Após a descoberta do Brasil numerosas foram as expedições, vindas de Portugal e Espanha. Numa delas veio João Ramalho que, estabelecido nas proximidades do Planalto Piratininga, entre 1500 e 1510, fez surgir um povoado denominado Borda do Campo, onde vivia a tribo dos Guaianas, tendo casado com Bartira, filha do cacique Tibiriça. Fundada São Vicente, em 1532, Martin Afonso de Souza transpôs a Serra para oficializar o povoado de Santo André da Borda do Campo, que por sua posição geográfica teria papel predominante no desenvolvimento do território Paulista. Nomeou então, João Ramalho, Capitão-mor do Campo de Piratininga. Para suportar os constantes ataques de indígenas das margens do Paraíba, João Ramalho, construiu, à sua custa, muros defensivos, levantou o Paço Municipal, bem como a primeira ermida a Santo André, em 1550. Em 1553, o padre Manoel da Nóbrega instalou no Campo de Piratininga um colégio vicentino, o chamado Páteo do Colégio, onde celebrou a missa inaugural em 25 de janeiro de 1954 (fundação de São Paulo). Passados quatro anos, Nóbrega verificou que apesar da assistência permanente de João Ramalho, o colégio não conseguia sobreviver devido aos permanentes ataques indígenas. Por outro lado, os ataques pelos Tamoios aos habitantes de Santo André vinham sendo constantes. Para que a colonização Portuguesa e a catequese não fossem destruídas, mudou-se a Câmara Municipal de Santo André da Borda do Campo e sua população para junto do Páteo do Colégio, onde foi levantado o pelourinho Andreense. Durante muitos anos permaneceu Santo André em completo abandono, mas os itinerantes que faziam a jornada através da Serra do Mar, edificaram, em 1735, uma pequena capela sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição da Boa Viagem, onde faziam sua paradas e orações. Ao redor da capela começaram a se concentrar numerosos habitantes e, em 1805, foi elevada a Curato. Em 1812, o Marquês de Alegrete elevou a localidade à categoria de freguesia, dando-lhe o nome de São Bernardo, uma fazenda ali existente. São Bernardo nasceu nas imediações do local da antiga vila de Santo André da Borda do Campo. Com a passagem da São Paulo Railway (Estrada de Ferro Santos-Jundiaí), a localidade tomou impulso sendo procurada por novos moradores. Isto fez surgir, em 1889, o Município com sede em São Bernardo e os Distritos de Santo André, São Caetano, Ribeirão Pires e Paranapiacaba. Devido ao vertiginoso desenvolvimento, superior a São Bernardo e aos demais Distritos e por possuir as principais repartições Municipais, as mais importantes indústrias e a maior população, o Governo Estadual elevou Santo André à categoria de Município, transferindo a sede de São Bernardo, que por sua vez reduzido à condição de Distrito. Santo André hoje faz parte do chamado grande ABC, na grande São Paulo, sendo um dos Municípios líderes do panorama industrial do Brasil. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, figura no Município de São Bernardo o Distrito de Santo André, criado por Lei Estadual nº 1222-A, de 14 de dezembro de 1910, assim permanecendo em divisão administrativa referente ao ano de 1933. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, Santo André é Distrito judiciário e figura no Município de São Bernardo, pertencente ao termo e comarca de São Paulo. No quadro anexo ao Decreto-lei Estadual nº 9073, o Distrito de Santo André permanece no Município de São Bernardo, do termo e comarca de São Paulo. Pelo Decreto Estadual nº 9775, de 30 de novembro de 1938, foi transferida a sede do Município de São Bernardo para a Vila de Santo André, elevada a cidade, passando o Município a denominar-se Santo André. Pelo Decreto Estadual nº 9775, supra-citado, foi anexado ao Distrito de Santo André o território do extinto Distrito de São Caetano, do mesmo Município, que passou a constituir uma de suas zonas. Em 1939-1943, o Município de Santo André é composto dos Distritos de Santo André, sub-dividido em 2 zonas: 1ª, Santo André e 2ª São Caetano; Mauá, Paranapiacaba, Ribeirão Pires, e São Bernardo, e pertence ao termo de São Paulo da comarca de São Paulo. Pelo Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, a 1ª zona Distrital de Santo André passa a ser 1ª Subdistrito, a 2ª zona Distrital de Santo André passa a ser 2ª Subdistrito, e a 3ª zona Distrital de Santo André, Utinga passa a ser 3ª Subdistrito; São Caetano, era a 2ª zona. No quadro fixado, pelo referido Decreto-lei nº 14334, para vigorar em 1945-1948, o Município de Santo André ficou composto dos Distritos de Santo André com 3 Subdistritos: 1ª, 2ª e 3ª; Mauá, Paranapiacaba e Ribeirão Pires, e pertence ao termo e comarca de São Paulo. Figura no quadro fixado pela Lei nº 233, de 24-XII-48 para 1949-53, composto dos Distritos de Santo André, 1ª e 2ª Subdistritos, Mauá, Paranapiacaba e Ribeirão Pires e no fixado pela Lei nº 2456, de 30-XII-53 para 1954-58, com os Distritos de Santo André, 1ª e 2ª Subdistritos e Paranapiacaba, comarca de Santo André, menos o Distrito de Ribeirão Pires elevado à categoria de Município pela mesma Lei. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. GENTÍLICO: ANDREENSE Fonte: Biblioteca IBGE

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