Pará de Minas teve origem em fins do século XVII, num povoado que se formou ao longo de uma das trilhas das bandeiras paulistas que buscavam o ouro das minas de Pitangui, atravessando o território que .se estende entre os rios Paraopeba e São João. Havia um ponto de pouso, situado às margens do ribeirão Paciência - penúltima etapa do roteiro dos bandeirantes -, onde muitos se deixaram ficar, dedicando-se ao trato da terra e à criação. Entre os que se fixaram no local estava o mercador português Manuel Batista, alcunhado o "Pato Fôfo", apelido que, segundo a tradição, provinha de sua vaidade em aparentar grandes recursos. Estabeleceu-se em uma fazenda, que passou a explorar, e ali levantou uma capela. Por causa daquele apelido, o lugar ficou conhecido como Arraial do Patafufo (corrutela de "Pato Fôfo"). A capela, dedicada ao culto de N. S.ª da Piedade de Patafufo, foi elevada a Paróquia em 8 de abril de 1846, pela Lei provincial n.° 312, ficando subordinada à freguesia de Pitangui. Dois anos depois. alterado o topônimo para Patafúfio, passou à categoria de Vila (Lei provincial n.° 386, de 9 de outubro de 1848). Em 1850 a Vila foi .suprimida por não satisfazer as condições impostas pela lei anterior, consubstanciadas na construção de edifícios próprios para a Câmara e para o Conselho de Jurados e Cadeia, revertendo os territórios à sua origem (compreendia a Freguesia do mesmo nome e as de Santa Ana de São João Acima e do Morro de Mateus Leme, desmembradas aquela do Município de Bom Fim e esta do Sabará e os distritos de São Gonçalo e Santo Antônio de São João Acima desmembrados do Termo de Pitangui). A restauração ocorreu oito anos depois, pela Lei provincial n.° 882, de 8 de junho de 1858, recebendo a denominação de Vila do Pará. Também foi mudado o nome do distrito e Paróquia da Vila para o de Nossa Senhora da Piedade do Pará. A instalação verificou-se em 20 de setembro de 1859. Novamente foi suprimido o Município, tendo a Lei n.º 1.889, de 15 de julho de 1872, incorporado seu território ao Termo de Pitangui. Restabeleceu-o porém, a Lei provincial n.° 2.081. de 23 de dezembro de 1874, que criou o Município do Pará, compondo-se das mesmas freguesias de sua primitiva criação, e tendo a Vila do Pará como sede do Município. A reinstalação ocorreu a 25 de março de 1875. Formação Administrativa A Vila do Pará foi elevada à categoria de cidade pela Lei provincial n° 2.416, de 5 de novembro de 1877. A partir da Divisão Territorial fixada para 1911 o Município sofreu diversas alterações em sua formação administrativa, .sendo-lhe adicionados ou suprimidos distritos. A Lei n.° l.039, de 12 de dezembro de 1953, que criou o distrito de Carioca com território desmembrado de Igaratinga, deu a Pará de Minas a formação que prevalece atualmente, confirmada em 31 de dezembro de 1958, e constituída pelo distrito-sede (de mesmo nome) e os de Carioca, Florestal, Igaratinga e São José da Varginha. A denominação Pará de Minas passou a vigorar em 1921, por força da Lei n.° 806. de 22 de setembro. A Comarca do Pará, instituída pela Lei n.° 11, de 13 de novembro de 1891, foi instalada a 7 de junho de 1892. Em 1921 (Lei estadual n.° 806, de 22 de setembro) passou a chamar-se Pará de Minas. Consoante os quadros de divisão territorial datados de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, bem como o anexo ao Decreto-Lei estadual n.° 88, de 31-III-1938, a Comarca compreendia um só termo - o da sede - constituído pelos Municípios de Pará de Minas e Pequi. Nas divisões fixadas para vigorarem nos qüinqüênios 1939/1943 e 1944/1948 foi acrescentado ao termo o Município de Mateus Leme. Esta situação foi alterada pela Lei estadual n.º 1.039, de 12 de dezembro de 1953, que elevou Mateus Leme a sede de Comarca. Atualmente, à comarca de Pará de Minas estão subordinados os Municípios de Pará de Minas, Pequi e São Gonçalo do Pará. Fonte: Biblioteca IBGE

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