Na origem de toda cidade, existe um sonho e foi assim que Venda Nova do Imigrante surgiu: a partir dos sonhos de várias famílias de imigrantes italianos que deixaram sua pátria em busca de um "novo lar". Não foi nada fácil transformar desejos em realidade, pois as dificuldades foram muitas, mas a força de vontade e a esperança desse povo deram vida à cidade de Venda Nova do Imigrante. Conheça um pouco mais a nossa história! Muito antes da chegada dos imigrantes, a região de Venda Nova era habitada por índios. Pouco se sabe sobre essa ocupação e acredita-se, com base em relatos e pesquisas, que eram índios da tribo Puri. Com a chegada dos portugueses, os índios foram abandonando suas áreas e se afastando cada vez mais para o interior. Os portugueses vieram à procura de terras férteis para o plantio de café. As propriedades eram muito grandes, os donos bastante ricos e toda a força de trabalho estava concentrada nas mãos dos escravos, que, com a abolição da escravatura, deixaram o serviço nas fazendas. Quando os escravos foram embora, os portugueses ficaram sem mão-de-obra para trabalhar nas fazendas e a maioria abandonou suas terras. Muitas fazendas foram divididas em lotes e vendidas aos imigrantes. Antes de chegarem à região de Venda Nova, os imigrantes italianos se instalaram em Araguaia, Matilde e Alfredo Chaves, mas, como essas terras não eram muito boas para o plantio, eles fizeram economias para comprar fazendas em solos mais férteis. Quando os primeiros italianos chegaram à região de Venda Nova, em 1891, encontraram clareiras abertas na mata onde havia culturas de café em semi-abandono. Com o dinheiro economizado durante anos, as famílias puderam comprar partes das grandes fazendas abandonadas pelos portugueses. Assim, começava a nascer a cidade de Venda Nova do Imigrante. Várias famílias compraram terras na região, que ia crescendo com o trabalho dedicado dos novos donos. Os imigrantes encontraram em Venda Nova a "terra prometida": bom clima, terra fértil, água potável, caça abundante, nada lhes faltava para a garantia de um futuro promissor. Venda Nova já tinha este nome antes de os imigrantes chegarem à região. No período em que os portugueses eram donos das grandes terras, havia um casarão antigo que funcionava como casa de comércio e armazém para mineradores. Essa casa, apesar de velha, era chamada de venda nova, já que havia uma outra venda, mais antiga, que ficava em outra localidade. Quando as pessoas queriam ir à região onde ficava a venda mais antiga, elas diziam que iam para a venda velha e quando iam para as redondezas da venda mais nova, falavam que estavam indo para venda nova, e assim surgiu o nome do lugar. A religiosidade era bastante presente na vida dos imigrantes e, à medida que a população ia crescendo, era necessário aumentar o tamanho das igrejas. A primeira igreja construída em Venda Nova data de 1908. Era uma capela bastante modesta, construída em madeira com paredes de estuque. Anos mais tarde, foi necessário ampliá-la, e por isso foi construída uma puxada que serviu de sacristia. Em 1919 foi construída uma torre de vinte e dois metros de altura ao lado da capela. No alto da torre, havia um carrilhão de madeira que sustentava três sinos de diferentes tamanhos, fabricados na Itália. Esses sinos vieram de São Paulo e chegaram por via férrea até Castelo, de onde vieram trazidos por cerca de trinta jovens vendanovenses. Os sinos foram fortemente amarrados em varões de madeira, que eram sustentados nos ombros dos carregadores. O sino maior pesava duzentos quilos. Em 1935, a primeira capela de Venda Nova e sua torre foram demolidos para dar lugar a uma igreja maior. Dois anos depois, estava pronta a segunda igreja do vilarejo, que, por trinta e seis anos, serviu à comunidade, que crescia em ritmo acelerado. Em meados da década de setenta tornou-se mais uma vez necessário demolir a igreja para a construção de outra ainda maior. Esta última existe até hoje, abrigando centenas de fiéis. Além da religião, outra característica bastante marcante da época eram os jogos de bocha, os piqueniques comunitários e as cantorias ao ar livre. Geralmente essas atividades eram praticadas aos domingos, depois de cumpridas as obrigações religiosas. Com a construção da BR 262, que demorou cerca de 18 anos para ficar pronta, Venda Nova apresentou um desenvolvimento muito intenso. Pessoas de outras localidades vieram para a cidade, aumentando ainda mais a população e causando a miscigenação do povo. O progresso foi muito grande, pois a estrada facilitou o escoamento da produção de café e o acesso a outras cidades. O tráfego de turistas e viajantes estimulou as atividades comerciais e muitas famílias resolveram abrir bares, restaurantes, hotéis, postos de gasolina, entre outros. Daí para a frente, a cidade não parou de crescer e, em 10 de maio de 1988, Venda Nova deixou de ser distrito de Conceição do Castelo e tornou-se um Município. A palavra Imigrante precisou ser incorporada ao nome da cidade, porque já havia uma outra localidade com o mesmo nome, e nada mais justo do que essa homenagem aos fundadores do lugar. Hoje, mais de cem anos depois da chegada do primeiro italiano, Venda Nova do Imigrante continua a ser um sonho para muita gente. É o lar dos descendentes dos imigrantes e o refúgio de pessoas que desejam paz e tranqüilidade. Venda Nova do Imigrante resistiu ao tempo e à modernidade, pois conserva na grande maioria de sua população, os traços fisionômicos, a cultura e a tradição de cem anos atrás. Quem conhece Venda Nova sempre volta em busca de alguma coisa: seja da paisagem, das festas, do friozinho das montanhas ou simplesmente pela sensação de que ali o tempo não passou tão depressa. Fonte: cnm.org.br

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