Foram silvícolas, das tribos Guaranis e Cuiás (Caa-i-vas = tomadores de mate), os primitivos habitantes da região. Pouco antes da guerra com o Paraguai, o Imperador Dom Pedro II, temendo possível invasão do território nacional, estabeleceu ali uma colônia militar, para garantir a fronteira e propiciar contato freqüente da região com a Capital do Império. A guarnição militar instalou-se na encosta da serra do Amambaí, sobre as cabeceiras do rio Dourados, sob o comando do Tenente Antônio João Ribeiro, natural de Poconé, que posteriormente pagou com a vida a bravura com que se destacou nos combates de fronteira. Mais tarde, perseguidos políticos, que haviam emigrado do Rio Grande do Sul para a Argentina e o Uruguai, atravessariam o Paraguai e penetrariam em território mato-grossense, fixandose onde está hoje instalado o Município. O completo desbravamento da região verificou-se, todavia, em 1883, quando Tomaz Laranjeira estabeleceu o primeiro arranchamento à margem direita do rio Verde, distante oito léguas da atual sede municipal (de acordo com o Decreto Imperial n.° 8 799, de 9 de dezembro de 1882, que lhe concedia o privilégio de colher erva-mate na zona fronteiriça com a República do Paraguai, entre os marcos "Rincão do Júlio" e "Cabeceiras do Iguatemi"). O local teve, a princípio, o nome de "Nhu-verá", que foi substituído posteriormente por "Antônio João" e, finalmente, por "Ponta Porã". FORMA ADMINISTRATIVA Distrito subordinado a Nioaque e, mais tarde, a Bela Vista, Ponta Porã tornou-se município autônomo em 18 de julho de 1912, por fôrça do Decreto n.° 617, daquela data. O Decreto n.° 820, de 29 de outubro de 1920, deu foros de cidade a sede municipal. Várias vezes foi alterada a composição administrativa do Município. Em 1936 eram oito os distritos existentes: Ponta Porã, Antônio João, Cabeceira do Apa, Lagunita, Paranhos, Amambaí, Carapó e Patrimônio da União, a divisão correspondente ao ano de 1937 já não registra os três últimos; na que vigorou no qüinqüênio 1939/43 não figura Paranhos, aparecendo, porém, dois novos distritos: Patrimônio e União. O Decreto-lei n.° 5 812, de 13 de setembro de 1943, criou o Território Federal de Ponta Porã, formado do Município desse nome (onde foi instalada a Capital) e mais seis outros: Porto Martinho, Bela Vista, Dourados, Miranda, Nioaque e Maracaju. A capital foi transferida para Maracaju em 31 de maio de 1944 (Decreto-lei n.° 6 550), voltando a Ponta Porã em virtude de Decreto de 17 de junho de 1946. As Disposições Constitucionais Transitórias, promulgadas em 18 de setembro de 1946, extinguiram o referido Território, reincorporando a Mato Grosso os Municípios que o compunham. Segundo a divisão territorial do Estado, vigente no período 1949/53, o Município contava com apenas 4 distritos: Ponta Porã (sede), Bocajá, Cabeceira do Apa e Eugênio Penzo; posteriormente formaram-se mais três distritos: o de Rio Verde do Sul, criado pela Lei n.° 702, de 15 de dezembro de 1953, com terras desmembradas do distrito-sede; o de Sanga Puitã, também originado da sede, constituído a 17 de novembro de 1958, e o de Laguna Carapã, desmembrado de Bocajá, a 20 do mesmo mês e ano. Assim, conta o município, atualmente, com um total de 7 unidades distritais. Fonte: Biblioteca IBGE

Destaques Municipais


    Ainda não há notícias cadastradas nesse município

Realizações Municipais


    Ainda não há realizações cadastradas nesse município

Destaques Estaduais (MS)