Nos primeiros anos de seiscentismo, quando começou o desenvolvimento do lugarejo de Moji das Cruzes, surgiu uma outra povoação de caráter dispersivo, na área do atual Município de Poá, então conhecida por Guaió, devido ao ribeirão homônimo que atravessa a localidade. As primeiras sesmarias foram concedidas a Maria Alvares (1609), Bartolomeu Bueno (1611) e seu filho Amador Bueno (1611). Em pouco tempo, o lugar tornou-se devoluto. Pois seus moradores transferiram-se assim , em 1621, estas terras foram concedidas aos padres do Convento de Nossa Senhora do Carmo da Capital, vulgarmente, conhecido como Carmelitas, que agregando outras terras na paragem de Embiacica (atual Itaim Paulista), formavam uma das mais prósperas fazendas do Planalto. Durante o século XVII, a região em torno da Vila de Moji teve um certo surto agrícola, contudo, em franca decadência por volta de 1830, e para evitar a queda populacional, o Governo Provincial reabriu a atinga estrada de Guaió com Santos. Cruzava esta estrada um caminho de ligação de Moji a Itaquaquecetuba. Assim, a região passou a ser conhecida por Poá, topônimo que foi explicado pelo francês Millet de Saint Adolphe ("Dicionário Geográfico e Histórico do Império do Brasil", 1845), como "lugar de apartamento de caminhos, encruzilhada da estrada de Moji das Cruzes para Itaquaquecetuba ou para Guaió". Estudos de João Mendes de Almeida define-o como corruptela de "Piâ", significando "apartamento de caminho". O local já tinha denominação distinta, porém sem nenhum núcleo de povoamento. O Governo tomou providências em povoá-lo a partir da solução definitiva da questão dos limites entre as vilas de Moji das Cruzes e São Paulo, que vinham prejudicando seu desenvolvimento, desde meados do século XVII. Outra medida fundamental foi a implantação da antiga estrada ligando São Paulo ao Rio de Janeiro. Porém a colonização efetiva deu-se somente a partir do Brasil, em 1875, e o núcleo urbano com a instalação da Estação de Poá, em abril de 1891. A pequena Parada que servia as povoações de itaquaquecetuba, Arujá, Santa Isabel, Suzano e outras, começou a receber seus primeiros habitantes em setembro de 1890, auxiliados pelo Cel. Benedito José de Almeida, então Presidente da Câmara de Mogi das Cruzes. Constam como pioneiros: José Boinn, João José de Godoy, Paulo Augusto de Miranda, Antônio Alves, Narciso Lucarini e Jorge Tomé. O Cel. Francisco Inácio da Silva, vindo em 1897, adquiriu terras e dotou o patrimônio de melhoramentos públicos, tais como abertura de ruas. Por iniciativa de Sebastião Ferreira dos Santos, que se fixou em Poá em 1912, foi criado o Distrito Policial em 1913. Isso deu novo impulso ao progresso do povoado que na época iniciou o cultivo de uvas introduzido por Tito Temporim, e mais tarde, a indústria vinícola. Outra indústria marcante no desenvolvimento poaense foi a instalação da "Cerâmica Poá", atual B.R.R., pelo Comendador Antônio de Camollis. Nos primeiros anos da década de 1910, surgiu em terrenos do atual Abrigo Batuira, uma pequena capela dedicada à Santa Cruz que, presume-se, foi construída por Albina Maria de Jesus. Esta capela foi substituída, em 1917, por outra dedicada à Nossa Senhora de Lourdes - iniciativa de Sebastião Ferreira dos Santos. Época marcante na vida poaense ocorreu por volta de 1939, quando as romarias a que atingiam média de 6000 pessoas diárias, procuravam o Padre Eustáquio Van Lieshout. Este pároco levantou a pequena gruta de Nossa Senhora de Lourdes cujas águas acreditavam serem milagrosas. Nessa Região, por volta de 1948, foi constatada a eistência de águas sulfurosas que, conforme exame técnico, são as de maior radiotividade em todo o Brasil. Marcando o desenvolvimento industrial da região, a IBAR instalou-se em Poá, em 1942, fabricando artigos refratórios para atender à indústria siderúrgica nascente na Grande São Paulo. Outras empresas, ligadas direta ou indiretamente a esta, instalaram-se no Município ampliando a área urbana que recebeu novos moradores. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA Distrito criado com a denominação de Poá, por Lei Estadual no 1674, de 03 de dezembro de 1919, no Município de Mogi das Cruzes, instalado em 13 de de março de 1920. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Distrito de Poá, figura no Município de Mogi das Cruzes. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, Planalto é Distrito Judiciário e pertencente ao Município de Mogi das Cruzes. No quadro anexo ao Decreto-lei Estadual no 9073, de 31-XII-1938, o Distrito de Poá permanece no Município de Mogi das Cruzes. No quadro fixado pelo Decreto-lei Estadual no 9775, de 30 de novembro de 1938, para 1939-1943, o Distrito de Poá permanece no Município de Mogi das Cruzes. Assim figurando no quadro fixado pelo Decreto-lei Estadual no 14334, de 30 de novembro de 1944 para vigorar em 1945-1948. Elevado à categoria de município com a denominação de Poá, por Lei Estadual no 233, de 24 de dezembro de 1948 desmembrado de Mogi das Cruzes. Constituído de 2 Distritos: Poá e Ferraz Vasconcelos. Sua instalação verificou-se no dia 26 de março de 1949. Fixado o quadro territorial para vigorar em 1949-1953, composto de 2 Distritos: Poá e Ferraz de Vasconcelos, comarca de Mogi das Cruzes. Figura no quadro fixado pela Lei Estadual no 2456, de 30 de dezembro de 1953 para o período 1954-1958, composto do Distrito Sede. Em virtude da elevação à categoria de Município do Distrito de Ferraz de Vasconcelos pela mesma Lei. Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o município é constituído do Distrito Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999. GENTÍLICOS: POAENSE Fonte: Biblioteca IBGE

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