Surgido no município de Constituição, hoje Piracicaba, a meio caminho de Campinas, Santa Bárbara deve sua fundação a D. Margarida da Graça Martins, filha do Sargento-mor Domingos José da Graça e esposa do Sargento-mor Francisco de Paula Martins. D. Margarida residia em Santos, onde estava fixada toda a família. Em região coberta de matas onde abundavam as melhores madeiras de lei, e atravessada por uma estrada de tropas, de acesso fácil à vila de Constituição o esposo de Dona Margarida arrematou em hasta pública uma sesmaria, delimitada ao norte com o rio Piracicaba e a nordeste com o ribeirão Quilombo. Ao enviuvar, em 1816, D. Margarida encarregou seu filho, Capitão Manoel Francisco da Graça Martins, de administrar as terras, nas quais o mesmo iria radicar-se por volta de 1818, cuidando desde logo de iniciar a formação de um povoado e de erguer uma capela, sob a invocação de Santa Bárbara. Para constituir o patrimônio do novo núcleo, efetuou a doação de uma área de, aproximadamente, 30 alqueires paulistas. Desde então grande número de famílias afluiu à região, atraídas pela fertilidade da terra. Iniciou-se 0 corte de madeira, exportada em carretões puxados a bois; fundou-se uma serraria a vapor e com o crescimento das atividades madeireiras, cresceu também o povoado. Ao fazer-se necessário instalar aí serviços de administração pública, decidiu o Barão de Mont'Alegre, presidente da Província, a criação da freguesia, anexa ao Município de Constituição. A partir de 1867, acorreram a Santa Bárbara d'Oeste sobreviventes da Guerra de Secessão que, em suas fazendas, com emprego de novos métodos agrários, muito contribuíram para o progresso da agricultura. Outros colonos, de origem européia, também em Santa Bárbara iniciaram vida nova. Além do grupo mais numeroso de agricultores, alguns artesões se fixaram na sede do Município, fundando oficinas, contribuindo para aprimorar as atividades artesanais na região. O Município expandiu-se economicamente, com a intensificação das atividades agropecuárias e a instalação de usinas de açúcar, conservando-se, entretanto, estacionária a Cidade. No alvorecer do segundo quartel deste século, novas e importantes indústrias fabris estabeleceram-se na sede, criando outras condições de vida e progresso, levando-a a emparelhar com os maiores núcleos de desenvolvimento do País. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA O distrito de Santa Bárbara foi criado pela Lei provincial n.° 9, de 18 de fevereiro de 1842, sendo transferido do Município de Constituição para o de Campinas, pela de n.° 1, de 23 de janeiro de 1844. Por força da Lei provincial n.° 12, de 2 de março de 1846, o Distrito passou a pertencer ao Município de Piracicaba, ex-Constituição. A Lei provincial n.° 2, de 15 de junho de 1869 criou o Município de Santa Bárbara, com território desmembrado do de Piracicaba. A sede municipal recebeu foros de cidade através da Lei estadual n.° 1.038, de 19 de dezembro de 1906. O Município sempre foi constituído de um único distrito. Pelo Decreto-lei estadual n.° 14.334 de 30 de novembro de 1944, passou a denominar-se Santa Bárbara d'Oeste. GENTÍLICO : BARBARENSE Fonte: Biblioteca IBGE

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