Primitivamente conhecido como Santana da Ribeira do Ipanema, por estar situado à margem do rio Panema ou Ipanema, passou a chamar-se depois Santana do Ipanema. Nos últimos anos do século XVIII, chegou à região Padre Francisco José Correia de Albuquerque, missionário muito moço, mas que em pouco tempo conseguiu, com o exemplo de suas virtudes e auxílio da palavra eloqüente, não só implantar na gente rude preceitos cristãos e normas de convivência civilizada, mas também construir uma igreja e um recolhimento para beatas que aí viveram alguns anos. Reza a tradição que, em 1815, vindos da Bahia, chegaram a Penedo os irmãos Martins e Pedro Vieira Rego, descendentes de portugueses. Tendo conhecimento de que na Ribeira do Panema existiam vastas extensões de terras devolutas, e estando interessados na agricultura e na pecuária, pleitearam a concessão de uma sesmaria, recebendo a outorga de uma extensão de doze léguas, aproximadamente, de nascente a poente, ou seja, da serra do Caracol à ribeira do riacho Grande e outras léguas de norte a sul - da ribeira dos Dois Riachos a dos Cabaços. Os dois irmãos e respectivas famílias fixaram-se à margem esquerda do Panema, em local cercado de colinas, próximo às serras da Camonga, do Poço, Caiçara e Gugy. Trabalhadores, prosperaram e novas fazendas se foram organizando, aos cuidados dos filhos e filhas de Martins, à medida que constituíam família. Segundo o Cônego Teotônio Ribeiro, biógrafo do Padre Francisco José Correia de Albuquerque, foi em 1787 que se erigiu a primeira capela, dedicada a Santa Ana, em terras doadas por Martins Rodrigues Gaia, um dos primeiros moradores da localidade. Em torno do templo se formou a povoação, mais tarde vila e cidade de Santana do Ipanema. Formação Administrativa A freguesia de Santana do Ipanema foi criada em 1836, por Lei provincial n.° 9, de 24 de fevereiro. O Município, emancipado através da Resolução n.° 681, de 24 de abril de 1875, e desmembrado do de Traipu. A instalação verificou-se a 19 de junho de 1876. Na divisão administrativa de 1911 figura com 1 só distrito. A Lei n.° 893, de 31 de maio de 1921, elevou a vila à categoria de cidade. Pelas divisões administrativas de 1936/37, e quadro anexo ao Decreto-lei n.° 2.361, de 31 de março de 1938, o Município se dividia em 4 distritos: Santana do Ipanema, Maravilha, Poço das Trincheiras e Sertãozinho. A Lei n.° 1.473, de 17 de setembro de 1949, desmembrou parte do território para, juntamentecom terras dos municípios de Palmeira dos Índios e Batalha, formar o Município de Major Isidoro. Em 1950, são 4 os distritos: Santana do Ipanema, Maravilha, Olho-d'Água das Flores e Poço das Trincheiras. Pela Lei estadual n.° 1.748, de 2 de dezembro de 1953, foi elevado a município o distrito de Olho-d'Água das Flores. Em 1954, Santana do Ipanema possuia somente os distritos da sede e de Capim, este criado pela Lei estadual n.° 1.785, de 5 de abril de 1954. Em 1955, a divisão territorial acusa a existência de 4 distritos: da Sede, Capim, Poço das Trincheiras e Maravilha. Mas os dois últimos são emancipados pelas leis estaduais nº 2.100 e 2.102, ambas de 15 de julho de 1958, o mesmo ocorrendo quanto a Capim, por força da Lei estadual n.° 2.092, de 24 de abril de 1958, com a nova denominação de Olivença. Em 1960, Santana do Ipanema se constituía dos distritos da Sede, Ouro Branco e Carneiros, estes criados pelas leis estaduais nº 2.050 e 2.054, de 9 e 20 de agosto de 1957, respectivamente. Pelas leis estaduais n° 2.445, de 17 de maio, e 2.454, de 11 de julho de 1962, os mesmos distritos foram elevados a município, permanecendo Santana do Ipanema, a partir de 1963, com o distrito único do mesmo nome. Fonte: Biblioteca IBGE

Destaques Municipais


    Ainda não há notícias cadastradas nesse município

Realizações Municipais


    Ainda não há realizações cadastradas nesse município

Destaques Estaduais (AL)