O território hoje pertecentes ao município era habitado por goitacás e tupiniquins. Sua história remonta ao segundo quartel do século XVI, quando Fernandes Coutinho recebeu, em 1534, no seu solar em Alenquer, carta régia que o tornava donatário de uma das capitanias de terra brasileira. Embarcou na caravela "Glória", com cerca de sessenta lusitanos intrépidos, tendo por companheiros os fidalgos Simão de Castelo Branco e Jorge de Menezes. A 23-05-1535, a nau penetrou no que julgava Vasco Coutinho ser a foz de grande rio. Realizadas as necessárias averiguações, atravessaram a barra, ancorando num enseada entrre o morro Moreno ou João Moreno e a Ponta do Tubarão ou Piraém, no local posteriormente conhecido como Prainha de Vila Velha. Deram à terra a denominação de Espírito Santo, em vista de celebra-se, naquela data, a festa de Pentecostes. O desenvolvimento não se faz com faciliadade, pois os aborígenes lutaram com ardor, em defesa de suas terras, havendo necessidade de reação para que debandassem. Ao passar pela Bahia de Todos os Santos, havia o Donatário convidado Duarte de Lemos para ajudá-lo no desbravamento da Capitania. Duarte de Lemos recrutou alguns companheiros e acorreu ao Espírito Santo no ano seguinte, sendo valioso o seu auxílio, quer na luta contra os indígenas e aventureiros, quer no trabalho da organização da vila inicipiente. Em recompensa, doou-lhe Coutinho a ilha de Santo Antônio. Iniciado o povoamento surgiram as primeiras construções culturais, quatro engenho de açucar e um forte em Piratininga, onde hoje se encontra o quartel do 3º Batlhão de Caçadores. Tempos depois, a praça de guerra foi reconstruída, recebendo o nome de São Francisco Xavier. Vasco Fernandes Coutinho fez algumas doações aos que o auxiliaram: a Jorge de Menezes, a ilha hoje conhecida como do Boi, a Valentim Soares, a ilha dos Frades. Há controvérsias em torno das viagens de Fernandes Coutinho à Metrópole. Em 1549, de regresso ao Brasil, encontrou a Capitania em completo desmando; os tupiniquins, aliados aos goitacás haviam entrado em luta contra os povoadores, queimando engenhos e fazendas e matando Jorge Menezes e seu substituto, Simão Castelo Branco. Em busca de refúgio, alguns colonizadores mudaram-se para a ilha de Duarte Lemos o outros para as capitanias vizinhas. Na ilha, a povoação passou a ser chamada de Vila Nova, ao passo que no Continente, no correr dos tempos, o núcleo primitivo se tornava conhecido como Vila Velha. Aí se hospedou o Pe. Leonardo Nunes, em 1549, realizando as cerimônias religiosas na igrejinhas de São João. O goitacás, muito persistentes, tornaram a atacar. Em 1551, em face das inúmeras dificuldades o Donatário transferiu a sede do governo para a ilha de Vitória, que recebeu o nome de Vila Nova do Espírito Santo, mais tarde de Nossa Senhora da Vitória. A grande necessidade de assistência religiosa a população tornou festiva a acolhida dos missionários jesuitas Pe. Aflonso Brás e irmãos Simão Gonçalves, que deram início imediato ao apostolado tratando de erigir uma igreja, dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Vila Velha, sem encarregado direto, teve sua administração supervisionada pelo próprio Donatário, que promoveu sua recuperação. Convém ressaltar, entre os acontecimentos da época, a construção da Igreja do Rosário (1534), do Armazém Alfandegário (1551), por Afonso Brás, da Ermida das Palmeiras (1558), edificada no morro da Penha, por Frei Palácios; e da Casa de Caridade (1595), por Miguel de Azeredo, graças a esforços de Anchieta. Em 1561, falecia o 1º Donatário da Capitania do Espírito Santo. Grande e notável participação teve o município na história espirito-santense e em todos os movimentos armados para a defesa da Pátria. Foi sede do Governo da Capitania, ponto de partida da obra civilização e origem de uma descendência que honra a lembrança de Coutinho, homem da melhor fidalguia e que "Tinha a aventura como parte de sua constituição orgânica". Como fator importante no desenvolvimento e organização do município, há que se fazer menção nos jesuítas que além da obra apostólica-social e poderoso auxílio na defesa contra o invasor de além-mar, muito contribuíram para apaziguamento dos aborígenes e a melhoria dos padrões de moralidade colonizadores. Acontecimento inesquecível para Vila Velha, registrou-se em 26 de janeiro de 1860 - a chegada do Imperador D. Pedro II e de sua mulher, D. Teresa Cristina. Formação Administrativa Freguesia criada com a denominação de Vila Velha, em 1750. Elevado à categoria de vila com a denominação de Vila Velha pela lei estadual nº 212, de 30-11-1896, desmembrado com sede no antiga Vila de Vila Velha. Constituído do distrito sede. Instalado em Foi sede do município de Espírito Santo. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de distrito sede. Pelo decreto estadual nº 1102, de 27-04-1931, foi o município de Vila Velha, sendo seu território anexado ao município de Vitória, voltando a condição de distrito. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Vila Velha figura no município de Vitória. Pelo decreto nº 5041, de 11-07-1934, o município foi restabelecido com a denominação de Espírito Santo. Pelo decreto-lei estadual nº 15177, de 31-12-1943, o município de Espírito Santo, foi extinto, sendo seu território rebaixado a condição de distrito e passou a denominar-se Espírito Santo de Vitória. Sob o mesmo decreto adquiriu os distritos de Argolas e Jucu. Do extinto município do Espírito Santo. Por ato das disposições transitóriais, promulgado de 26-07-1947, o município de Espírito Santo é restabelecido. Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Espírito Santo, Argolas e Jucu. Pela lei estadual nº 479, de 31-01-1959, o município de Espírito Santo passou denominar-se Vila Velha. Em divisão territorial datada de I-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Vila Velha, Argolas e Jucu. Pela lei estadual nº 1935, de 08-01-1964, são criados os distritos de Ibes e São Torquato e anexado ao município de Vila Velha. Em divisão territorial datada de I-I-1979, o município é constituído de 5 distritos: Vila Velha, Argolas, Ibes, Jucu e São Torquato. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. Gentílico: vila-velhense Fonte: Biblioteca IBGE

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