Amapá
"Escândalo do INSS: Senador Davi Alcolumbre é citado em investigação de desvio milionário de empresa ligada a lobista.
O escândalo do INSS envolvendo o ex-assessor do senador Davi Alcolumbre, Paulo Boudens, recebeu grande repercussão com a revelação de que ele recebeu R$ 3 milhões da empresa Arpar Participação e Empreendimentos. Essa empresa é investigada pela Polícia Federal por supostamente integrar um esquema que desviou bilhões do INSS. O caso é um dos alvos das investigações da CPMI das Aposentadorias, que busca esclarecer como sindicatos, associações corporativas e servidores conseguiram desviar cerca de R$ 4 bilhões dos contracheques de aposentados.
De acordo com o relatório da PF, a Arpar atuava facilitando a movimentação de grandes quantidades de dinheiro para terceiros e dificultando o rastreamento desses valores. Entre os anos de 2023 e 2024, a companhia recebeu R$ 49 milhões de empresas ligadas a um suposto operador do esquema, o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS". Parte desse montante foi destinada a Paulo Boudens, no período em que as fraudes atingiram seu auge.
A Polícia Federal aponta que os repasses a Boudens eram feitos sem justificativa aparente e depois redistribuídos em circuitos financeiros que incluíam pagamentos a terceiros. Há suspeitas de que esses pagamentos estejam relacionados a lavagem de dinheiro e ocultação de pagamentos políticos.
No entanto, o Senado, sob comando de Davi Alcolumbre, impôs um sigilo de 100 anos sobre os registros de circulação de Antunes nos gabinetes parlamentares. Isso gerou uma resistência por parte dos parlamentares da CPMI, que defendem a revisão dessa medida alegando que ela fere o princípio da transparência em investigações de interesse público.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou que pretende convocar todos os beneficiários dos repasses da Arpar para prestar depoimento. Já a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) defende a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, afirmando que essa medida é indispensável para a completa elucidação do esquema.
Esta não é a primeira vez que o nome de Paulo Boudens é mencionado em escândalos envolvendo o senador Davi Alcolumbre. Em 2021, ele assumiu a responsabilidade por um caso de rachadinha, em que servidores fantasmas devolviam parte dos salários ao gabinete do senador. Na época, ele firmou um acordo com a Justiça e devolveu os valores desviados. Apesar disso, Boudens permaneceu próximo de Alcolumbre, ocupando cargos de assessor no Senado até o ano de 2024. Atualmente, ele atua no conselho de assuntos políticos da Casa, mas não se manifestou sobre as novas acusações.
A CPMI tinha a expectativa de ouvir o depoimento do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, que frequentava diversos gabinetes e poderia detalhar as conexões políticas do esquema. No entanto, ele foi preso alguns dias antes da sessão marcada para 15 de setembro. Com isso, a estratégia dos parlamentares se concentra em seguir o rastro financeiro dos repasses.
Esse escândalo do INSS expõe duas camadas de vulnerabilidade institucional: a fragilidade no controle de cadastros e descontos em aposentadorias e a resistência do Senado em dar transparência às relações políticas envolvidas. A manutenção de sigilos centenários alimenta a desconfiança da sociedade e compromete a credibilidade do Legislativo. Caso sejam confirmados os indícios de lavagem de dinheiro, esse episódio pode aprofundar a crise de confiança na gestão de recursos públicos e reforçar o debate sobre a necessidade de maior accountability no Congresso Nacional. É fundamental que as investigações prossigam de forma transparente e eficaz para garantir a punição dos envolvidos e, principalmente, a proteção do patrimônio público.
De acordo com o relatório da PF, a Arpar atuava facilitando a movimentação de grandes quantidades de dinheiro para terceiros e dificultando o rastreamento desses valores. Entre os anos de 2023 e 2024, a companhia recebeu R$ 49 milhões de empresas ligadas a um suposto operador do esquema, o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS". Parte desse montante foi destinada a Paulo Boudens, no período em que as fraudes atingiram seu auge.
A Polícia Federal aponta que os repasses a Boudens eram feitos sem justificativa aparente e depois redistribuídos em circuitos financeiros que incluíam pagamentos a terceiros. Há suspeitas de que esses pagamentos estejam relacionados a lavagem de dinheiro e ocultação de pagamentos políticos.
No entanto, o Senado, sob comando de Davi Alcolumbre, impôs um sigilo de 100 anos sobre os registros de circulação de Antunes nos gabinetes parlamentares. Isso gerou uma resistência por parte dos parlamentares da CPMI, que defendem a revisão dessa medida alegando que ela fere o princípio da transparência em investigações de interesse público.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou que pretende convocar todos os beneficiários dos repasses da Arpar para prestar depoimento. Já a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) defende a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, afirmando que essa medida é indispensável para a completa elucidação do esquema.
Esta não é a primeira vez que o nome de Paulo Boudens é mencionado em escândalos envolvendo o senador Davi Alcolumbre. Em 2021, ele assumiu a responsabilidade por um caso de rachadinha, em que servidores fantasmas devolviam parte dos salários ao gabinete do senador. Na época, ele firmou um acordo com a Justiça e devolveu os valores desviados. Apesar disso, Boudens permaneceu próximo de Alcolumbre, ocupando cargos de assessor no Senado até o ano de 2024. Atualmente, ele atua no conselho de assuntos políticos da Casa, mas não se manifestou sobre as novas acusações.
A CPMI tinha a expectativa de ouvir o depoimento do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, que frequentava diversos gabinetes e poderia detalhar as conexões políticas do esquema. No entanto, ele foi preso alguns dias antes da sessão marcada para 15 de setembro. Com isso, a estratégia dos parlamentares se concentra em seguir o rastro financeiro dos repasses.
Esse escândalo do INSS expõe duas camadas de vulnerabilidade institucional: a fragilidade no controle de cadastros e descontos em aposentadorias e a resistência do Senado em dar transparência às relações políticas envolvidas. A manutenção de sigilos centenários alimenta a desconfiança da sociedade e compromete a credibilidade do Legislativo. Caso sejam confirmados os indícios de lavagem de dinheiro, esse episódio pode aprofundar a crise de confiança na gestão de recursos públicos e reforçar o debate sobre a necessidade de maior accountability no Congresso Nacional. É fundamental que as investigações prossigam de forma transparente e eficaz para garantir a punição dos envolvidos e, principalmente, a proteção do patrimônio público.