Os primeiros povoadores de São João del Rei foram paulistas, atraídos pelos cascalhos auríferos da bacia do rio das Mortes, que "assoalhavam o caminho trilhado pelos bandeirantes", denunciando os grandes depósitos de ouro da região. Em fins do século XVII, Tomé Portes del Rei, procedente de Taubaté, fixou-se as margens do rio das Mortes, no local a que chamava, por ser passagem de todas as embarcações "Porto Real da Passagem". Nesse local, ainda hoje denominado Porto Real, teve início o primeiro arraial. Em 1702 faleceu Tomé Portes del Rei, a quem fora conferido o direito de cobrança da passagem no Rio das Mortes. Sucedeu-o seu genro Antônio Garcia da Cunha. Até 1703, a importância do povoado decorria de sua situação como ponto de ligação com os Sertões de Caeté e a região das minas do Carmo, Ouro Preto e Sabará. De 1703 a 1704, o português Manuel João de Barcelos descobriu, nas fraldas dos montes, ricas manchas de ouro, e os paulistas Pedro do Rosário e Lourenço da Costa iniciaram os trabalhos de faiscação Forasteiros e aventureiros começaram a afluir. Nas encostas das serras, atualmente denominadas Senhor do Monte e Mercês, onde ainda há reservas de ouro, surgiu o outro arraial - o do Rio das Mortes - com sua igrejinha (no local denominado Morro da Força) consagrada a Nossa Senhora do Pilar, originando-se ai São João del Rei. Na guerra entre paulistas e emboabas, ainda no início do século XVIII, foi o arraial do Rio das Mortes fortemente abalado com a morte e o afastamento dos paulistas, aos quais foram usurpadas as minas. Apesar dessas lutas e disputas, a povoação continuou a prosperar. A construção da estrada de ferro (1878-1881) e a chegada, em 1886, de imigrantes italianos, procedentes de Bolonha e Ferrara, aceleraram o progresso do Município. Esses imigrantes, destinados a agricultura, localizaram-se na Várzea do Marçal, onde formaram as colônias do Marçal, Recondego e Felizardo, e na Fazenda José Teodoro. Posteriormente, grande número de sírios fixou-se no Município, dedicando-se de preferência ao comércio. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA A freguesia de Nossa Senhora do Pilar data de 16 de fevereiro de 1724. O Município foi criado com sede no antigo arraial do Rio das Mortes e território desmembrado do termo da antiga Vila Rica - mais tarde Ouro Preto - a 8 de dezembro de 1713, recebendo o nome de São João del Rei, em homenagem a D. João V. A Lei provincial n.º 93, de 6 de março de 1838, concedeu à sede municipal foros de cidade. Em 1953 perdeu o distrito de Nazareno para formar novo Município. Segundo a divisão administrativa vigente, o Município e composto dos distritos de São João del Rei (sede), Arcângelo, Caburu, Emboabas, Rio das Mortes, São Sebastião da Vitória e foram desmembrados os de Cassiterita e Santa Rita, ainda não instalados. A comarca, criada com o nome de Rio das Mortes em 1714, recebeu, por força da Lei estadual número 11, de 13 de novembro de 1891, a denominação de São João del Rei. Fonte: biblioteca IBGE

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