Candidato à presidência da Câmara dos Deputados, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) defendeu principalmente a independência da Casa em relação aos Poderes Executivo e Judiciário. Ao discursar na sessão de eleição da nova Mesa Diretora, Bolsonaro disse que os candidatos ao cargo não podem se ajoelhar por interesses próprios, esquecendo os problemas da sociedade brasileira.
“O Executivo sempre interferiu nos trabalhos desta Casa. Hoje temos uma Câmara que não cria leis, não fiscaliza e não representa os anseios do povo. O Legislativo se apresenta subserviente ao Executivo e submisso ao Judiciário”, afirmou.
Segundo Jair Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal (STF) vem legislando constantemente, interferindo em assuntos como a legalização da maconha e do aborto no Brasil. “Ninguém pode admitir que o Supremo venha legalizar maconha e cocaína”, criticou.
Do futuro presidente da Casa, Bolsonaro disse esperar que ele entregue o Parlamento ao povo brasileiro e não apenas a grupos que buscam resolver os seus problemas. Entre os assuntos que considera de interesse da população, o candidato do PSC citou o projeto de lei que trata do desarmamento (PL 3722/12). “Essa questão nós temos que colocar em pauta.”
O parlamentar saiu ainda em defesa da bancada ruralista, que “representa os heróis da economia brasileira” e sofre com a pressão indígena na disputa por terras. “A bancada ruralista tem que ter um presidente que tenha compromisso com eles. Sem agronegócio estamos falidos”, disse.
Ao fim de sua fala, Bolsonaro manifestou esperar um segundo turno de votações para presidente e admitiu que suas chances de vitória são remotas. Ele disse, no entanto, que se expõe “patrioticamente” por acreditar no Brasil e em muitos dos parlamentares, que deverão votar com o coração e a razão.
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