Deputado Marcos Pollon faz duro relato sobre torturas e injustiças em presídios, critica silêncio político e denuncia perseguição
Deputado Marcos faz duro relato sobre torturas e injustiças em presídios, critica silêncio político e denuncia perseguição Em um pronunciamento marcado por emoção e indignação, o deputado federal Marcos — conhecido por sua postura firme e por não recuar diante de pressões políticas — fez um discurso contundente sobre o cenário político e as condições de detentos ligados aos acontecimentos recentes no país. Marcos iniciou agradecendo a presença de colegas parlamentares e aliados, ressaltando que o momento não era de comemoração, mesmo diante de vitórias políticas como o avanço da pauta da anistia. “Ontem, todos esperavam que eu estivesse efusivo, mas eu não consegui. Eu não entendi o que aconteceu, e talvez pela minha condição de autista, quando me comprometo com algo, não volto atrás”, afirmou, destacando que sua “palavra de homem” não faz curva. O parlamentar relatou ter enfrentado confusão e pressão durante a sessão, chegando a ser advertido por uma deputada de que poderia ser cassado. Ainda assim, manteve-se no plenário até ser convencido a sair. No dia seguinte, prestes a embarcar para rever a família, Marcos disse ter lembrado dos “brasileiros que estão há mais de dois anos sem ver esposa e filhos” e decidiu visitar o presídio da Papuda como advogado — função que desempenha há mais de duas décadas. Foi lá que, segundo seu relato, presenciou cenas que o marcaram profundamente. O deputado descreveu encontrar homens e mulheres, alguns de seu próprio estado, “torturados” e vivendo em condições degradantes. Entre os casos, citou o de uma detenta que ficou mais de uma semana sem absorventes, exposta à humilhação e agressões, e de outra que ouviu de uma carcereira a frase “chama o mito pra te salvar” enquanto sofria no frio e na sujeira. Marcos revelou que rompeu o silêncio sobre essas situações apenas após ter sua imagem atacada na imprensa local, que o acusou injustamente de ser contra a anistia. “De lá para cá, não tive mais um dia tranquilo. Todo Dia dos Pais eu penso nos que estão presos, todo Natal lembro deles”, disse, com a voz embargada. Criticando o “decoro seletivo” do Congresso, o parlamentar condenou o que considera hipocrisia política: “Enquanto uns se dizem decorosos, outros, mesmo corruptos e ladrões, seguem impunes, e meus irmãos seguem encarcerados”. Marcos encerrou afirmando que, apesar de ameaças — inclusive de colegas de partido, que chegaram a ofender sua condição de autista —, não recuará. “Eles acham que podem impor o temor por conta de cargo ou posição. Mas meus irmãos estão sendo torturados, e eu sigo aqui, buscando o possível. Tenho vergonha de não poder fazer mais.” O discurso repercutiu fortemente entre apoiadores e críticos, reforçando a imagem do deputado como um político combativo e intransigente em suas convicções, disposto a confrontar tanto adversários quanto aliados em defesa do que considera justo.
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Comentário recente
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por Anonymous
Gen Girão o Sr tem toda razão em criticar o judiciário e talvez mais responsável que todos seja a omissão da OAB. Uma vergonha o que estamos presenciando.
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por Antônio
Muito boa a reportagem.