Os primitivos habitantes da região foram os Índios Cabaçais, termo dado por paulistas ao povo bororó que habitava estas plagas. Posteriormente os poaieiros marcaram aquele chão com suas passadas de alpercatas e botinas, mas declinando a abundância das raízes cobiçadas pelos estrangeiros, esvaziaram-se as matas localizadas na Bacia do Rio Paraguai até a do Guaporé. Na década de sessenta, quando Mato Grosso deu curso à colonização e ao desenvolvimento de terras devolutas atraindo para o Estado brasileiros de todo país, nasceu naqueles termos não só Rio Branco, como Reservas, como Reservas do Cabaçal e outros núcleos de povoamento. Homens sem terras corriam para a nova região, sedentos e com fome, quase sem nenhuma quantia nos bolsos, mas com a vontade indômita de arregaçar as mangas, pegar nos apetrechos de agricultura e vencer juntamente com a cidade que nascia. De todos os quadrantes chegaram caminhões apinhados de homens, mulheres e crianças, popularmente chamados paus-de-arara. Dois caminhos levavam os colonos até a localidade ensejada, uma começava pela Gleba Paixão (Araputanga), depois atravessava a fazenda de Pedro Horácio, Córrego do Bugre, Cachoeirinha, as fazendas Itaguai e Estrela d'Alva e, finalmente, Reserva do Cabaçal. A outra linha iniciava-se na Colônia Rio Branco e, para se chegar à Reserva passava pelas localidades de Roncador, Terceira Seção, Jibóia e os córregos Sereno e Sete de Setembro. De Cáceres a Rio Branco era comum demorar de três a quatro dias de caminhão. Logo surgiu outro meio de transporte, uma lotação barriguda, que era chamada baleia, percorrendo o trecho Cáceres/Rio Branco. Através das trilhas, nas quais os colonos seguiam à pé, carregando suas mercadorias e pertences nas cangalhas sobre burros, demorava-se sete a oito dias. A travessia do Rio Cabaçal era feita em canoas. Desafiando um mundo desconhecido e abrindo clareiras, através de duas trilhas, homens de excepcional têmpera, pouco a pouco foram construindo a aprazível e bela cidade de Reserva do Cabaçal. A primeira missa rezada no povoado foi no dia 13 de setembro de 1970, celebrada pelo padre Amadeu, de Cáceres. Todos foram unânimes em escolher como padroeiro da cidade o Senhor Bom Jesus, comemorado a 6 de agosto. Nas proximidades da igreja. Reserva do Cabaçal progredia. Os poderes públicos estaduais reconheceram este desenvolvimento. O Estado erigiu o território em distrito no dia 5 de junho de 1978, através da Lei Estadual n.º 3.982, no município de Cáceres. No ano seguinte passou então à jurisdição do município de Rio Branco, criado pela Lei n.º 4.151, de 13 de maio de 1979. Em 9 de maio de 1982 foi programado um plebiscito para sua emancipação, mas não foi possível sua realização devido à ausência de vários quesitos legais. Sua realização deu-se somente em 15 de novembro de 1985, quando aconteceu a emancipação de Reservas do Cabaçal, através da Lei Estadual n.º 5.011, de autoria da Bancada do PDS e do PMDB, do dia 13 de maio de 1986 e sancionada pelo governador Júlio Campos: "Artigo 1º - Fica criado o município de Reserva do Cabaçal, desmembrado do município e Rio Branco. Artigo 2º - O município criado é constituído de um só distrito, o da Sede..." A instalação oficial ocorreu no dia 02 de janeiro de 1987, com a posse do primeiro prefeito municipal, Sr. José Leonídio Cesário, seu vice e os sete membros da Câmara Municipal.

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