A região do atual município de Nobres foi ponto de passagem, no início do movimento garimpeiro em Mato Grosso, no sentido sul/oeste, que começou em 1747, entre Cuiabá e Diamantino. É território habitado imemorialmente por povos indígenas da nação bakarairí. Nobres é região rica em belezas naturais. Nos meandros da Serra do Tombador escondem-se verdadeiras maravilhas esculpidas pela natureza, com inúmeras cachoeiras e grutas, algumas totalmente inexploradas. Existem sítios arqueológicos de grande valor científico, onde proliferam pinturas e inscrições rupestres, que atestam a antigüidade da vida humana na região. De beleza incomparável é a Lagoa Azul, localizada não muito distante da sede municipal. No ponto onde situa-se a sede municipal, principiou-se uma povoação chamada de Seis Marias, talvez numa referência aos moldes de divisão de lotes no período provincial - sesmarias. Posteriormente o lugar passou a ser conhecido por Bananal. Em 1926, a Coluna Prestes, que ficou conhecida historicamente como "os revoltosos", cruzou o chão de Mato Grosso. Tencionava chegar à Bolívia, numa fuga desesperada da força legalista. O grosso da tropa acompanhava o Rio Manso, em busca do Rio Paraguai, um destacamento dominou Nobres, limpando caminho a fim de que a coluna baiana, que vinha em seu encalço, nada encontrasse de útil para base bélica. O município de Nobres se formou à base de três sesmarias: Bananal, Francisco Nobre e Pontezinha. Do nome Nobre nasceu a denominação destinada a perdurar. O termo, usado no plural, designa as pessoas da famílias Nobre: Os Nobres. A sesmaria do Bananal, de 13.300 hectares, foi assinalada por três marcos, ou seja, um marco de locação e mais dois, de testemunhas, que indicavam as linhas de rumo, no Requeijão, em confinação com Rosário Oeste e no Cuiabá, avançado até o Córrego Fundo, tocando a sesmaria de Francisco Nobre. A sesmaria de Francisco Nobre confinada com Diamantino e Chapada dos Guimarães, na região que mais tarde passou a pertencer ao município de Sorriso, criado em 1986. Ao passo que a sesmaria de Pontezinha pertencia inicialmente a Diamantino, depois passou para Rosário Oeste, para, por Fim, depender de Nobres. Enquanto Pontezinha pertencia a Rosário Oeste e produzia muito diamante. Na Divisão Territorial de Mato Grosso, de 31 de dezembro de 1936, o povoado de Nobres aparece como distrito do município de Rosário Oeste, sendo que mais tarde, em 1943, também dá-se como o ano de criação do distrito de Nobres, jurisdicionado ao mesmo município de Rosário Oeste. O povoado de Nobres conheceu a primeira usina hidrelétrica construída no Estado de Mato Grosso, atualmente desativada, provando sua vocação para ser grande. Suas ruínas são relíquias do passado recente que fizeram história. A Lei Estadual n.º 1.943, de 11 de novembro de 1963, de autoria do deputado Valdon Varjão, criou o município, com território desmembrado dos municípios de Rosário Oeste e Chapada dos Guimarães. A instalação oficial ocorreu no dia 1º de janeiro de 1964, com a posse do primeiro prefeito municipal nomeado, Sr. Nelson da Silva Nonato, que foi empossado pelo juiz de Direito, Dr. Rafael Araújo de Arruda. O primeiro prefeito municipal eleito, foi o Sr. José Rachid Sobrinho, que teve como vice o Sr. Eurides da Silva Rondon. A Lei n.º 4.964, de 26 de dezembro de 1985, criou a comarca do município de Nobres, solenemente instalada no dia 21 de fevereiro de 1987. Nobres teve seu desenvolvimento acentuado devido aos projetos de colonização no Estado de Mato Grosso. Sua atividade industrial às margens da BR-364, fortalece a economia municipal, pois é o maior produtor de calcário e cimento da região centro-oeste brasileira.

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