A exploração em terras do atual Município de Aracaju e a fundação do primeiro núcleo civilizado quase remontam à época do descobrimento do Brasil. A afluência de povoadores de origem portuguesa à região adveio de estar o território, na época, sob jurisdição da Capitania da Bahia de Todos os Santos, sujeito a repetidas incursões de navegantes franceses, que mercadejavam com os indígenas. O comércio ilegal entre franceses e indígenas durante o século XVI forçou a Coroa Espanhola a intensificar as medidas de colonização das terras brasileiras então sob seu domínio. Cristóvão de Barros iniciou-as, com o ataque às tribos do Cacique Serigi e a fundação, na margem direita do atual rio Sergipe, da cidadela de São Cristóvão, em 1.590. O caráter inóspito da região e a necessidade de abrigo contra possíveis ataques pelo mar fizeram com que, entre os anos de 1595 e 1596, se providenciasse a mudança da povoação para sítio mais interior. As terras então abandonadas eram as praias de Aracaju (termo que significa "cajueiros dos papagaios", segundo Teodoro Sampaio). Ainda assim prosseguiu, embora lentamente, o povoamento da região, sendo certo que, em 1602, Pero Gonçalves ali obteve concessão de sesmarias. Somente a 17 de março de 1855, pela Lei nº 413, foi o povoado de Santo Antônio do Aracaju elevado à categoria de cidade com o nome de Aracaju, para ela mudando-se a Capital da Província de Sergipe, no Governo de Inácio Joaquim Barbosa. A estabilidade política com que se apresentava o Segundo Império, graças à ação pacificadora do Gabinete Paraná, talvez tenha contribuído para que a transferência se fizesse sem revolta armada, limitando-se os protestos dos habitantes de São Cristóvão a manifestações de desagrado. O fato, entretanto, baseava-se na superioridade da cidade de Aracaju sobre a de São Cristóvão, no que se referia a facilidade de escoamento da produção, principalmente a açucareira, e na necessidade de localizar a sede do governo em seu lugar mais apropriado a futuro crescimento; com esta preocupação, Joaquim Barbosa, seguindo planejamento urbanístico de Sebastião José Basilio Pirro, procurou tornar Aracaju realmente o centro principal de uma região economicamente mais ativa que a da antiga capital. Ainda em princípios de 1855, construíram-se os edifícios da Mesa de Rendas Provinciais e da Alfândega e o palacete provisório da Presidência. Por essa época, os problemas administrativos eram agravados, não só pelo retraimento dos comerciantes, que não acreditavam na sobrevivência da nova metrópole, como por terrível epidemia que grassou pelo ano de 1856. Os obstáculos iniciais, entretanto, foram ultrapassados e, já em 1862, o lançamento da pedra fundamental da igreja matriz, fora do perímetro urbano, motivava o crescimento da cidade, iniciando-se, então, um período de franco desenvolvimento do Município. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA O Distrito de Aracaju foi criado pela Lei provincial nº 437, de 28 de março de 1837. No ano de 1855, pela Lei provincial nº 413, de 17 de março, foi elevado à categoria de Município e, além de conceder foros de cidade à sua sede, tornou-a capital da então Província. A Lei municipal nº 84, de 27 de janeiro de 1903, subdividiu o Município de Aracaju em Distritos: 1º, 2º, 3º e 4º, Barra dos Coqueiros e Porto Grande. Em 1911, Aracaju compunha-se desses mesmos distritos, sendo que os quatro primeiros abrangiam a cidade, propriamente dita. Segundo Divisão Administrativa do Brasil de 1933, o Município compunha-se de um só Distrito o do mesmo nome. Nos quadros de divisão territorial de 1936 e 1937, são dois os distritos: 1ºracaju e 2º Aracaju. Em ambos os quadros, porém, este último é apenas distrito judiciário. De acordo com o Decreto-lei estadual nº 69, de 28 de março de 1938, Aracaju volta a compor-se do distrito único da sede. Dá-se o mesmo pela divisão vigente em 1939-1943, fixada pelo Decreto-lei estadual nº 150, de 15 de dezembro de 1938, notando-se, todavia, que o distrito único, nesta divisão, abrange duas zonas, 1ª e 2ª. De conformidade com a divisão em vigor no qüinqüênio 1944-1948 estabelecida pelo Decreto-lei Estadual nº 377, de 31 de dezembro de 1943, Aracaju permanece constituído de um distrito apenas, de idêntico topônimo que, no entanto, compreende os subdistritos 1º e 2º. Manteve-se essa composição na divisão territorial fixada pela Lei estadual nº 123, de 1º de janeiro de 1949. Fonte: Biblioteca IBGE

Destaques Municipais


    Ainda não há notícias cadastradas nesse município

Realizações Municipais


    Ainda não há realizações cadastradas nesse município

Destaques Estaduais (SP)