Pacatuba encontra-se situada em um vasto planalto de onde se goza um delicioso panorama, na confluência do rio Poxim do Norte com o Betume e no começo do século XVII, havia um aldeamento de índios, onde imperava o cacique Pacatuba que dava nome à Povoação. Em 1575, já se tinha notícias dessa aldeia de gentios cujo chefe dominava do Poxim do Norte ao São Francisco e daí a serra da Tabanga. Quando Cristóvão de Barros em 1589 teve de atacar positivamente a conquista de Sergipe, período em que jogou todos os recursos de que dispunha o governo da Bahia, cumprindo ordens de Felipe II da Espanha que reinava em Portugal teve que enfrentar ardorosas lutas com os indígenas dessa região, chefiados por Baepeba, nas margens do Ipiranga, vindo afinal a vencê-los, o mesmo ocorrendo nos aldeamentos chefiados por Serigy e Siriry situados mais ao norte. Antes que as colunas de Cristóvão de Barros atingissem seus domínios, os caciques Japaratuba e seu irmão Pacatuba já se preparavam para se apresentar com os seus guerreiros ao conquistador, o que fizeram nas terras antes dominadas por Siriry com o aparato das formalidades costumeiras, pedindo paz. Do aldeamento de Pacatuba, Cristóvão tendo as suas colunas engrossadas pelos guerreiros dos dois chefes indígenas que se rendiam, e tendo ainda ao seu favor a fama e a notícia de seu prestígio, não teve dificuldade de implantar as suas normas até os domínios de Pindahyba, outro chefe indígena que estabelecia na ilha de São Pedro em Porto da Folha e tinha os seus domínios se estendendo da Serra da Tabanga até as margens do riacho Tamanduá. Assim aparece o atual Município de Pacatuba na história da conquista do terrritório sergipano, que, já na época da colonização teve suas terras incluídas na sesmaria de Pedro de Abreu e Lima, à qual ia da Serra de São Francisco à Serra da Tabanga e daí às nascentes do Japaratuba e do Sergipe, não se incluindo as terras dos aldeamentos indígenas, sendo afirmação de Clodomir Silva no Álbum de Sergipe, sem, contudo, entrar em maiores detalhes que pudesse comprovar a fonte onde colheu tal elemento histórico. Até então já havia na capitania de Sergipe incipientes mostras de colonização que foram destruídas quando do domínio dos holandeses que durou de 1637 a 1645 sem que nenhum vestigio ficasse em Sergipe do destacado espírito de organização e operosidade do povo flamengo. Pelos meados do século XVII, foi construída pelos padres da Companhia de Jesus, os Jesuitas, uma capela para catequese e evangelização dos indígenas justamente no mesmo local onde ficava o aldeamento da tribo do Cacique Pacatuba. Expulsos os Jesuítas dos domínios pportugueses, por determinação do Marquês de Poimbal e que ocorreu em 1732, a missão jesuíta entregue com todas as suas terras, aos frades da Ordem Franciscana, que ocuparam a antiga residência na ppovoação e iniciaram desde logo a construção de uma Igreja, dedicada a São Félix de Cantalício, templo este que teve a sua construção terminada no ano de 1810. A Povoação iniciava nova fase de progresso sob a tutela dos franciscanos, chegando a alcançar em 1802 uma população de 541 índios que se elevava em 1808, para 700 naturais, segundo D. Marcos de Souza em suas "Memórias da Capitania de Sergipe". A 06 de Fevereiro de 1835, por lei providencial foi criada a Freguesia de São Félix de Pacatuba, tendo descritos os seus primeiros limites. Era dado assim o primeiro passo para a emancipação do município incluindo o território do atual município de Japoatã. Pela Resolução n.º 666, de 02 de maio de 1864 a freguesia de Pacatuba foi elevada à categoria de vila já então atingindo foros de município, permanecendo os mesmos limites da freguesia, para o respectivo Termo. A autonomia municipal somenete se verificou dez anos depois por força da Resolução Provincial n.º 98 de 02 de maio de 1874, tendo as sua terras desmembradas do Município de Villa Nova, hoje Neópolis. Até 1910 se estabilizava a situação do Município, quando então os Pacatubenses foram surpreendidos, com as disposições da Lei n.º 583, de 23 de novembro daquele ano que criava o novo Município de Jaboatão na antiga missão dos jesuitas do Riacho do Meio. De pronto esboçou-se a reação dos habitantes e autoridades de Pacatuba, que encontravam motivos para se confrontarem com a criação de uma nova comuna, sobretudo incorporado em seu território grande parte das terras que pertenciam a Pacatuba desde a éppoca da conquista de Sergipe. Os esforços do pvo de Pacatuba enviando constantes protestos aos poderes constituídos do Estado através de próceres políticos de grande influência não foram debalde. O novo município de Jaboatão não chegou a ser instalado, vindo consequentemente a caduqice da Lei que não chegou a produzir os seus efeitos. Estava reservado para dezesseis anos depois novo golpe que iria ferir a soberania de Pacatuba, tão ardorosamente defendida pelos seus filhos em 1910. Era as disposições da Lei n.º 960 de 20 de outubro de 1926 que transferia a sede do Município, da vila de Pacatuba para a de Jaboatão, sendo a primeira reduzida à categoria de ppovoado. Desta vez, porém de nada valeu os reclamos e protestos dos habitantes de Pacatuba, que como Povoação apenas passou quase doze anos, sem que, contudo, fosse apagada do espírito daquela gente a reivindicação de ver retornando o histórico povoado, à situação que desfrutou desde os tempos de Colônia, no quadro da província de Sergipe Del Rei. Um novo passo foi dado então para que o velho município fosse restaurado. Por força da disposição do Decreto-Lei Estadual de 28 de março de 1929, voltando a Pacatuba a sua antiga situação de vila, ficando pelo mesmo Decreto-Lei criado o Distrito de Paz que continuaria pertencendo ao Município de Jaboatão. Como Vila o Distrito de Paz do Município de Jaboatão permaneceu até 1943 quando seu nome foi modificado de Pacatuba para Pacatiba, pelo Decreto-Lei Estadual n.º 377, de 31 de dezembro de 1943 que aprovava os quadros da divisão territorial administrativa e judiciária do Estado de Sergipe para o qüinquênio de 1944-1948. A situação do Município de Pacatuba permaneceu porém a mesma, isto é, distrito de paz do município de Jaboatão que como seu segundo distrito, também foi atingido pela Legislação federal relativa a duplicidade dos nomes das cidades e vilas brasileiras. Antes porém de se esgotar o qüinquênio habitantes do antigo aldeamento de Pacatuba, viram coroados de êxito todos os seus esforços, pela Lei 525-A de 25 de novembro de 1953 que devolveu a Vila de Pacatuba o seu antigo nome. A área do novo município foi desmembrado do território do Município de Jaboatão que, também deste modo devolvia a antiga comuna o território que lhe fora anexado. Na divisão territorial, administrativa e judiciária do Estado aprovada pela Lei n.º 554 de 06 de Fevereiro de 1954 para vigorar no qüinquênio 1954-1958 Pacatuba aparece como Município distrito único termo da Comarca de Japaratuba. O Município foi instalado no dia 31 de Janeiro de 1955 quando foi empossado o seu primeiro Prefeito o Sr. Manoel Ricardo dos Santos e constituída também a primeira Câmara Municipal composta de 05 (Cinco) Vereadores.

Destaques Municipais


    Ainda não há notícias cadastradas nesse município

Realizações Municipais


    Ainda não há realizações cadastradas nesse município

Destaques Estaduais (SP)