Nesta imensa região, entre os rios Brancos e Cabaçal, habitavam índios do povo bororó. Esta nação indígena foi erroneamente denominada "Cabaçal", pelos paulistas, que devassaram a região a partir do século XVIII. Não há vida tribal organizada no município, restando apenas vestígios arqueológicos não catalogados pelos organismos oficiais. Devido a alta fertilidade das terras, abundava na região a ipecacuanha - ou poaia. É uma planta cujas raízes constituem-se de alto valor medicinal, muito procurada por laboratórios farmacêuticos, a partir do final do século XIX. A comercialização da poaia varou o século e impôs-se como um dos produtos de maior valia no mercado de exportação do século e impôs-se como um dos produtos de maior valia no mercado de exportação do século de Mato Grosso. Por muitos anos as matas rio-branquenses foram cortadas por poaieiros. A grande maioria dessas pessoas adentravam à floresta, abriam grandes clareiras na mata e voltavam com grandes fardos, pesados, às costas, rumado para Cáceres, ponto de comercialização e de partida da poaia, mormente para o mercado europeu. A vida organizada só deu-se a partir da década de cinqüenta. Neste período o governo do Estado voltou seus olhos para a parte oestina de Mato Grosso, tencionando povoá-lo. A Colônia Rio Branco foi originalmente implantada numa área de 200 mil hectares, criada pelo Decreto Estadual n.º 1.598, a 22 de maio de 1953. As famílias provinham principalmente da região sul do Estado (Dourados e adjacências), e dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Em 1965, o governo estadual emitia os primeiros definitivos não negociáveis. Também a colonização subia rumo norte, tendo base em Cáceres. A terra passou a compensar as agruras dos primeiros dias e a região foi se formando, aumentando a população. A Lei n.º 3.975, de 4 de abril de 1978, criou o Distrito de Paz de Rio Branco, jurisdicionado ao município de Cáceres. A Lei Estadual n.º 4.151, de 13 de dezembro de 1979, de autoria do deputado Aldo Borges e sancionada pelo governador Frederico Campos, criou o município: "Artigo 1º - Fica criado o município de Rio Branco, com território desmembrado do município de Cáceres... Artigo 2º - O município ora criado é constituído de um só distrito, da Sede. Parágrafo Único - O município somente será instalado com a eleição e posse do prefeito, vice-prefeito e vereadores, realizada de conformidade com a Legislação Federal." O primeiro administrador municipal foi o Sr. Antônio Teodoro Mendes, que foi empossado a 3 de fevereiro de 1981. Mais tarde, a 1º de fevereiro de 1983, tomou posse o primeiro prefeito municipal pelo povo, Sr. Carlos Breno Pereira Hellembrandt, que inclusive reelegeu-se prefeito em 1992, ocasião que veio a falecer no exercício do poder.

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