O povoamento iniciou-se à margem esquerda do rio Tietê, no sítio da antiga aldeia dos índios guaianazes, denominado "Araritaguaba"(no tupi, "pedra onde as araras bicam ou se alimentam"), uma escarpa rochosa sobre histórico rio de penetração. No fim do século XVII, Antonio Cardoso Pimentel, paulista de Taubaté, aí chegou para estabelecer uma fazenda. Auxiliado por Antonio Aranha Sardinha e outros moradores, em 1721, Cardoso Pimentel edificou uma capela sob invocação de Nossa Senhora da Penha, em torno da qual desenvolveu-se uim povoado, elevado a Freguesia em 1728, com o nome de Nossa Senhora da Penha de Araritaguaba. O local, segundo historiadores, porto ou ponto de partida de exploradores dos sertões, via Tietê, desde meados do século XVI, tendo-se assinalado aí a passagem do Padre José de Anchieta, em 1561. Seu papel de ponto de saída para as incursões acentuou-se, a partir de 1719, com a descoberta do ouro de Cuiabá, pois, deste local, partiram as "Monções", expedições comerciais ou militares, particulares ou oficiais, com destino às colônias do Mato Grosso, descendo os rios Tietê e Paraná e subindo os rios Pardo e Paraguai, desde o século XVII até a segunda metade do século XVIII. Com o desenvolvimento do núcleo urbano, por provisão da diocese, foi construída nova igreja passando a aldeia a se chamar Nossa Senhora Mãe dos Homens de Araritaguaba. Em 1797 foi elevada a Freguesia com o nome de Porto Feliz, por lembrar a alegria daqueles que se aventuraram nas perigosas explorações e jornadas pelos sertões e lograram retornar às suas casas. Porto Feliz foi elevada à categoria de Cidade em 1858. O progresso do Município no entanto, durante sua evolução política, ficou mais condicionado ao ciclo das "Monções" e mais tarde, ao da cana-de-açúcar, não conhecendo praicamente o impulso da lavoura cafeeira experimentado por outros municípios na época. A inauguração da ferrovia, em 26 de abril de 1920, veio recompor as condições favoráveis de sua evolução. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA Freguesia criada com a denominação de Nossa Senhora da Penha de Araritaguaba em 1728, no Município de Itu. Tomou o nome de Nossa Senhora Mãe dos Homens de Arariguaba, por provisão de 27 de novembro de 1744. Elevado à categoria de vila com a denominação de Porto Feliz, por portaria de 13 de outubro de 1797, desmembrado do têrmo da antiga Vila de Itu, constituído do Distrito Sede. Cidade por Lei Provincial no 24, de 16 de abril de 1858. Lei no 1014, de 16 de outubro de 1906, cria o Distrito de Boituva e incorpora ao Município de Porto Feliz. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 Distritos: Pôrto Feliz e Boituva. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Pôrto Feliz permanece com 2 Distritos: Porto Feliz e Boituva. Em divisão territorial datada de 31-XII-1936, o Município de Pôrto Feliz compreende o único têrmo judiciário da comarca de Porto Feliz e permanece com 2 Distritos: Pôrto Feliz e Boituva. Lei no 3045, de 06 de setembro de 1937, desmembra do Município de Porto Feliz, o Distrito de Boituva. Em divisão territorial de 31-XII-1937 e no quadro anexo ao Decreto-lei Estadual no 9073, de 31 de março de 1938, o Município de Pôrto Feliz como único têrmo judiciário da comarca de Porto Feliz se compõe do Distrito Sede. No quadro fixado, pelo Decreto-lei Estadual no 9775, de 30 de novembro de 1938, para 1939-1943, o município se compõe do Distrito Sede e é têrmo único da comarca de Porto Feliz, têrmo êste formado por 2 Municípios: Pôrto Feliz e Boituva. Em virtude do Decreto-lei no 14334, de 30 de novembro de 1944, que fixou o quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Município ficou composto do Distrito Sede, a qual é formada pelos Municípios de Porto Feliz e Boituva. Permanece nos quadros territoriais fixados pelas Leis nos 233, de 24-XII-1948 e 2456, de 30-XII-1953 para vigorar em 1949-1953 e 1954-1958, composto do Distrito Sede. Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o município é constituído do Distrito Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999. GENTÍLICOS: PORTO-FELICENSE Fonte: Biblioteca IBGE

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