Nas margens do rio Lajeado, onde hoje está plantado o município de São João do Paraíso - Haviam prósperas fazendas e, entre estas, a "São João de um lado e a São Sebastião" do outro lado do rio, terras muito férteis, próprias para a lavoura e criação de gado. Por ali, também, bem próximas umas das outras, situavam-se outras fazendas. Era uma região bem habitada e merecedora de assistência do governo municipal. Em 20 de janeiro de 1948, por ocasião de uma "reza" de São Sebastião, estiveram, ali o prefeito Virgolino Vasconcelos, o vice-prefeito Joaquim Pereira e outros acompanhantes provinientes da cidade do Porto Franco. Na animação da festa do Santo, mais de cem pessoas estavam ali, quando alguns fazendeiros reivindicaram a criação de uma escola naquele lugar. O prefeito prometeu a construção da escola de imediato, encarregando seu vice para promovê-la. Em São Luís, conseguiram uma pequena verba para a obra. Foi contratado o pedreiro Aurélio Gomes Pereira como empreiteiro e, nesse mesmo ano, a obra é iniciada: um salão bastante espaçoso uma sala de recepção e dependência para duas professoras. Uma construção sólida e bem acabada, sobressaindo-se no pequeno arraial que se formou imediatamente por famílias de principais moradores do lugar: Delfino Aguiar de Azevedo e seus irmãos; Natividade José Marinho e sues irmãos, Virgolino, Manduca, Pijoca e outros irmãos; João José Milhomem filho e mais os descendentes dessa família, dentre outros. A inauguração do prédio escolar deu-se um ano depois do início de sua construção, no dia 20 de janeiro de 1949. Convém lembrar que não havia ainda distância a cavalo. Eram mais de 12 horas de viagem. A edificação e a inauguração daquela escola foi fator preponderante para o nascimento e o crescimento do lugar. Dois anos depois já se podia mesmo sentir que o arraial de Paraíso se tornava um próspero povoado. Episódio bizarro acontece na escolha do Santo padroeiro de São João do Paraíso: de um lado do rio o povo Quiria que o povoado ficasse sob a invocação e proteção de São Sebastião; do outro lado, a força maior opinava que São João Batista deveria ser o padroeiro. As divergências cresciam e as opiniões se chocavam, sem haver entendimento nem conciliação. Frei João Pedro Maria de Boa Viagem, então vigário da paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Frei João Pedro Maria de Franco e, em desobriga, mandou construir uma capela tosca, de palha de palmeira e taipa, do lado de cá do rio - a que chamavam de São Sebastião - e a prefeitura encomendou e recebeu as duas imagens dos santos venerados. Marcou-se a data da entrega dos santos no dia 25 de maio de 1950. Uma turma muito grande de caleiros, acompanhado o padre e demais autoridades levando os dois padroeiros foram recebidos por mais de cem cavaleiros de Paraíso, todos em montaria, légua e meia antes da entrada do povoado. Ao chegar os santos foram retirados da embalagem, benzidos ritualisticamente pelo vigário e uma salva de mais de trezentos tiros de revólver e de outras armas saudaram os grandes e mais ilustres moradores que chegavam para ficar: São João e São Sebastião. As comemorações festivas duraram três dias consecutivos. A rivalidade não morreu. Em junho do mesmo ano, os moradores do lado de lá vieram em procissão e levaram São João para a parte principal do povoado e o primeiro festejo de São João começou naquele ano. Formação administrativa Elevado à categoria de município e distrito de com a denominação de São João do Paraíso, pela lei estadual nº 6158, de 10-11-1994, desmembrdo de Porto Franco. Sede no atual distrito de São João do Paraíso ex-povoado. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1997. Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. Gentílico: paraisense

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