Brasil
"Tensão e alívio: a situação da energia em São Paulo após duas semanas de alertas para temporais"
A energia é um recurso fundamental para o funcionamento da sociedade moderna. Ela é diretamente responsável por movimentar a economia, fornecer conforto e impulsionar o desenvolvimento humano. No entanto, sua disponibilidade e uso consciente são desafios constantes para governos e sociedade, especialmente em períodos de escassez.
Apesar de o Brasil possuir uma das maiores reservas hídricas do mundo, o estado de São Paulo enfrenta uma situação crítica no que diz respeito ao abastecimento de água. Nas últimas semanas, foram registrados alertas para temporais e chuvas fortes, que trouxeram um alívio para a seca que assolava o estado há meses. No entanto, isso não significa que o problema esteja resolvido. Algumas cidades do interior precisaram adotar medidas de restrição no abastecimento, agravadas pela estiagem que durou seis meses em parte do território paulista.
De acordo com o Monitor das Secas, da Agência Nacional de Águas, a temporada de estiagem teve seu pior momento entre julho e agosto de 2022, atingindo 95% do estado de São Paulo. Em setembro do mesmo ano, o estado chegou a atingir 100% de seu território afetado pelo fenômeno, sendo que 21% foi classificado pela agência como seca grave e 3% como seca extrema na porção norte do estado.
Outro indicador importante, o risco de queimadas, também deixou de ser uma preocupação nesta semana, segundo a Defesa Civil estadual. O último dia 19 foi a primeira vez, em 30 dias, que São Paulo não teve áreas com alerta de emergência para queimadas. No entanto, ainda há alertas deste tipo na região leste do estado, onde estão localizadas cidades como São José dos Campos e Aparecida do Norte.
A pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Ana Paula Cunha, explica que grande parte do país está passando pela transição da estação seca para a chuvosa. No entanto, ela alerta que, mesmo com o período de chuvas, os rios nas regiões Centro-Oeste e Norte ainda apresentam níveis críticos e a recuperação será lenta. Além disso, ela ressalta que a estação chuvosa na região central do país, que abrange partes do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ainda está em desenvolvimento e não é possível prever se será dentro do normal ou abaixo disso. A seca, que atingiu níveis severos, também levará meses para ser completamente superada.
O abastecimento de água de grande parte dos 645 municípios do estado de São Paulo é fornecido pela Sabesp, empresa de saneamento privatizada este ano. A companhia garante que o abastecimento em sua área de atuação está ocorrendo normalmente. No entanto, desde a segunda-feira (21), o site de acompanhamento da empresa está fora do ar devido a problemas em seus sistemas após ataques cibernéticos registrados durante a semana.
Segundo a Sabesp, são realizadas situações pontuais de interrupção de abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo, com redução ou interrupção durante a noite, o que é mais sentido em imóveis sem caixas-d'água. A empresa explica que a diminuição de pressão é aplicada principalmente nas periferias das cidades.
Buscando respostas sobre a situação atual do abastecimento de água em São Paulo, a reportagem da Agência Brasil entrou em contato com algumas prefeituras do estado. Em São José do Rio Preto, o racionamento foi descartado pelo Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) após o retorno das chuvas. O município informou que aumentou a captação de poços e criou um Comitê de monitoramento. Além disso, a quantidade de bombas na Represa Municipal foi aumentada e a prefeitura realizou obras de interligação de reservatórios, conseguindo diminuir o índice de desperdício de água para cerca de 20%, enquanto a média nacional é de 39%.
No entanto, uma pesquisa recente realizada pela Unesp de Rio Claro alertou para a dificuldade de reposição das águas subterrâneas na região, levando ao rebaixamento do nível dos poços.
Em Americana, a seca afetou a qualidade da água, que piorou com a baixa vazão no Rio Piracicaba.
Apesar de o Brasil possuir uma das maiores reservas hídricas do mundo, o estado de São Paulo enfrenta uma situação crítica no que diz respeito ao abastecimento de água. Nas últimas semanas, foram registrados alertas para temporais e chuvas fortes, que trouxeram um alívio para a seca que assolava o estado há meses. No entanto, isso não significa que o problema esteja resolvido. Algumas cidades do interior precisaram adotar medidas de restrição no abastecimento, agravadas pela estiagem que durou seis meses em parte do território paulista.
De acordo com o Monitor das Secas, da Agência Nacional de Águas, a temporada de estiagem teve seu pior momento entre julho e agosto de 2022, atingindo 95% do estado de São Paulo. Em setembro do mesmo ano, o estado chegou a atingir 100% de seu território afetado pelo fenômeno, sendo que 21% foi classificado pela agência como seca grave e 3% como seca extrema na porção norte do estado.
Outro indicador importante, o risco de queimadas, também deixou de ser uma preocupação nesta semana, segundo a Defesa Civil estadual. O último dia 19 foi a primeira vez, em 30 dias, que São Paulo não teve áreas com alerta de emergência para queimadas. No entanto, ainda há alertas deste tipo na região leste do estado, onde estão localizadas cidades como São José dos Campos e Aparecida do Norte.
A pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Ana Paula Cunha, explica que grande parte do país está passando pela transição da estação seca para a chuvosa. No entanto, ela alerta que, mesmo com o período de chuvas, os rios nas regiões Centro-Oeste e Norte ainda apresentam níveis críticos e a recuperação será lenta. Além disso, ela ressalta que a estação chuvosa na região central do país, que abrange partes do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ainda está em desenvolvimento e não é possível prever se será dentro do normal ou abaixo disso. A seca, que atingiu níveis severos, também levará meses para ser completamente superada.
O abastecimento de água de grande parte dos 645 municípios do estado de São Paulo é fornecido pela Sabesp, empresa de saneamento privatizada este ano. A companhia garante que o abastecimento em sua área de atuação está ocorrendo normalmente. No entanto, desde a segunda-feira (21), o site de acompanhamento da empresa está fora do ar devido a problemas em seus sistemas após ataques cibernéticos registrados durante a semana.
Segundo a Sabesp, são realizadas situações pontuais de interrupção de abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo, com redução ou interrupção durante a noite, o que é mais sentido em imóveis sem caixas-d'água. A empresa explica que a diminuição de pressão é aplicada principalmente nas periferias das cidades.
Buscando respostas sobre a situação atual do abastecimento de água em São Paulo, a reportagem da Agência Brasil entrou em contato com algumas prefeituras do estado. Em São José do Rio Preto, o racionamento foi descartado pelo Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) após o retorno das chuvas. O município informou que aumentou a captação de poços e criou um Comitê de monitoramento. Além disso, a quantidade de bombas na Represa Municipal foi aumentada e a prefeitura realizou obras de interligação de reservatórios, conseguindo diminuir o índice de desperdício de água para cerca de 20%, enquanto a média nacional é de 39%.
No entanto, uma pesquisa recente realizada pela Unesp de Rio Claro alertou para a dificuldade de reposição das águas subterrâneas na região, levando ao rebaixamento do nível dos poços.
Em Americana, a seca afetou a qualidade da água, que piorou com a baixa vazão no Rio Piracicaba.