indícios, e que hoje se alojam em reservas indígenas a sudoeste de nova brasilândia. A abertura de novas fronteiras agrícolas e a extração de madeiras nobres conduziram a ocupação crescente para oeste da rodovia Br-364, surgindo novos núcleos urbanos, dos quais cabe destacar regionalmente a cidade de rolim de moura. Esta cidade serviu de suporte para a continuidade da penetração em direção oeste, de onde partiram os primeiros desbravadores em busca de novas terras, férteis e abundantes. Em 20 de julho de 1979, a primeira expedição constituída pelos senhores Onivaldo Silveira Bueno (hoje residente no km 0,5 da linha 138 norte), Sérgio r. Maçaneiro Bueno, Dimas "branco", João Parron e Esmeraldo D. Do nascimento, deslocava-se de rolim de moura utilizando um acesso precário aberto por madeireiros até a linha 156 (distante 28 km à oeste), e a partir daí abrindo picada até atingir a atual linha 138, 2 km a sul da linha 25, medindo a distância utilizando cipó, onde então se estabeleceram provisoriamente, constituindo as primeiras casas. A comunidade foi ampliada no inverno de 1980 com a chegada dos senhores Nelson Bueno e Mauro cão de zorba. Nesse local, permanece até os dias de hoje, o senhor onivaldo, originário de mundo novo, ms. Em 1981, novos moradores vieram se juntar ao grupo pioneiro, entre os quais José Honorato, Donizete mota, Geraldo tremeu, aparecido sodre, Élson "cipó", Argemiro chagas e Nicolau oliveira, avançando para oeste, no caminho aberto pelos pioneiros. As primeiras culturas foram de arroz e de milho e os primeiros animais (16 vacas, burros e muitos porcos), tocados a pé pelas picadas melhoradas. Alguns desses pioneiros, entre os quais João parron e Esmeraldo D. Do nascimento decidiram estabelecer uma rota por via fluvial através dos rios muqui e acangapiranga, alcançando o igarapé novo mundo próximo de onde hoje se situa o km 4,5 da linha 13 n, provavelmente utilizando antigos depósitos de seringal (depósito novo mundo). Nas viagens seguintes de barco, novos moradores vieram, como os srs. Luís fujioka, Edmundo de tal, Ivo de tal e José reis, estabelecendo-se entre as linhas 9 e 13, chegando nas proximidades das propriedades do senhor onivaldo, ocasionando atritos pela posse de terras (1981). Após a abertura da linha 25, abandonou o uso da via fluvial. Nesse ínterim, notícias procedentes de Cacoal davam conta da futura abertura de uma vila que distaria 60 km à oeste de rolim de moura e que seria denominada barreirão. Com essa informação, os senhores onivaldo, Sérgio, Nicolau e Dimas, encetaram uma segunda jornada para oeste, abrindo picadas guiados pelo sol, atingindo finalmente em maio/82 o local hoje definido como km 2 da linha 122 s (linha 117), onde abriram uma pequena área desmatada, retornando posteriormente. Como conseqüência, no 2º semestre/82, técnicos do incra-Cacoal, acompanhados do senhor Sérgio Bueno procederam a uma demarcação topográfica a partir da l-156 para oeste através de uma linha chamada posteriormente de l-25, indicando os locais onde seriam abertas as linhas vicinais n-s, a cada 4 km, quando então se identificou como sendo l-138 s a área da primeira comunidade. Essa expedição atingiu finalmente o local da futura cidade de nova brasilândia, procedendo à abertura de uma pequena área e a construção da 12 barracas de 20m2 (nas proximidades do atual supermercado Trento) em agosto/82. Discutiram então nomes para a nova vila, sugerindo-se nova Brasília, mundo novo, três corações, nova Paranavaí, decidindo-se finalmente por brasilândia, sugerido por Sérgio Bueno. Colocou-se em seguida uma placa de madeira onde estava escrito, com tinta obtida de solução de pilhas: seja bem vindo a brasilândia - barraca do tio Pedro. A partir de então, o povoamento da região ganhou uma nova dimensão, com o acesso ainda a pé ou por tração animal. Em fins de 1982, fixa residência no novo núcleo urbano, a 1ª família, do senhor Antônio Anacleto (nenê), constituída pelo casal e 9 filhos, atual morador da linha 114 n-km 8, além de outras pessoas (João "canela roxa", Luís chave, Hermes Moreira Francisco, Antônio onildo de carli e tio Pedro). Os primeiros estabelecimentos comerciais foram um armazém (do Sr. João canela roxa), bar/restaurante (do Sr. Dimas) e farmácia (dos srs. Luís Schiavi ou Dino). A região era marcada por uma fauna abundante, própria da Amazônia (anta, porco do mato, onça, veado, aves), porém escassa em madeira de lei, com densidade maior em direção ao rio branco do Guaporé. Era habitada igualmente por tribos indígenas, evidenciadas por breves contatos e mais freqüentemente por vestígios (ramos quebrados, trilhas, utensílios de barro), as quais foram sendo deslocadas gradativamente em sentido sudoeste, até se fixarem nas atuais reservas. Ainda em 1982, o incra começou a abertura das primeiras linhas. Em fins de 1983, o primeiro carreador atingiu a vila de brasilândia, permitindo a chegada de veículos. Em 1984, era aberta definitivamente a atual estrada, com verbas do programa polonoroeste. A abertura do carreador provocou a explosão da migração de pessoas interessadas em terras baratas e férteis, exploração do comércio e extração de madeira. A primeira serraria foi construída pelo Sr. Joaquim f. Azevedo, no local onde hoje é a teleron, seguida pela serraria maracanã. É importante ressaltar o processo de colonização efetuado por paranaenses (como Antônio Anacleto), estimulados pelos proprietários da empresa eucatur, cujos veículos demoravam cerca de 4 dias para vir de cascavel até Ji-paraná. O primeiro transporte coletivo utilizado, em fins de 1983, foi uma camioneta f-400, de propriedade do Sr. Armelindo cora, seguido por um caminhão perkins. Após a aquisição de um ônibus, o Sr. Cora criou uma empresa, denominada de viação amazonas, responsável parcialmente pela melhoria do carreador. Esse transporte não tinha horário fixo, deslocando-se quando completasse a lotação. As primeiras habitações, do tipo tapiri, foram construídas na atual avenida jk entre as ruas príncipe da beira e 13 de maio. A primeira igreja católica foi erguida no setor 15 (1983), sendo devotada a nossa senhora da glória. Assim, o atual município de nova brasilândia d'oeste nasceu do pioneirismo de alguns de seus moradores, associado ao projeto de assentamento do incra, que distribuía lotes de 50 ha, seguindo a política de abertura de novas fronteiras agrícolas. Recebeu a designação definitiva quando ocorreu a emancipação em 1987. Fonte: cnm.org.br

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